Capítulo 1

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Los Angeles, Califórnia
Aug. 21 at 8:00 a.m

Abro meus olhos e sinto uma forte dor na cabeça, pisco algumas vezes para melhorar minha visão que está embaçada, tento reconhecer o lugar que me encontro, o que eu estou fazendo em um hospital? Por que eu não consigo lembrar de nada? E que diabos minha cabeça dói tanto?
Me sento na cama massageando minha cabeça com as pontas do dedos numa tentativa de passar a maldita dor, a porta se abre de repente fazendo-me assustar em cima da cama, é uma moça baixinha com roupa de enfermeira que assim que me viu arregalou seus olhos, como se eu fosse uma assombração

— Algum problema? - pergunto me esforçando para falar, eu realmente me sinto fraca

— CHAMEM A DRA. OLIVIA - ela grita de repente no corredor, mas o que está acontecendo?

— Tem como você não gritar? Minha cabeça dói tanto, ficaria agradecida

— Perdoe-me senhorita, como se sente? - ela pergunta agora mais calma se aproximando de mim

— Com muita dor de cabeça, e com o corpo cansado, por que estou aqui? Não consigo entender nada, me explique por favor - falo um pouco nervosa

— Assim que a Dra. Olivia chegar veremos qual medicamento poderá tomar para aliviar sua dor - ela ignorou completamente o resto da minha pergunta, se eu não estivesse tão exausta e com dor, provavelmente... Espera, Olivia é o nome da minha mãe

— Onde estão meus pais? O nome da minha mãe também é Olivia, aqui é o UCLA medical? Mas o que diabos está acontecendo? Eu preciso saber

Fiz um esforço para falar com determinação mas falhei miseravelmente, eu estou definitivamente sem forças.

— Se acalme por favor, em breve terá respostas, não pode ficar agitada ou irá piorar suas dores - ela responde com delicadeza

Respiro fundo, tentando manter a calma e olho pela janela

— Pode me dizer seu nome?

Levanto a sobrancelha, se eu estou em um hospital e ela é minha enfermeira, não deveria pelo menos saber o meu nome?

— Eleanor, Elanor Mitchell - solto como se fosse óbvio

— Quantos anos você tem?

— Mas o que é isso? Tenho 15 anos

O olhar da moça se torna preocupado me fazendo ficar ainda mais confusa

— MEU AMOR, EU NÃO CONSIGO ACREDITAR - fomos interrompidas e vejo o rosto da minha mãe emocionado e então ela praticamente pula em cima de mim, mal tive tempo de falar nada- Como se sente?

— Com dores, por que tudo isso? E essas máquinas, pode me explicar o que está acontecendo pelo amor de Deus?

Já estava ficando nervosa por continuar sem respostas.

— Senhorita Daisy, vamos realizar alguns exames ainda essa tarde, você sabe o procedimento

— Claro, irei providenciar tudo, com licença- disse e saiu

Minha mãe solta um suspiro e volta a atenção para mim de novo

— Querida, sinto muito mas só vamos poder medicar você após os exames, nem acredito que isso está acontecendo, meu Deus como estou feliz

E então ela continua me abraçando e enchendo de beijos a minha bochecha

— Pode me explicar o motivo de eu estar aqui? Eu não consigo entender nada disso

— Querida, tudo vai ser esclarecido apenas se acalme

Será que ninguém percebe que uma pessoa que acorda em uma cama de hospital aleatoriamente vai querer saber o motivo de estar ali?

— Você é o meu milagre, eu te amo tanto querida - minha mãe colocou-se a chorar me deixando apreensiva

Passei toda a manhã realizando exames e não ganhei nenhuma explicação, apenas muitos sorrisos e olhares carinhosos o que estava me deixando assustada.
Minha dor de cabeça havia aliviado, quando me coloquei em frente ao espelho me assustei com o que vi, meus cabelos não estavam sedosos e arrumados como costumavam ser, eu estava completamente pálida como se tivesse dormido por anos.

Já anoiteceu e estou aqui nesse quarto esperando a "grande surpresa" que minha mãe falou que iria trazer

— Olá querida, posso entrar? Como se sente? - ela pergunta com delicadeza e já não estava mais com seu jaleco

— Tirando minha péssima aparência e o cansaço, tudo bem

— Eu trouxe duas pessoas que você vai amar ver

— Essa é a surpresa? - ela assente e eu suspiro, não queria ver ninguém no estado em que me encontro- Ok, pode mandar entrar

Ela abre a porta e duas pessoas entram, um homem de cabelos bem claros quase grisalhos, e uma menina que aparenta ter minha idade, seus cabelos longos e ondulados

— Eu não acredito nisso, Ellie - a menina fala animada com os olhos cheios de lágrimas e as mãos cobrindo a boca

— Minha pequena, que bom ver você- o homem se aproxima para me abraçar e eu me sinto obrigada a recuar

Como um estranho sai tentando abraçar assim as pessoas?

— O que é isso? Quem são vocês? - digo um pouco nervosa e os três me olham com os olhos arregalados, eles pareciam estar em choque e eu continuei do mesmo jeito em que estava o dia todo, confusa.

Bem-vindos a essa história que estou fazendo com muito carinho,  vamos mergulhar juntinhos em um mundo de mistérios, amores e superação? Espero que vocês gostem, comentem para eu saber o que estão achando! Um beijo e até o próximo capítulo babys! 💖

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Bem-vindos a essa história que estou fazendo com muito carinho,  vamos mergulhar juntinhos em um mundo de mistérios, amores e superação? Espero que vocês gostem, comentem para eu saber o que estão achando! Um beijo e até o próximo capítulo babys! 💖

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