ok, who are you?

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Vinte e quatro horas antes.

Jungkook havia ido embora, despedindo-se com um selar. O quarto voltou ao silêncio, e as coisas pareceram aquietar-se. Taehyung, estava sentado na cama, fitando a parede de vidro, observando um casal do prédio da frente, discutir. Já estava sentindo-se entediado, afinal, além da briga dos dois que estava durando horas, não tinha mais nada para fazer.

Despertou de seu transe quando batidas soaram da porta. Levou sua atenção até a tábua, sem fazer menção de levantar para abri-la. Tudo aquietou-se novamente, Taehyung deu de ombros, pronto para visar o casal brigar, quando as batidas soaram mais forte. Tão forte que o garoto estremeceu, tomando um susto. Seu coração martelou, e incerto, Kim se levantou caminhando calmamente até a porta. Quando tocou a maçaneta, e girou-a, pronto para revelar a figura que tirava sua paz, interromperam seu ato. A porta entre-encostada, deixando que o barulho dos corredores adentrassem no quarto, mas não foi o som das rodinhas da maca movendo-se rapidamente pelo piso que chamou sua atenção, foi a voz; grave e rouca.

— Escute bem, tome cuidado. As pessoas mentem, Taehyung. Certas amizades podem lhe matar.

Taehyung encheu seus pulmões de ar, pronto para falar:

— Certo, mas quem é você? — a frase bateu contra a porta, já que esta foi fechada brutalmente.

O asiático pulou para trás, com o coração batendo em ritmos secos em seu peito. A respiração irregular, deixava Taehyung ainda mais nervoso. Sempre fora paranóico, ansioso. Tomava remédios controlados, mas agora, dentro de um hospital, onde a quietude sufocante e a paz caótica reinava, a prioridade era a morfina; remédio que aliviaria sua dor. Mas, já estava se tornando um vício, uma vez que o garoto experimentou aumentar a dosagem do antibiótico em seu soro. Agora, com o aviso do desconhecido, Kim, não conseguia parar quieto. Suas mãos tremendo em nervosismo, conquanto sua respiração pesada, dificultava que o ar transcorresse normalmente em suas vias.

Decidiu sentar-se, beber o copo de água posicionado estratégicamente na cômoda, ao lado de sua cama, e respirar. Uma tentativa falha de se acalmar, já que em sua cabeça, a frase do homem martelava insistentemente, deixando o pequeno ainda mais nervoso. Agarrou seus cabelos com força, balançando-se na cama.

— Calma, Taehyung. Tudo irá ficar bem. — ditou para si mesmo.

Sentia-se vulnerável. Em sua mente, a qualquero momento alguém entraria por aquela porta e lhe mataria sem dó e nem piedade. O medo do perigo inexistente. O medo da morte, que naquele dia, passeava por entre as calçadas de algum lugar no mundo. Taehyung estava tendo uma crise de pânico, e o ar de seus pulmões pareciam ter sumido, já que de sua garganta, saía barulhos estranhos, numa busca desesperada por ar.

Nunca pensou que morreria assim; dentro de um quarto de hospital, por falta de ar, consequência de uma crise de pânico, ocasionada por uma frase dita por um total desconhecido.

Suspirou fundo, tentando se acalmar. As mãos trêmulas, tocando o lençol branco, os olhos focando na parede. A voz ecoando em sua mente. A falta de ar. Taehyung caiu na cama. Lembranças vagando por sua memória. A porta abriu-se.

E a pessoa que ele menos esperava ver alí, passou por ela. Parando ao pé da cama, lhe fitando com os braços cruzados e um bico estupidamente fofo nos lábios.

— Preciso conversar com você.

Criminal Romance | ji.kook ♡̸໋࣭̣࣭̣࣭࣭̣࣭࣭࿐ jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora