= 27 • family problems =

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Jungkook

   Eu acho que nunca me senti tão mal em minha vida. Mesmo com Jimin me acalmando eu sinto que a saúde da minha mãe está novamente comprometida.
   Durante todo o percurso de volta á Busan, eu e Jimin não conversamos muito. Eu por estar perdido em meus pensamentos, e Jimin por estar vendo vídeos em seu celular. Ele deve ter percebido que eu precisava de um tempo "sozinho", por isso preferiu não puxar assunto.

   Quando chegamos na porta de casa, descemos ainda em silêncio e levamos as malas para dentro.
   Entrei no meu quarto e lá eu pude desabar. Me ajoelhei no chão e chorei como nunca havia chorado antes em minha vida. Eu sei que minha mãe está doente de novo, sei a gravidade de tudo, e só vou me acalmar se os médicos me disserem que está tudo bem com ela!

- Deus... e-eu não costumo conversar muito com você, não é? - ri fraco, olhando pro céu pela janela - Mas, se você estiver aí, por favor... faz alguma coisa! - voltei á chorar.

   Ouvi a porta ser aberta, e logo depois senti o carinho de Jimin em meus cabelos. O puxei para um abraço, já que ele parecia incerto sobre me abraçar em um momento como esse.

- Jungkookie... vai ficar tudo bem! - disse baixinho, tentando me reconfortar.

- E se não ficar, Jiminie? E se a mamãe... - não consegui terminar a frase, pois logo voltei a chorar.

- Você estava falando com Deus, não é? Acredite nele, Jungkookie, ele vai fazer o que for melhor pra ela! - acariciou meu rosto para enxugar as lágrimas.

- Olha, se não quiser ir comigo no hospital por causa da minha mãe eu vou entender, tá? - levantamos.

- Não mesmo! Eu não ligo mais pra isso agora, Jungkookie! Quero estar lá pra te dar apoio, e dar apoio á ela mesmo que as coisas entre nós sejam tensas! - acariciou meus fios.

- Certo, então vamos! Pode dirigir? Não me sinto bem pra dirigir mais...

- Claro, meu amor! - selou minha testa - Vamos lá, tá bom? Vamos ver sua mãe!

   Jimin agarrou meu braço e nós fomos até o carro. Ele colocou algumas músicas relaxantes durante os poucos minutos até o hospital, e sempre que podia, acariciava minha coxa como um sinal de que estava ali comigo. Eu o amo, e mesmo distraído com essas merdas, consigo perceber o quanto Jimin amadureceu nesse pouco tempo separados. Agora Ele tomou total responsabilidade para ele de cuidar de mim.

   Quando chegamos no hospital, relutei um pouco pra conseguir entrar no quarto onde minha mãe estava. Depois de tanto tempo brigando e fugindo dela, depois de tanto tempo desejando não vê-la nunca mais, agora me vejo separado dela apenas por uma porta, sem saber se vou vê-la novamente se eu decidir não entrar nesse quarto e fingir que ela não existe.

- Hey... - senti o carinho de Jimin em minhas costas - Tá tudo bem, ok? Apenas respire fundo e entre!

- Eu... Não sei se consigo, Jimin! Não quero vê-la debilitada novamente. - olhei em seus olhos na esperança de me acalmar.

- Apenas relaxe, tá bom? Eu tô aqui com você! - sorriu para mim.

   Seu olhar tranquilo e seu sorriso acolhedor me deram forças para continuar o que eu estava fazendo. Jimin é meu apoio, é meu motivo de continuar, e isso se aplica em tantas coisas que nem mesmo consigo listar agora. Apenas segurei sua mão ao mesmo tempo que segurei a maçaneta da porta, e quando girei e a abri, o tempo parou um pouco ao meu redor.

Ruin The FriendshipOnde histórias criam vida. Descubra agora