LOVE SHOT 《 Completa 》

Perigo

Eu teria um problema a menos sem você. A adrenalina me mantem vivo, e eu já não me importo, sinto sede de você, como o resultado de uma equação, você é a solução, já não me sinto mais um peso no peito, e com você, me sinto como nunca, o perigo.

Foi difícil voltar pra casa aquela casa escura e vazia, as horas passaram sem que eu note, era uma madrugada iluminada, a luz da lua banhando toda essa cidade, dormir não foi uma tarefa fácil, a emoção ainda corre em minhas veias.

*Algumas horas antes*

- Onde estamos?

- Você vai ver, calma baby. - Ele me leva até um cercado, dava para ver toda cidade ali.

- Tão bonito, parece inofensivo daqui de cima.

- É, frágeis. - Ele concorda analisando a vista. - Hey cara, não deixe eles te machucarem, não dê o poder a eles.

- É tudo mais complicado que isso... Não é que como se eu pudesse impedir, sou apenas uma criança tentando sobreviver sozinho, é que as vezes parece que é o único jeito. - Desabafo.

- Não é, você é muito mais que uma criança, será o diabo se quiser ser, tudo nessa vida é questão de querer.

- Para um badboy você da ótimos conselhos. Quem é você?

- Você não quer saber acredite. Sou apenas alguém vivendo minha vida, do meu jeito, apenas livre, é você? - Diz sem muito desdém, oh boy, você não sabe o quanto eu quero saber.

- Músico, trabalho com música. - Digo sacando um cigarro do meu bolso e o oferecendo.

- Então você vai ser um músico famoso?

- Não se eu não escrever nada. Faz meses que não componho nenhuma música.

- Por quê? Não tem inspiração?

- Não sei... - Respondo e ele percebe meu desconforto, é um assunto delicado.

- Quero ficar aqui pra sempre. Nesse momento, nessa mesma vibração, o som do meu coração batendo, não lembro de quando me senti assim. - As palavras dele sooam como poesia na minha cabeça, ele me olha no olho como se soubesse dos meus segredos mais sujos, não preciso dele, porém isso não me impede de o querer.

- Nem eu, não há mais nada que eu queria.

- Tem certeza? -  Diz com som de malícia, esse é um jogo que eu gosto.

Tomo iniciativa e o beijo, ele começa se livrar de minhas roupas, faço o mesmo, o clima estava em seu auge, estava quente e rarefeito, se o mundo acabasse agora eu não sairia daqui, o impacto de sua boca quente na minha pele fria me causa arrepios, ele tem todo o meu corpo, traçando um caminho mais ardiloso ele chega em minha ereção, ja estou arfando,  ele me toca, me beija, não tenho mais controle, mas tanto faz temos a noite toda, sua boca vai ao encontro do meu membro, isso é muito bom, não pare, estou delirando de prazer...

Me sinto rebelde, a estrelas brilham, me sinto fora de foco, perigo ou amor?  Você é errado e erro outra vez, não me lembro de um céu tão lindo, não me lembro de alguém que me teve desse jeito, só lembro de você, mas eu ainda tenho ir embora.

- Precisamos ir.

- Não, não precisamos.

- Eu sei que você gosta do perigo, o garoto-mistério ai vive do seu jeito, no entanto eu tenho que trabalhar. Poder hun.

- Poder. - Ele repete se levantando e vestindo sua camisa. - Você diz que eu sou o misterioso mas não disse ainda seu nome garoto-problema.

- Suho. - Falo envergonhado, seu garoto-problema. Acho que não deveria ser tão bom, estamos indo embora e quero voltar de novo. Um vício.

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Acordo com lembranças da noite passada me atormentando, uma melodia entra na minha cabeça, parece que finalmente tenho uma inspiração. Pego meu violão, coloco todas as emoções da noite passada na música.
       

Mesmo depois das cortinas se fecharem
Eu não ficarei sozinho e solitário
Porque quando canto essa música
Eu volto para o tempo em que estávamos juntos
…
Depois de cantar essa música
Serei capaz de te encontrar novamente?