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Buraco negro

Gigante,
Te defino assim neste instante,
Talvez amanhã te chame de brilhante

Não me olhe desse jeito
Me conte seu maior desejo
O meu?
Talvez seja desaparecer
Acho que isso me faria espairecer

Ou talvez voar
Nas nuvens sempre me dizem estar
Sou solitária, até demais
Mas você? É um barco em um cais

Sempre está alí, enquanto não está
Deseja ir, mas talvez não vá
É um gigante
Preso a todos os instantes
Está sozinho, parado
Totalmente isolado

Qualquer um de você foge
Pois você os engole
Não é sua culpa ter defeitos
Na verdade todos são imperfeitos
Eu tenho defeitos,
Tantos que as vezes só eu os vejo

Sou totalmente confusa
E também uma intrusa
De quê?
Nem eu sei
Talvez de algo que nunca nem eu mesma esperei

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Vida Convertida Em PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora