= 22 • I Miss Him... =

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Jimin

- Caralho, então você transou com os dois? Tipo... dupla penetração mesmo? - Taeil perguntou chocado com a história que contei sobre o ménage.

- Por incrível que pareça, sim, eu transei com os dois... dupla penetração! - ri, pegando mais uma torrada com geléia.

- Caralho... olha, você é um guerreiro! A do meu namorado já era grande o suficiente pra me rasgar! - rimos.

- A do meu também é... - sorri malicioso, dando mais uma mordida na minha torrada.

   Eu e Taeil fizemos uma pilha enorme de torradas, colocamos geléia e subimos com algumas garrafas de vodka para o telhado do meu quarto. Eu costumava vir aqui quando estava triste, e trazer Taeil aqui significa muito agora.

- Taeil... se importa se eu quiser ouvir a história sobre você e seu namorado? - perguntei em um fio de coragem.

- Acho que vou precisar beber mais um pouco pra isso! - riu, e logo segurou a garrafa de vodka e bebeu direto dela.

   Ficamos em silêncio por um tempo, apenas observando o sol se pôr enquanto bebiamos o conteúdo das garrafas. Então depois de um tempo, Taeil riu fraco e deitou no telhado, observando as estrelas aparecerem aos poucos no céu azul e laranja.

- Há dois anos atrás, eu e Yukwon estávamos terminando o ensino médio... - fez uma pausa pra continuar - Ele era o idiota da turma, que fazia piadas machistas e homofobicas, e eu odiava ele de coração! Mas eu descobri algo sobre ele... - fez outra pausa.

- Olha, se não quiser falar, eu vou entender! - toquei sua mão.

- Eu consigo! - apertou minha mão, sorrindo de olhos fechados.

- Você consegue! - o encoragei.

- Bom... eu acabei descobrindo que o pai abusava dele desde os 12 anos, e isso é mais triste quando você faz as contas porque ele tinha 17 na época!

   Engoli seco, tentando não pensar muito nisso para confortar Taeil caso ele precisasse.

- A mãe dele se prostituia pra pagar as despesas da casa, já que o pai dele sempre era chutado dos empregos por beber demais. Bom, isso explicava o porquê de ele chamar todas as meninas de putas e de xingar os homossexuais, porque ele era homossexual e seu pai se aproveitava disso! - sentou novamente, dessa vez olhando o horizonte - Eu acabei ajudando ele com esses problemas, e depois da denúncia anônima que eu fiz, o pai dele foi preso, então era só ele e a mãe... - respirou fundo ao fazer mais uma pausa.

- Quer beber mais um pouco? - ele negou - Tudo bem, continue!

- A mãe dele morreu tempos depois vítima de uma doença sexualmente transmissível, e isso acabou de vez com ele! A casa dele foi á venda e minha mãe se solidarizou para criar ele até a maioridade. Foi aí que nos aproximamos... - fez outra pausa, mas sorrindo dessa vez - Nós fugiamos para o quarto um do outro pra transar loucamente durante a madrugada! - riu, e acabei por rir também.

- Vocês dois eram terríveis! - comentei, bebericando um pouco mais de vodka.

- Sim, nós éramos! - riu - Bom, um mês depois de tanto sexo, eu pedi ele em namoro, e começamos a namorar desde então. Ele era o melhor namorado que alguém poderia ter! Olha, eu ainda guardo essa foto nossa de uns dias após o namoro! - tirou uma foto do bolso, e eu sorri ao ver os dois parecerem tão apaixonados.

Ruin The FriendshipOnde histórias criam vida. Descubra agora