A noite mais louca de todas Part1

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Minha noite havia começado de uma maneira incrível, todos no clima de comemoração pelo aniversário da Asli, muita música, muita diversão, muita bebida, estava indo tudo muito bem. Passado algumas horas a festa acabou e todo o pessoal começou a se despedir pra irem embora para suas casas, coisa que devíamos ter feito também. Por Alah, porque assim que acabou a festa não fomos para casa descansar?? Porque optamos por um after em uma balada super frequentada de Istanbul?? Realmente estou me perguntando agora, onde eu estava com a cabeça quando concordei com Can e Anil pra ir a àquela festa. Já estávamos todos levemente alterados, alegres e soltinhos. Eu só não imaginava que Can seria o pior de nós no final da festa. Ele se transformou em um completo show man e ficou bêbado como nunca.

De início eu estava até me divertindo, cantando, curtindo a festa, curtindo o Can, as vezes até conseguíamos dar umas escapadinhas para saciarmos a vontade de dar um beijo decente. Mas depois de mais algumas bebidas ele não conseguia mais se controlar. Dançou, cantou e até no subiu no palco pra aumentar a palhaçada. Eu e Anil não podíamos fazer nada, que força teríamos pra puxar e levar pra casa um homem do porte do Can. Seria cômico se não fosse trágico. Tive que me segurar pra não ir embora e deixar ele lá.

Passei o resto da festa me fazendo de louca para o que estava acontecendo e esperei que Can terminasse com seu show. Assim que ele desceu do palco e veio ao meu encontro eu sutilmente peguei em seu braço e o puxei para um ponto cego da boate afim de lhe dar um sermão daqueles. Mas não sei se por conta do álcool ou se porque ele estava realmente ficando louco que ele entendeu que eu o havia puxado para o canto com outras finalidades.

Antes mesmo de chegarmos no escuro ele enlaçou minha cintura com seus braços pressionando seu peito contra minhas costas e afagou seu rosto no meu pescoço inspirando meu cheiro, beijando minha nuca e deixando um rastro de eletricidade por todo meu corpo. O que seria incrível se não estivéssemos onde estávamos, com centenas de câmeras prontas pra flagrarem a mais simples demonstração de afeto entre nós. Isso sem contar que ele estava bêbado e totalmente fora de si. Me surpreenderia se ele soubesse onde estava e o que estava fazendo. Por isso, logo me livrei bruscamente do seu abraço e o puxei com mais força até chegarmos no canto escuro da boate.

- Você tá louco? - gritei para ele

- Louco por você! - respondeu se inclinando para me beijar

- Caaan, sai - disse o empurrando - Você está bêbado!

- Ahh Demet, eu só...

- Você só o que?? - perguntei impaciente  - Você tem noção do que você tá fazendo??

- Ah, vamos lá Demet.. - ele gesticulava  tentando completar o sentido da frase - divirta-se também - falou pegando em meus braços e balançando-os imitando uma dancinha

- Can, pelo amor de Deus.. isso já passou da diversão - disse apontando pra ele - Olha só pra você, olha bem pra você - virei ele de frente para um espelho grande que tinha na parede do fundo para que ele enxergasse a situação em que se encontrava - Nós não precisamos de tudo isso para nos divertir - conclui com o restante de calma que ainda me restava

Ele balançou a cabeça, passou a mão pelo cabelo que estava uma bagunça e se virou para me encarar.

- Acho que já chega por hoje né?? - perguntei calma o encarando de volta e ele assentiu - Vamos pra casa?

- Tudo bem! - concordou num suspiro pesado e se virou novamente para se observar no espelho

- Graças à Deus! - respirei aliviada por ele ter concordado de ir pois não teria outro jeito de tirar ele dali se não fosse de livre e espontânea vontade - Eu vou chamar o Anil pra irmos.. tamam? - ele balançou a cabeça positivamente e eu ri o analisando - Aproveita e vai ali no banheiro jogar uma água nesse rosto porque está péssimo - concluí gesticulando em círculos para o rosto dele que apenas assentiu com a cabeça - Consegue ir sozinho? - mais uma vez ele balançou a cabeça afirmando e eu me segurei pra não rir da situação.

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