Quarto Capítulo - Justin Bieber

136 8 0
                                    

Me rendo da briga, a cama venceu, o.k., eu vou levantar! Olho no relógio e vejo que marca seis da manhã. Saio do quarto e desço as escadas, caminho até a cozinha e vou até a geladeira tirando de lá uma jarra de suco de maracujá. Bebo metade da jarra pensando que isso me dará algumas horas de sono. Escuto uma música lenta e sensual, já no caminho pra sala, o cheiro da maconha entope minhas narinas. Vejo Khalil e Lil Za sentados no sofá e na frente de cada um, duas mulheres dançam sensualmente. Penso em me juntar à eles e comer alguma das vadias, mas Jerry está dormindo e parece não querer levantar, bufo com raiva.

- E aí bro - Khalil diz sorrindo que nem um maconheiro que eu sei que ele é.

- Chega mais, Bieber - Lil Za me chama apontando pros peitos balançando na sua frente. Eu rio.

- Não, valeu galera, vou acabar de montar algumas ideias que tenho em mente - digo, já saindo da sala.

Se nós pudéssemos entrar pelos fundos do estabelecimento, conseguiríamos pegar o Dexter sem chamar a atenção. E além do mais, nós podíamos... Olhos azuis.

O quê? Não! Foco Bieber!

Eu só tenho que... ficar com ela, beijar aqueles lábios bem desenhados e não deixar que nenhum babaca tarado tente encostar nela. Meu Deus! Essa garota está me deixando louco, mas essa loucura vale a pena, eu acho. Eu só estou esperando ansiosamente pelo horário de saída do colégio TMS.

Me recosto em Natalia. Algumas patricinhas que já saem do colégio me olham e sorriem sensualmente. Mesmo a maioria delas sabendo quem eu sou e como vivo, ainda dão mole para mim. Eu não sei como uma garota em plena consciência, sabendo quem eu sou ficaria comigo. Por isso que preciso fazer com que Madison se apaixone logo por mim, assim eu não terei que correr atrás dela, porque ela fará isso sozinha.

Admito que fiquei surpreso quando percebi que ela realmente não sabia quem eu era. Mas é claro que ela não sabia, uma garota como essa não é de olhar para caras como eu. Ainda assim, quando a vi naquele carro, no tribunal e na festa, era como vê um anjo. Aquele rosto delicado, a inocência exalando dela, tudo tão perfeito, tão... Madison.

- Bela moto - Uma loira com uma bunda enorme diz me tirando dos meus pensamentos. Ela sorri pra mim e eu apenas sorrio educadamente acenando com a cabeça. Sei que se eu quisesse eu podia tê-la, mas eu não quero.

Um emaranhado de cabelos castanhos claro chama minha atenção no topo da escada. Ela está lá, parada, me olhando e a sensação de ver um anjo volta. Eu sorrio como um bobo apaixonado e uma sombra de um sorriso passa pelo rosto dela, antes daquela amiga insuportável, Katherine, sussurrar alguma coisa no ouvido dela que a faz olhar para as pessoas fofoqueiras que nos observam, então ela cora. É muito encantador quando ela faz isso.

Madison começa a descer as escadas com a sua amiga logo atrás e eu caminho até mais perto dos portões do colégio. Quando vejo ela desviando de mim e seguindo pelo lado oposto, fico boquiaberto.

- Hey! - Chamo, correndo um pouquinho para alcança-la. Quando consigo, paro na frente dela que me olha sem expressão. - Oi.

- Oi - Ela diz e percebo que ela deixa sem querer um sorriso escapar.

Katherine empurra ela e Madison desvia de mim novamente, mas antes de ela se distanciar eu puxo o braço dela, o quê a faz virar e colar seu corpo no meu. Eu olho nos seus olhos.

- Pensei que você ia conhecer a Natalia hoje - Aponto com a cabeça para a moto atrás de mim. Madison dá uma rápida olhada para a moto e depois volta a me encarar. - Aconteceu alguma coisa?

- Acho que não vai dar para sairmos hoje - diz, a voz trêmula e o olhar traidor.

- Porque? - Pergunto, ainda segurando seu corpo junto ao meu.

- Por que... eu... - Ela olha para a minha boca e volta a olhar pros meus olhos.

Então com esse gesto eu sei: eu já a tenho. Ela quer ficar comigo. A boca dela pode dizer uma coisa, mas o corpo e os olhos dizem outra. Deve ser essa amiga dela que fez sua cabeça. Katherine pareceu saber quem eu sou na festa, então... será que ela contou alguma coisa pra Madison?

- Venha, vamos dá uma volta - digo, a puxando pela mão.

- Madison! - Katherine exclama quando vê que ela está vindo comigo.

- Inveja é pecado, Kate - sussurro para ela e lanço-lhe uma piscadela. Madison ri baixinho e eu a levo até a moto. - Madison, essa é Natalia, Natalia, essa é a Madison.

- Prazer, Natalia - Ela diz, sorrindo.

- Ela disse que é uma honra te conhecer - Inclino a cabeça para o lado e Madison bota a mão na boca rindo. - Aqui - entrego o capacete para ela que faz uma careta quando o pega.

- Eu não sei botar isso - diz, balançando o capacete pra um lado e pro outro.

- Eu faço isso pra você - digo rindo.

Pego o capacete e boto na cabeça dela, ela resmunga e ajeita o cabelo. Eu rio olhando-a. Quando ela acaba de ajeitar o cabelo, eu vou prender o feche do capacete. Madison fica me olhando, observando cada coisa que eu faço. Quando acabo com o feche, eu passo o dedo indicador no queixo dela, depois acaricio sua bochecha com o polegar. Essa menina não precisa de maquiagem nenhuma, ela é perfeita desse jeito, assim, sem nada.

- Vamos? - Ela pergunta, interrompendo meu devaneio.

- Vamos - Assinto com a cabeça e subo na moto.

Me ajeito, esperando que ela suba na moto também, mas quando olho para trás, ela ainda está parada no mesmo lugar.

- O quê você está esperando? - Pergunto, confuso.

- Eu nunca subi em uma moto antes - sussurra parecendo ter medo.

- Só apoiar com um pé ali, passar uma perna por cima da moto e sentar - Explico tudo para ela pacientemente. - Se quiser pode segurar em mim.

Ela chega mais perto apreensiva, segura no meu ombro e fazendo tudo que eu falei, consegue subir na moto sem deburrar nós dois. Eu rio do suspiro de alívio que ela dá.

- Tudo bem, agora aonde que está o cinto de segurança? - Ela pergunta naturalmente. Eu solto uma gargalhada alta. - O quê foi?

- Moto não tem cinto de segurança - Continuo rindo.

- O quê?! Mas então aonde eu vou segurar? - Pergunta, assustada. Tento me controlar para não rir mais.

- Você pode segurar nas laterais da moto, ou pode se segurar em mim - digo, simplesmente. - Então, em qual vai confiar?

Ela parece pensar. Eu realmente tento me segurar para não rir, mas ela parece estar vivendo o maior dilema da vida dela. Por fim, respiro fundo quando sinto seus braços passando pela minha cintura. Ela aperta tanto a minha cintura que faz com que todo o ar dos meus pulmões saiam.

- Se você apertar tão forte assim, eu não vou conseguir me mover - digo, olhando um pouco para trás. Ela abre os olhos e me solta, corando.

- Desculpa.

- Tudo bem - Levanto um pouco a jaqueta e ela entende, porquê passa os braços em torno da minha cintura novamente, mas por baixo da jaqueta. Sinto as mãozinhas delicadas roçar na minha barriga, suspiro alto.

- Assim está melhor? - Pergunta no pé do meu ouvido, o quê faz com que eu me arrepie todo. Fecho os olhos por um mometo.

- Bem melhor - Afirmo, ligando a moto.

- Vai me dizer para onde você vai me levar? - Ela continua falando no pé do meu ouvido.

- Não, é uma surpresa - digo tentando manter a voz firme. Que merda, Bieber!

- Então isso é um sequestro? - Sua voz não podia ser mais sensual. Puta merda.

- Entenda como quiser - Acelero com a moto quando sinto ela enrubescer.

As Long As You Love MeOnde histórias criam vida. Descubra agora