Chapter Eleven: Tomorrow (pt.1)

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Pode aparecer, do nada, numa sexta feira à noite?
A primeira parte do penúltimo capítulo
Boa leitura 💜

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— Vai se foder, Kim Taehyung.

Jeongguk cospe as palavras como se o nome fosse puro lixo, um veneno na voz que Taehyung nunca ouvira antes.

O mais novo agarrou-o pelo colarinho do uniforme, empurrando-o contra a parede.

— Vai se foder você, Jeon. —  Taehyung diz passando a mão sobre os lábios.

O mais velho pisca, sua visão se torna preta quando Jeongguk ergue o punho com intenções claras de acertá-lo.

Merda.

Ele acorda em um sobressalto, suando, as mãos tremendo. Seus dedos instintivamente se fecham em punhos ao redor dos lençóis, agarrando-se a eles como se quisesse se equilibrar, trazendo-se de volta a este mundo.

Apenas um sonho.

Um sonho.

Ou talvez não fosse.

Fazia uma semana desde que as lembranças começaram a voltar, não todas de uma vez, apareciam aos poucos: flashes de momentos, seu aniversário de cinco anos, seu primeiro passeio de bicicleta, aquele discurso da escola que deixou-o nervoso, Jeongguk.

As memórias vinham sem serem convidadas; em sonhos, no meio do dia, quando estava no mercado com seu pai, uma outra vez no meio da prova de matemática. Ele se lembrava de Jeongguk, pequenos trechos do que parecia ser um filme, um filme estrelado por personagens desconhecidos que por acaso eram idênticos a eles.  Não havia contado ao moreno, incerto de como ele reagiria. Taehyung não sabia por que estava com medo de contar, ele estava muito feliz  tudo estava certo neste exato momento.

Não queria que nada mudasse.

Era desconcertante lembrar do moreno  dessa maneira, olhos raivosos, mãos ásperas, palavras afiadas que machucavam. Era tão distinto do garoto que agora conhecia, o garoto de quem gostava. Seu cérebro ousou dar um passo adiante, sugerindo a ele que o Jeon estava se tornando no garoto que amava.

Empurrou o pensamento para longe, murmurando uma meia promessa para si mesmo:

Hoje eu vou contar a ele.

—.—

— Oi.

Taehyung abandonou a leve apreensão causada pelo sonho que teve na noite anterior, ao ouvir a voz do garoto.

Sorriu para Jeongguk, um sentimento caloroso, confuso e — o que Jimin chamaria —doentiamente romântico. Já fazia um mês de namoro oficial. Era muito difícil para o Kim se lembrar do Jeon de antes, a forma diferente que era tratado.

— Olá, você. —  Respondeu, pulando ansiosamente para envolver os braços em volta do pescoço do namorado, pressionando um beijo contra os lábios alheios de uma maneira bastante inadequada para o lugar atual. Jeongguk respondeu rapidamente, entreabrindo a boca e dando passagem para o outro, roçando o polegar da mão direita na maçã do rosto do garoto de pele acobreada. — Bom dia. — murmurou entre o beijo.

Forget MeOnde histórias criam vida. Descubra agora