Capitulo 11

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Aqui estou eu a olhar para o corredor ainda deserto… Não faço ideia do que acabou de acontecer! Levo uma mão aos meus lábios, e um sorriso planta-se no meu rosto, o que está a acontecer? Sinceramente, não sei, mas este Harry põe-me doida! Primeiro aleija-me e grita comigo, depois oferece-me uma noite maravilhosa e por fim beija-me indo embora logo de seguida sem explicar o seu acto! Este rapaz é bipolar, só pode… Mas por outro lado, um sentimento esquisito que só desperta dentro de mim quando estou ao pé deste ser de olhos verdes, regressou em grande. Eu não posso estar a nutrir um certo carinho por ele… Ou posso?

Não, não podes Tris, ele é um mulherengo, que quer brincar com os teus sentimentos! Abano a cabeça numa tentativa de afastar todos os meus, baralhados, pensamentos que deveriam ser presos dentro de caixas bem nos confins do meu cérebro para nunca mais regressarem.

Decido entrar no quarto, mal fecho a porta os pensamentos voltam, mas eu prefiro ignorá-los, e a melhor maneira é ler. Ler com música, a ser transmitida pelos pequenos fones que possuo, até que o sono decida desligar o meu cérebro. Dirigo-me para a casa-de-banho lavando a cara logo de seguida, mal levanto a cabeça os meus olhos ficam como presos nos meus lábios, começando a imaginar quando os de Ha… Esquece Tris! Este é o objectivo dele, confundir-te para depois seres apenas mais uma! Lavo os dentes e vou para a cama, após ter despido o vestido que se encontrava no meu corpo, cobrindo-me e colocando logo de seguida música no meu MP4, pego no meu livro e após ler cerca de 50 páginas, as minhas pálpebras começam a fechar forçando-me a uma visão por vezes obscura, que são os meus sonhos.

Acordo com um bater na porta, e não me perguntem porque… Mas associei logo ao deus grego, que demonstra florestas esverdeadas a partir das suas esmeraldas, sem pensar levanto-me imediatamente da cama, indo até à pequena entrada do meu quarto abrindo a porta. Mas em vez de ser o ser misterioso, deparo-me com uma Lux toda vestida de preto e com uma pequena mala de viagem à minha porta…

“Bom dia Lux” digo com um pequeno sorriso no rosto

“Bom dia” diz num tom baixo. “Hm… eu queria despedir-me de ti” e só neste momento  cai a ficha de que ela está com uma mala de viagem. Mala de Viagem! O que estará a acontecer com a minha melhor amiga?

“Despedir? Lux, por favor, não faças isto… Sabes tanto como eu que te vais arrepender mais tarde ao mais cedo” digo ligeiramente nervosa. Ligeiramente? Se nervos pegassem fogo eu já estaria a arder feita em cinzas…

“Tris… Calma, eu vou apenas ao funeral do meu p…pai” exclama baixando a cabeça. Oh meu deus… Sou tão burra! Como me fui esquecer? Eu preciso de ir com ela!

“Desculpa Lux… Esqueci-me, mas eu vou arranjar-me num ápice”

“Arranjar-te?” pergunta interrompendo-me com um ar confuso

“Sim, eu vou contigo ao funeral… Não te vou deixar sozinha nisto!” exclamo fazendo sinal para ela e a sua mala entrarem no quarto.

“Tris… Não, não vais. Não te quero incomodar com as minhas coisas!” diz de cabeça baixa, entrando na minha habitação

“Não sejas tonta. Para além de mais eu conhecia o teu.. pai” afirmo atrapalhando-me, não sabendo a reação dela perante as minhas palavras...

“Tris… Não estás a perceber! Eu prefiro ir sozinha; a sério não te preocupes… Vai fazer-me bem!” afirma largando um pequeno suspiro , fazendo com que eu percebesse que ela precisa mesmo do que está a dizer… Mas custa-me tanto, deixá-la ir sozinha, numa das situações mais complicadas da sua vida!

“Está bem… Mas ao menos deixa-me ir contigo até ao aeroporto” Digo, fazendo-lhe uma espécie de proposta. Embora sendo mais uma obrigação que uma espécie de conselho...

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