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Sophia.
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Domingo, 12:35 da tarde.
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Ontem não aconteceu muita coisa de importante não, minha família veio jantar aqui e eu tive que fingir que estava tudo bem. Porque o Lucas me ameaça de todas as formas.

Ele fala que se eu contar pra alguém o que ele faz comigo, ele vai embora com o Heitor e eu nunca mais vou ver o meu filho. E eu não posso deixar que ele faça isso, por isso hoje eu vou fugir.

Os seguranças estão almoçando, eles almoçam mais cedo. Essa é a minha hora de escapar.

Peguei o Heitor no colo e coloquei duas bolsas no ombro e uma mochila nas costas. Eu não sei de onde eu tirei tanta força e velocidade como agora.

Eu sai correndo, passei pelos seguranças e pelo portão que a Cíntia tinha deixado aberto, entrei no primeiro táxi que vi.

Táxi: A senhora está bem? -falou com o carro ainda parado.

Sophia: Só dirige, por favor. -falei olhando pela janela e vendo que os seguranças estavam correndo atrás do carro.

Táxi: Para onde a senhora vai? -falou olhando pelo retrovisor.

Sophia: Pra Rocinha, por favor. -falei e percebi que o motorista engoliu a seco.

Táxi: Não subimos lá, desculpe. -falou olhando pra estrada.

Sophia: Pode me deixar no pé do morro então? -falei nervosa, ele assintiu.

Fiquei olhando pela janela, pensando que até agora está tudo indo bem. O meu plano de fuga está indo tudo certo.

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13:12 da tarde.
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O motorista para o carro e eu paguei ele pela corrida, desci do carro e peguei as bolsas.

Estava passando pela barreira quando sou parada por um homem com uma arma na cintura.

Me encolhi de medo com o Heitor no colo.

x: O que você veio fazer aqui? -perguntou autoritário.

Sophia: Eu vim alugar uma casa aqui, meu nome é Sophia. -estiquei a mão pra tentar ser amigável, porém eu estava morrendo de medo.

Menor: Me chamar de Menor. -apertou minha mão.

Escuto alguém me gritar e é a voz do Lucas.

Eu nem sai direito e ele já ta sabendo que eu fugi? Cara psicopata.

Lucas: SOPHIA, VOLTA AGORA. -gritou olhando pra mim com os olhos fervendo de ódio.

Meu coração gelou, meus olhos começaram a lacrimejar.

Ele estava subindo o morro gritando e me xingando de tudo que é nome.

Escuto passos atrás de mim e me viro, era outro homem armado, era moreno, alto e lindo.

x: Que porra de bagunça é essa na minha favela? -grita dando um tiro pro alto.

O Lucas estava quase perto de mim, o Heitor estava chorando muito e eu também. Por um impulso, eu me escondi atrás desse homem.

Ele olhou pra mim confuso, eu estava torcendo pra ele não acreditar em nada que o Lucas falar.

Lucas: Só quero a minha esposa e meu filho de volta, vim buscar eles. -falou com o sorriso mais sonso do mundo.

x: Eu vi o modo que você xingou ela, vaza do meu morro antes que eu deixe o seu cu cheio tiro. -falou nervoso.

Lucas: DEVOLVE O MEU FILHO, SOPHIA! -gritou apontando pra mim.

x: MANDEI VOCÊ SAIR DAQUI, PORRA. -falou e deu dois tiros no vidro do carro.

O Lucas entra no carro, acelera e sai. Nesse momento eu fiquei aliviada.

O homem se virou pra mim e sorriu, o sorriso dele é lindo.

Sophia: Obrigada. -falei sem graça.- Me chamo Shophia.

x: Pode me chamar de PH. -falou sorrindo de lado.

Não respondi nada, ele pegou as bolsas sem eu pedir e mandou eu entrar no carro.







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Protegida do Dono - Rocinha.Onde histórias criam vida. Descubra agora