O fim do nosso porto seguro

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Nota: Achei que estava na hora de sair do porto seguro e colocar os meninos pra correr, você vai entender quando ler esse capítulo.
E a partir de um momento eu começo a escrever sozinha, você vai perceber uma diferença na escrita, minha amiga ficou sem idéias, então eu perguntei se podia continuar sozinha e foi isso
Fique com o capítulo e espero que goste, foi feito com carinho.

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O albino se sentiu envergonhado e de certa forma meio tímido, mas por impulso ou pelo destino, foi aproximando seu rosto até ao rosto do garoto no intuito de o beijar.

Poderia ser errado, poderia ser vergonhoso, mas para Atsushi, sentir aqueles lábios era o _certo_ naquele momento, era o que _o seu coração mandava_ .

Akutagawa entendeu o recado, logo foi fechando os olhos devagar e permitiu que o outro continuasse, ele queria muito e se o outro não fizesse ele mesmo faria.

Atsushi logo tomou conta dos lábios do garoto, como era seu primeiro beijo não sabia bem o que fazer, mas tinha se lembrado de algumas coisas que os garotos mais velhos do orfanato haviam dito.

O moreno sorriu e correspondeu quase mordendo a língua do outro por não ter costume com isso, mas tentou ser o mais delicado possível, como ainda estava nos braços de Atsushi o apertou no abraço, não muito forte, mas o suficiente para lhe sentir perto, seu coração respondia ao beijo meio acelerado e o garoto se sentia misteriosamente bem.

O de cabelos descoloridos continuava o beijo consoante se lembrava dos concelhos que os mais velhos davam uns aos outros numa conversa casual na cantina.

Naquele beijo o albino passava amor, carinho e tranquilidade, estava feliz ao sentir os lábios e o corpo do moreno.

Estavam ali, quietos, sem berros dos "mestres", sem obrigações, sem porrada diária, eles estavam em _paz_

Akutagawa não pronunciava palavra alguma, mas sua alma dizia "eu te amo"
Os movimentos dos lábios do outro contra os seus lhe confortava, aquecia e passavam carinho, o mesmo carinho que ele também tentava proporcionar, levou sua mão até a do outro e as entrelaçou sem a menor pressa.

Depois de um tempo o ar se fez necessário e Atsushi separou o beijo, era notável um rubor enorme nas suas bochechas e a vergonha enorme em seus olhos, mas naquele momento, ele só queria ficar ali, com o menor em seus braços, _para sempre_.

Akutagawa o olhava sorridente e igualmente corado, mas era uma vergonha boa, ele se sentia feliz, se aconchegando nos braços do outro ficaram abraçados e o silêncio se fez, o moreno fechou os olhos e o sorriso não saia de seus lábios.

Atsushi também se sentia feliz, o sorriso não saia do seu rosto, mas uma pergunta se fez presente na sua mente.

_E agora? Para onde eles iriam?_

O desespero tomou conta do de cabelos brancos, não podiam ir de jeito nenhum para o orfanato novamente, não tinham amigos, dinheiro nem nada, onde eles iriam ficar???

Akutagawa abriu os olhos e "viu" uma nuvem negra passar na frente dos olhos do outro, por fim quebrando o silêncio.

- Atsushi? No que está pensando?

- Aku...para...para...para onde vamos agora???...-Falou num tão baixo e meio inseguro.

Ele não tinha pensado nisso
Sair foi até "fácil". Mas e agora, pra onde ir?
Se voltassem iriam sofrer maus tratos novamente, e agora seria pior, pois saíram sem autorização, ele não sabia o que responder.

- .........

A não ser que...

- ficar aqui? Até a gente achar um lugar

- É uma boa ideia, mas aqui tem animais perigosos...- Atsushi olhou em volta para ver se via algo ou alguém.

- Podemos fazer...uma casa na árvore??

A imaginação de criança no fundo não saia de Aku, ele lembrou do que leu, do que assistiu para ter essa idéia, gostava de aventuras, mas nunca imaginou que um dia estaria dentro de uma.

Ambos se levantaram e começaram a apanhar gravetos, pedaços de árvores caudas, tudo que service para uma barraca e uma fogueira. Com a barraca improvisada pronta, eles pensaram no que iriam comer, tinha muitas frutas por alí, bastava ir pegar.

- eu vou, você me espera aqui perto da fogueira, qualquer coisa grite

Disse Atsushi se distanciando de Akutagawa, para achar alguma árvore frutífera, no meio do mato sempre tem.

No orfanato já davam falta dos meninos e o diretor acionou a polícia, ele queria que os trouxessem vivos e a salvo. O que iria acontecer depois não importava.

Logo as ruas de Yokohama foram tomadas por cartazes com os rostos dos dois garotos estampados e se via guardas fazendo perguntas as pessoas na rua. O diretor tinha uma certa influência com os oficiais, por isso a preocupação em achar as crianças.

Na mata, passou um tempinho e Atsushi não voltava, o moreno se levantou e se afastou da fogueira para procurar o outro.

- Atsushi??

Akutagawa não estava com medo de ficar sozinho, estava era preocupado que algo tivesse acontecido ao outro, porém se distanciou demais e deu de encontro com uma onça.

- ...........

O que ele deveria fazer? Se mexer seria a deixa para que o animal o ataca-se, mas ele não podia ficar ali a vida toda, Atsushi poderia estar precisando dele.

Continua....

Não rejeitei seu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora