Terceiro capítulo
Duas semanas se passaram depois do ocorrido, e eu permanecia sem meu isqueiro branco.
Eu poderia dizer que aquele homem bagunçou minha cabeça, assim, bagunçando minha vida e rotina. Mesmo assim, usando gírias "sigo o baile firme".
Antes de ter visto aquele rapaz, eu escutava músicas sem romance algum. Aqui vai algumas musicas que eu escutava, e as que escuto:
Antes: Depois:
Burn It Down – Linkin Park Fire On Fire – Sam Smith
Radioactive – Imagine Dragons Catch Me – Demi Lovato
Counting Stars – OneRepublic Umbrella – Rihanna
God's Plan – Drake Love Me Like You Do – Ellie Goulding
Bohemia Rhapsody – Quenn Kiss Me – Ed Sheeran
Certamente, você está pensando "Uau, ele já está apaixonado e nem conhece o cara", mas eu não estou apaixonado, negarei e protegerei isso com unhas e dentes, porque meu caro leitor, eu NÃO estou apaixonado.
Quando eu estava em meu trabalho, atendendo um cliente e tendo a paciência que eu não tenho por causa dos xingamentos e a falta de paciência dos outros, meu celular começara a tocar, era um número desconhecido, ou seja, eu nunca tinha visto eu toda a minha vaga vida aquele número.
Não me importando mais com o cliente na outra linha, comecei a pensar comigo mesmo as pequenas possibilidades de ser ele, o cara da carona. Minha mão coçava pra atender o celular, mas eu não podia. Olhei o relógio e estava perto do meu intervalo, descanso, hora do recreio, almoço, chame do que quiser, eu só estaria livre daquele local quando a noite caísse, ou, quando morresse. O silêncio na outra linha permanecia e meu celular havia parado de tocar, então, achei que o cliente havia desligado, mas tenho que trabalhar do modo certo.
— Senhor? — perguntei esperando o silêncio reinar na linha e eu finalmente saber se era do presídio, de um ladrão, engano ou se era o cara da carona.
— Irão resolver meu problema? — e o cliente não desligou na minha cara me xingando. Que cliente persistente.
— Senhor, eu preciso... — fui interrompido pelo sinal da hora do "nada para fazer". Abri um sorriso que dizia "amém". — O senhor terá que aguardar alguns minutos, e logo estaremos ajudando o senhor com seu problema.
Era minha parte preferida, eu deixei no silencioso o meu lado da linha e soltei a musiquinha de espera. Peguei meu celular e fui até a cantina da empresa, tinha uma mensagem de voz. Com minha curiosidade aflorada eu abri aquela mensagem e coloquei no ouvido para que pudesse ouvir, e não era mensagem da operadora, era algo melhor.
"Aaahh, oi? Seu nome é Min Yoongi? — risadas — Desculpe, ãhn, sou o homem que te deu carona outro dia e eu... Ãhn, estou com seu isqueiro, é melhor mandar dinheiro se quiser o ver de novo 'senhor fumo para esquecer meus problemas' — mais risadas — Eu gostaria de te devolver, mas só se sair comigo, esta noite, vamos jantar, em um restaurante em que fumar é permitido... Caso você precise claro, se ficar nervoso, e eu... Estou um pouco... Nervoso? Ãhn, então acho que é isso, eu te encontro na parada de ônibus?!"
Eu iria sair naquela noite, com uma pessoa que eu nem conheço e nem sei o nome, mas eu ia ter meu isqueiro de volta. Fumar contava como ponto positivo.
No tempo em que eu me arrumava para me encontrar com aquele rapaz, eu pensava no sonho que havia tido, e conseguia sentir tudo de novo, como se estivesse tendo aquele sonho naquele momento. E de várias formas queria abraça-lo e sentir seu cheiro doce, ou talvez o seu perfume não fosse doce por causa do fumo. Mas eu só queria abraça-lo e agradecer a carona, e quem sabe, se ele me permitisse, beija-lo e tira-lo para dançar na luz do luar.
Eu poderia repetir para você que está lendo isso, de que eu não estou apaixonado, mas penso que seria a maior mentira do século, pelo fato de estar incrivelmente incondicionalmente e perdidamente apaixonado pelo cara da carona.
E quando eu já estava pronto, e na parada de ônibus esperando por ele, eu comecei a pensar nas inúmeras motivações que me levaram a fumar. Fiquei a olhar pro chão, com as mãos nos bolsos da calça jeans destruída que usava, brincava com meu pé esfregando ele no chão, e então senti aqueles sentimentos ruins voltarem, mas foi ai que ele chegou naquele carro de colecionador que tinha, adentrei o mesmo sabendo que deveria ter feito uma lista de perguntas para ele me responder, mas eu sentia que a conversa iria fluir naquela noite, e que eu não iria precisar fumar, ele parecia ser a luz na escuridão, e talvez por sorte, seria eternamente meu.
Nos primeiros minutos eu me segurei para não perguntar o nome dele logo de cara e dar um de curioso, mas, de qualquer forma eu estava curioso, e merecia saber o nome dele, então, em um momento bem inadequado como ele ligando o som do carro, eu me virei rapidamente e perguntei:
— Qual o seu nome? Eu necessito saber, quer dizer, cara, eu só preciso saber seu nome...
Ele riu lindamente enquanto dirigia seu carro azul de colecionador.
— Meu nome é Hoseok. — sorriu de canto. — Jung Hoseok se um dia precisar do meu sobrenome.
COMO ASSIM SE UM DIA EU PRECISAR DO SEU SOBRENOME?
— Yoongi, Min Yoongi se precisar do meu.
Mal conversamos no caminho para o local, então, eu apreciei o vento do ar do carro. Quando chegamos no local, Hoseok abriu a porta do carro pra mim e eu acabei por me sentir estranho, mas fiquei na minha e não falei nada. Bom, ele correu pra abrir a porta pra mim, acho que quis tirar a ideia de que ele é lguém estranho pra mim, mas cá entre nós, ELE É.
Escolhemos uma mesa, sentamos, e eu fiquei olhando ele enquanto seus olhos olhavam tudo em volta, Jung Hoseok parecia extremamente inquieto. Seus olhos estavam extremamente agitados, ele olhava tudo como se estivesse esperando algo bom, talvez o garçom?
— Está tudo bem? Quer dizer, se quiser eu posso ir embora, eu só vim pelo meu isqueiro. — menti.
— Está, — riu — sim, está, eu só estava olhando, sou inquieto na maioria das vezes. E seu isqueiro... — ele pegou meu isqueiro do bolso de sua calça preta jeans, e colocou na mesa, quando eu ia pegar, ele pegou novamente e me encarou. — Prometa-me que vai parar.
— Quem é você? Minha mãe? — tentei pegar de suas mãos, mas ele não deixara.
— Não seja teimoso, ande, me prometa.
— Não!
— Min Yoongi!
Eu deveria ter ficado calado e relação ao meu nome.
— Não consigo, isso é minha única paz.
Hoseok pegou uma caneta do bolso e escreveu algo no mesmo, e me entregou. Peguei e li as palavras mais doces que alguém já havia me dito.
"Eu serei a sua".
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Scenery [sope] - CONCLUÍDA
Фанфик"Talvez as cinzas tenham te condenado. Talvez as cinzas venham a me condenar. E se existe céu ou inferno, ou até mesmo que nossas almas fiquem a vagar pela terra. Eu espero te encontrar e poder te amar novamente. E eu só quero te dizer mais uma c...