Malícia

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Por Andrew;

Tinha se passado uma semana desde que eu estive com a Lady Spencer, vi ela na faculdade esses dias, porém não mantive contato. Nossa relação é de mestre e submissa e nada além disso. No entanto, não deixei de notar que ela tinha uma marca roxa no rosto no formato de dedos, como é astuta, se maquiou até as manchas desaparecerem. O Nathan andava ocupado em algum caso na Scotland Yard, mas como pensava na Emma, ele não conseguia fazer o seu trabalho direito, como usual.

— Aqui meninos, torradas com geleia de framboesa para vocês. — a Sienna estava colocando os pratos na mesa, o Nathan lia o jornal.

Assassinato macabro em Nothingham

— Sorte que esse caso está fora da minha jurisdição, imagina a dor de cabeça, o cara levou um tiro no rosto. Ah, obrigado Sienna, estão deliciosas as torradas, morreríamos sem você aqui. — ele mordeu a torrada da forma famita dele.

— Ninguém o matou, ele morreu por acidente, foi fazer uma armadilha para os meliantes e acabou caindo na mesma. — era elementar, ele colocou a arma na porta amarrada por um cordão, mas para sua infelicidade o cordão ficou preso na perna dele e ele a puxou.

— Ora se não o Sherlock Devonshire novamente. — Nathan como sempre em seu tom de deboche pela manhã, desde que ficou sem a Emma está ranzinza, já a Sienna continua alegre, infelizmente não tive tempo para averiguar o que causa esse estado emocional nela. Deve ser algum homem.

— Referindo-se a coisas estranhas e pessoas malucas, ontem a sua nova submissa foi presa novamente na Harrods, pensei com você ela pararia com isso, pois eu realmente achei que apanhar era algum tipo de adrenalina, a endorfina ia ser liberada, mas não, ela continua a mesma. Como é filha do Premier, saiu em pune e sabe o estranho? Quando o policial foi levar ela para a casa dela, ela deu outro endereço o do London Hilton, ela está hospedada em um hotel. Sabe de algo Devonshire?

— Hn. — não sabia responder, pois não sei o que realmente se passa com àquela mulher. Isso precisa ser investigado de certa. Continuei a comer as torradas. E não me interessa o que a Lady faz na sua vida particular.

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Londres durante ás festividades de fim de ano se torna um pequeno inferno, turistas são os principais causadores disso até nas estações eles param com o péssimo costume de tirar fotos e pior agora com a mania das selfies, já perdi as contas de quantas sai acidentalmente. A Trafalgar Square é o ponto de aglomeração deles, acho que a árvore de Natal de vinte cinco metros de altura que esse ano está milimétricamente torta, há alguns engenheiros dando explicações para a equipe de jornalismo da BBC que acham esse caso bastante interessante e provavelmente será o assunto do dia nos programas. O jornalismo está realmente morto.

Entro na esquerda e chego na Leicester Picadilly, péssima ideia.

— Senhor pode pegar o meu balão? — pergunta uma garotinha loura, uns cinco anos aproximadamente.

— Não. — não tinha muito o que fazer o balão já estava fora de alcance.

— Seu grosso! — a mãe da menina fala brava, enquanto ela começa a chorar. Não tenho talento com crianças.

Alguns minutos chego no Hilton, sua arquitetura da era Vitoriana com enormes janelas parece mais uma casa grande do que um hotel, porém é sofisticado e um dos mais caros da cidade. Entro pela porta giratória e dou no hall luxuoso em clima natalino, vou direto á recepção. Mais turistas.

— Bom dia senhor, em que poderia lhe ajudar? — pergunta a recepcionista morena de cabelos cacheados e maquiagem um pouco brilhante.

— Gostaria de uma informação sobre a Lady Spencer, sei que ela está nesse hotel.

Love in the Dark (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora