7-Lumiar

169 16 0
                                    


Assim que Lana se organizou ela partiu para Lumiar ,na Alemanha, em busca de respostas do seu passado, do presente e quem saber do seu futuro. A viagem de Angel Pine até Beke foi um pouco desgastante com várias escala e ainda tinha mais uma hora de carro até que ela chegasse a aldeia natal de sua mãe,e ainda tinha a ansiedade em saber como seus avós iriam lhe receber.

Lana pegou um táxi em Beke e ela perguntou ao motorista.

—O senhor conhece um lugar chamado Lumiar?

—Lumiar? -o motorista pensou um pouco. As poucas palavras que ela aprendeu em alemão na faculdade agora estava lhe servindo, quem diria, segundo a irmã era uma tolice aprender outro idioma. De repente o

motorista vira para ela e perguntou num inglês meio desajeitado. —...por acaso a moça está se referindo a aldeia Lumiar?

—Sim! O senhor conhece?

—Sim...mas o que senhorita pretende fazer lá?

Lana ia responder com a verdade mas mudou de ideia.

—Tenho negócios lá! -ela mentiu mas nem sabia o motivo só achou que deveria.

—Eu não vejo razão para alguém querer fazer negócios com aquela gente! -o motorista exclamou com repulsa na voz.

—Porque o senhor está dizendo isso?

—Aquela gente é muita esquisita principalmente o líder deles mas se é isso que a senhorita quer Lumiar aqui vamos nós! -o motorista disse dando partida no carro e partindo rumo a aldeia. —...só vai demorar um pouquinho, esse lugar é um pouco longe! -completou esticando o pescoço para espiar Lana pelo retrovisor.

Lana queria continuar a conversa mas seu cansaço era tanto que seus olhos começaram a se fechar sem que ela desse conta. Depois de alguns minutos Lana acordou assustada pedindo desculpa ao motorista por ter adormecido, foi quando ela olhou pela janela e a paisagem cinza deu lugar ao verde,Lana começou a ficar preocupada e desconfiada.

—O senhor tem certeza que esse é o caminho?

—Olha moça eu não costumo vir para essas bandas mas eu conheço bem a estrada e o caminho.

—E falta muito?

—Não senhorita só mais uns minutinhos!

De fato só faltava alguns minutinhos e logo ela pôde avistar a entrada da aldeia, o motorista parou o carro e virou para ela dizendo.

—Sinto muito senhorita mas eu só posso vir até aqui!

—E porquê? Alguém proibiu o senhor de entra?

—Não. É só que eu não pretendo encontrar o líder deles o cara parece que não gosta de intrusos no território dele.

—Ótimo...a cada frase do senhor eu menos gosto desse "líder" e também já estou ficando com medo!

—Então a senhorita tem certeza que quer ficar aqui?

—Querer querer eu não queria mas eu não tenho outra escolha.

—Ok a senhorita é quem sabe!

O taxista ajudou Lana a tirar as malas do porta malas e depois que ela o pagou ele entrou no carro lhe desejando "boa sorte" e antes de sair com o carro ele ainda ficou alguns segundos observando ela passar pela entrada e ao se certificar que ela estava segura ele saiu cantando pneu.

—Preciso me atualizar com o termo aldeia...isso tá mas parecendo um vilarejo! -Lana sussurrou para si mesma enquanto observava e puxava sua mala pela estrada até que ela avistou um morador na porta de casa

—Oi boa tarde. O senhor conhece os Hessel? -Lana perguntou ao senhor que estava varrendo a frente da casa, mas em vez de respondê la ele apenas lhe deu as costas e entrou.

—Agora eu sei o que o taxista quis dizer com "gente estranha"! -Lana continuou seu caminho puxando sua mala de rodinha.

As casas eram do tipo colonial, pequenas mas pareciam confortáveis por dentro.

—Além dos moradores esse lugar tem um cheiro estranho! -Lana pontuou para si mesmo enquanto continuava sua caminhada, para sua sorte as ruas não tinha tantos buracos, de repente, sem motivo aparente, Lana parou de frente a uma casa e ficou a observando até que uma senhora aparentando ter 70 anos apareceu na porta.

—Vanessa? -a senhora andou ,vagarosamente, até Lana e a abraçou —..você não deveria estar aqui mas eu estou feliz em te ver ...

—Me desculpa mas eu não sou a Vanessa, -Lana disse se soltando do abraço da senhora e completou —...meu nome é Lana e Vanessa Hessel era a minha mãe e a senhora deve ser a minha avó dona Maria!

Imediatamente a senhora cobriu a boca numa tentativa de esconder a emoção.

—A senhora está bem! -Lana perguntou segurando em um dos braços da avó.

—Sim eu estou. -dona Maria disse emocionada. — Entre venha! -dona Maria puxou Lana para dentro de casa.

—Querido veja quem está aqui! -dona Maria falou alegremente para um senhor que se encontrava diante de uma tv ,ele olhou para ela e se levantou.

—Vanessa? -o senhor perguntou assustado.

—Não querido essa é a filha dela Lana, nossa neta!

—Esse é o nome que os Petterson escolheram para mim mas minha mãe ia me chama de Cloe! - Lana saltou essa informação pegando os dois de surpresa.

—Cloe era o nome da sua bisavó mãe do seu avô! -dona Maria disse agora pegando Lana de surpresa.

—Eu pensei que Vanessa estava com raiva da gente. ..

—E porque ela teria raiva dos próprios pais?

—Isso é conversa para mais tarde. venha vocês nem foram apresentados direito! -dona Maria puxou Cloe para perto do avô e os apresentou formalmente e os três sentaram no sofá, ela de frente para os avós, e os três ficaram se encarando sem que alguém dissesse uma única palavra por longos um minuto até que Cloe quebrou o silêncio com uma das dúvidas que sua mãe levantou naquela carta.

—Eu tenho muitas dúvidas mais por hora eu quero saber o que Vanessa era? O quê eu sou?

Seu João e dona Maria se entreolharam até que seu João a respondeu.

—Sua mãe era uma loba. Todos em Lumiar são lobos!

Nesse momento Cloe perdeu o ar e logo a lembrança do que Aron tinha dito a ela voltou a sua mente.

"Então ele não mentiu!" -ela sussurrou em sua cabeça.

—Também temos várias perguntas para lhe fazer mas eu quero saber onde está a minha filha. Onde está a sua mãe. Porque ela não veio com você? -dona Maria perguntou tirando Cloe de seu devaneio

—Porquê a minha mãe morreu assim que eu nasci. -com a cabeça baixa e entre sussurros Cloe contou aos avós o que havia acontecido há vinte quatro anos atrás.

—E como você soube da gente? -seu João perguntou abraçado a esposa que não parava de chorar.

—Minha mãe me deixou uma carta contando tudo...inclusive sobre vocês... -ela entregou a carta ao avó e completou —..mas ela omitiu certas partes do meu passado, por exemplo o fato de eu ser uma loba ...e esse é um dos motivos por eu estar aqui agora


Conseqüência de uma noite (Atualizada))Onde histórias criam vida. Descubra agora