Capitulo 16

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Estou cá fora à exactamente 45 minutos e o meu estado de espírito ainda não melhorou… Sinceramente, o que me apetecia agora era entrar dentro da sala, mandar o professor para um sítio onde não há luz e arrancar um por um, os caracóis achocolatos do rapaz desprezível que me fez explodir no meio duma aula…

O pior é que sei que tenho de me acalmar, devido ao facto de restarem apenas 5 minutos para a aula acabar, e eu sei que se isso não acontecer estarei em muitos maus lençóis. Que se dane… Estou farta das atitudes daquele miúdo mimado que não sabe tratar as mulheres em condições. Não estou a dizer que as raparigas não têm culpa, porque eu sei que se elas não quisessem e não fossem umas oferecidas não acontecia nada! Mas que ele não tem direito de me «assediar» não tem!

Num estado pouco normal, que eu não estava à espera, levanto-me do chão e começo a andar de um lado para o outro acabando por bater com o meu punho direito num armário que se encontrava no corredor vazio, com que para descarregar a minha ira. Se resultou? Não, apenas fiquei com uma ligeira dor no pulso, que felizmente consigo suportar, demonstrando-me que continua tudo no devido sitio, ao contrário do meu humor.

Ah já sei… Vou ligar à minha mãe, pode ser que ela me consiga acalmar!

#Chamada On

“Olá mãe” introduzi assim que esta me atendeu

“O-olá filha”

“O que se passa mãe?” perguntei, quando percebi que esta se encontrava a chorar, sentindo preocupação tomar o lugar da raiva, que se encontrava no meu ser.

“Na-nada, es-está tudo b-bem?”

“Não… Oh não interessa! porque estás a chorar mãe? O que aconteceu?”

“…” ouvi apenas vozes de fundo, indicando-me que a minha progenitora não estava sozinha

“Mãe?! O que se está a passar?!”

“Beatrice, agora não podemos falar, depois ligo” falou o meu pai

“Pai, o que raio-“ parei assim que os «bips» que indicavam o final da chamada substituiram a voz do meu pai.

#Chamada Off

Mas… O que acabou de acontecer? Será que está tudo bem? Tudo bem, não está de certeza para a minha mãe estar naquele estado e o meu pai me desligar o telefone na cara. Só me faltava mais esta…

Dou pelo final dos meus pensamentos assim que a campainha desta enorma instituição toca, indo, como com um impulso, para o exterior do bloco.

“Tris!” chama Lux

“O que foi?” pergunto assim  que esta chega ao pé de mim, meio arisca.

“O que se passa contigo? Nunca tinhas feito uma coisa destas!” exclama, com preocupação presente na voz

“Sabes o que se passa...” faço uma pausa vendo Harry aproximar-se. Por amor de Deus... Agora não! “é que aquele atrasado-“ sou interrompida pela voz do idiota que me arruína o sistema nervoso:

“Beatrice, precisamos de falar” continuei a olhar para Lux, como se o ser insuportável não estivesse ao meu lado a tentar comunicar comigo.

“Lux, podemos ir para outro sitio por favor?” perguntei, enquanto o rapaz continuava fixo em mim, ao que a minha melhor amiga respondeu com um simples acenar de cabeça. Estávamos a ir embora quando Harry me segura o pulso com a sua mão extremamente quente, contrastando com a minha.

“Por favor… Só quero mesmo conversar.” E o que eu disse a seguir surpreendeu-me a mim e a este estranho ser:

“Está bem”

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