Be Mine! ✾ Jυgнєαd αиd Aяcнiє.

[1] Não somos amigos!

Boa leitura! ❤️

[...]

Jones continha-se o máximo para não explicitar a sua dificuldade de não observar aquele rapaz ruivo que adentrara na biblioteca. O problema, era a sua descontrolada fascinação por cada passo dele contra o chão projetado de madeira.

No instante que ele dirigiu-se à Antoinette a cumprimentando com uma expressão de entusiasmo tracejada sobre os traços faciais - ainda mais airosos -, o moreno franziu o seu cenho.

Jughead deduziu que o ruivo aparentava ter a sua idade. Então por quê ele estava sustentando um diálogo com a Antoinette? Ela que abominava a existência de adolescentes em seu estabelecimento - por mais, infelizmente, que ele seja preenchido exatamente por esse público.

Ela parecia usufruir daquele diálogo entre ambos indivíduos ruivos, deixando-o muito mais perplexo enquanto os acarava em uma distância razoável. O menino não digeria sequer uma palavra que ressoava da boca deles.

O garoto ruivo de características corporais bem-desenvolvidas assentiu para as duas senhoritas antes afastar-se de ambas. Jughead, então, concluiu que ele estava conduzindo seus passos até a bancada. Abaixou a sua visão em imediato para o livro que mantinha fechado.

- Eu já li esse. Tão fantasioso que se torna ruim. - comentou o garoto desconhecido ao debruçar na superfície da bancada. A presença dele provocou uma demasiada desinquietação no menino de gorro, contudo, ele procurou mostrar-se civilizado.

- Eu gostei. Me envolvi facilmente. - a voz de Jughead soou mais baixa que o normal pelo nervosismo que teve de lidar diante do cativante garoto a sua frente, passando a ser intratável.

- É novo aqui, não é? - o ruivo pressupôs e ergueu uma de suas sobrancelhas, revelando um sorriso ardiloso em seus lábios.

- Está tão óbvio assim? - Jughead soergue os olhos esverdeados de encontro com os acastanhados do desconhecido, os quais demonstravam um pouco de desapontamento.

Um sorriso contagiante fora repuxado pelos traços do ruivo, consequentemente obrigando Jughead a repuxar um também, o que levou-o a ter uma séria cogitação consigo. Não era de expor um sorriso para as pessoas, exceto para sua irmã ou para Toni. Não tinha amigos com quem seria a razão de expor.

- É, mais ou menos, Forsythe.

O moreno elucidou um semblante desorientado pelo garoto saber qual era o seu nome, mas liberou um suspiro insignificante ao recordar-se do crachá preso sobre o seu avental.

- Você escancarou muita insegurança quando eu aproximei-me. Não teria como você não ser novato. E aliás, eu venho aqui todos os dias e nunca te vi. Você só podia ser um novato.

Quando ele finalizou o comentário, Jughead arregalou os olhos, admirado pela espantosa observação do adolescente quanto àquelas circunstâncias.

Jones analisou os passos do garoto com olhos de perplexidade. O seu nervosismo se intensificara no momento que sentira a aproximação do ruivo contra si. Ele encontrava-se alguns metros de distância, no entanto, ao seu lado. Simplesmente apanhara um livro, folheara-o desinteressado e direcionara os olhos a si de relance.

- Você é daqui? Nunca te vi no colégio. - o ruivo indagou, mostrando-se curioso em relação a aparição de um funcionário no local onde mais adorava visitar na cidade.