O Príncipe e o Guarda •myg+jhs•

3- Beautiful green nature.

Depois de uma semana vivendo num espaço humano, com meio humanos, em um lugar onde apenas humanos se adaptaram facilmente, Hoseok se sentia, enfim, um pouco em casa. A sala com a televisão de tela plana da Samsung - marca qual ele nem sabia o que significava - já não parecia tão anormal; nem a cozinha com armários embutidos nas paredes e um fogão elétrico, nada tão arcaico quanto os fogões a vapor de Mirrubil feitos apenas de pedra, carvão e tábuas de carvalho.

Em relação a isso, ele se sentia confortável, parecia até o lugar onde sempre quis estar, o único problema era enfrentar o mal humor do seu "querido" rei. Já havia ficado constante, agora que mais monstros surgiam de repente e ele não sabia o que fazer como líder daquele bando. Sua única opção era, de fato, quebrar a cabeça ou mandar seu servo fazer isso no seu lugar - no caso, Hoseok.

Após dias tentando e aturando alguém da qual a paciência se esvai facilmente, Jung chegou à conclusão de que não, aquele não era o lugar onde sempre quis estar, uma vez que percebeu que seu querido rei não era tão querido e sim era muito bem obrigado a ser sempre gentil e bondoso.

Ou não, vai saber.

Bom, hoje foi mais um dos dias do "Sr. Estou sem paciência", na qual ele apenas gritava consigo mesmo no seu próprio escritório ou com Hoseok, pondo sempre a culpa no coitado - e que antes fosse o culpado daquilo tudo.

    – A contagem foi clara, Jung Hoseok: foram executados mais quinze feras ontem. Então por que me entregou apenas treze relatórios de óbito?! – Gritou, atirando os papéis com brutalidade na mesa.

    – H-houveram problemas, alteza, os outros dois monstros sumiram do local. Mas eu fiz uma análise e, pelas minhas pesquisas, não são monstros criados aqui na Terra: sua anomalia vai além disso. Eles... simplesmente evaporam quando são mortos, como se quem os criou não quisesse deixar pontas soltas. E se-

    – Chega, não preciso das suas pesquisas incompetentes. – Cuspiu as palavras e se sentou na cadeira, massageando suas têmporas.

Eu queria pontuar algo: bem que Yoongi poderia ter chamado o ruivo de qualquer outra coisa, ou nem tê-lo xingado de nada, porém incompetente... talvez tivesse escolhido a hora e o lugar errado para ter usado aquelas palavras.

O sangue de Hoseok ferveu e seus punhos automaticamente fecharam; ele estava pronto para responder a altura.

    – Escute-me bem, Min Yoongi, pois só direi uma vez – Aquele tom de voz fez Min estremecer e virar-se com muita atenção para o guarda. – Fui designado para cuidar de você e sua vida pessoal, mas não para aturar suas birras de rei insatisfeito, então tire seu cavalinho da chuva e trate-me com mais respeito ou eu mesmo trato de acabar com todo esse seu estresse ridículo, e estou pouco me importando se posso ser assassinado por esse feito – Naquele momento Yoongi não ouvia mais nada ao seu redor, pois como um idiota ridículo apaixonado ele só conseguia se encantar pela valentia do de cabelos laranja. – Não sou incompetente, fiz exatamente o que me pediu, mas se não é capaz de reconhecer isso, faça você mesmo.

Finalmente ele acabou e respirou fundo, soltando a prancheta e girando os calcanhares para se retirar dali. Antes daquilo, parou de costas para o mais velho, pensando no que dizer para finalizar seu primeiro triunfo como alguém que respondeu alguém da alta corte real.

    – E caso queira me insultar de novo, por favor pense duas vezes, ou terá de se preparar para achar outro guarda pois farei questão de entregar com um sorriso no rosto minha espada e meu medalhão a ti. – Ponto final.

Chocado e arrepiado, Yoongi puxou o ar com força logo após seu guarda se retirar do escritório. Não podia negar, tinha realmente ficado com medo de, de repente, Hoseok se rebelar e apontar uma espada para si.