Capítulo 2

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TaecYeon escolhia uma música diferente a cada ensaio, eu já tinha passado por músicos que eu nunca tinha ouvido falar até alguns mais populares dentro da música clássica. Meu parceiro chegava com as partituras e pedia para eu tocar, ensaiávamos durante aquele período e no próximo ele trazia algo novo, era desgastante.

Reservei uma sala para nós, era a que eu costumava ensaiar, ali tinha um piano e era espaçosa o suficiente para eu ficar de um lado e ele do outro. Comecei a tocar o que eu pretendia terminar de compor. ChanSung logo saltava em minha mente com seus passos fortes e precisos. Eu me lembrava da música de uns dois anos que ele dissera compor para mim, era maravilhosa, me acalmava tanto, queria poder ouvi-la mais uma vez pelas mãos dele. Quando parei de tocar encarei a figura que me encarava. TaecYeon estava parado escorado no piano, sem dizer nada ele se sentou e começou a tocar algo.

- Você realmente gosta de Titanic? – perguntei não esperando uma resposta.

- Não, mas a maioria das pessoas sim e pelo tom que você tocou agora, acho que podemos fazer algo muito bom.

- Isso foi um elogio? – ele não me olhou – Vou fingir que sim.

Eu o acompanhei, ele me analisava conforme eu tocava.

- Aqui – ele colocou o celular apoiado em uma das mesas de estudo que tinha ali – Vamos nos gravar e ver o que podemos melhorar.

- Boa ideia – eu me empolguei mesmo com aquilo.

- Amanhã te trago um relatório com todos os seus erros e tentamos arrumar se é que tem como. – eu o encarei, ele estava indo tão bem.

Revirei os olhos e comecei a tocar.

- Isso... O que é isso? – ele perguntou parecendo surpreso, eu o encarei.

- Composição minha – falei como se não fosse nada demais.

- Sua? – confirmei e voltei a tocar – Não sabia que você podia compor.

- Você não sabe nada sobre mim, Ok TaecYeon. – ele me fuzilou quando disse seu nome completo.

- E você sabe algo sobre mim? – ele cruzou os braços em desafio.

- Pode acreditar. – eu fiquei de frente para ele – Você é herdeiro de uma das maiores redes de teatro do país, tem uma irmã caçula, ouvi algo sobre sua cor favorita ser branco, apesar de eu não acreditar que alguém pode ter como cor favorita o branco.

Ele me ouvia em silêncio, era divertido.

- Você toca piano desde os sete...

- Cinco.

- Cinco anos, você teve um cachorro que eu não lembro o nome, você tem vários prêmios internacionais além de ser um grande artista que ninguém entende o que está fazendo na universidade se a carreira já está consolidada desde os quinze anos. – eu pensei um pouco – Acho que isso é tudo o que eu sei – eu o observei, não sei se o assustei ou o quê.

- Você só é mais uma dessas meninas que querem se aproximar de mim pela herança – ele falou me dando as costas, eu o encarei. O cara tem uma página na Wikipédia com essas informações, isso só facilitou minha vida. Eu não perderia tempo pesquisando tudo isso sobre ele – vou pedir para trocar de parceiro.

- Por favor – ele me olhou com o olhar de vencedor – Por favor, faça isso. Acho que seria a sua melhor atitude por mim. – peguei minhas coisas – Só para eu ter certeza, então não temos ensaio amanhã?

Ele demorou para responder, dei as costas e fui embora.

No quarto, a minha companheira se arrumava para uma festa, duas de suas amigas estavam na minha cama. Elas ficavam tanto ali quanto eu ficava no quarto de Jun. K.

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