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sábado 30/12/2017, 5:13 a.m
ˢᵉᵘˡ, ᶜᵒʳᵉⁱᵃ ᵈᵒ ˢᵘˡ

O alarme de Nayeon tocava sem parar em cima da cabeceira de Momo para a felicidade e infelicidade da maior. Os primeiros sinais do nascer do Sol começavam a fazer-se presentes naquele céu levemente estrelado de dia trinta de Dezembro fazendo um sorriso brotar nos lábios de Nayeon. Sempre gostou de ver aquela estrela que iluminava seu dia reaparecer no céu avisando para todos os que tinham de acordar às plenas seis da manhã que era hora de se preparar para fazerem oque tinham a fazer.

Retirou a manta que cobria seu tronco tentanto fazer o mínimo de ruído possível para não acordar ninguém naquela casa. Foi em passos leves até à porta do cómodo abrindo com cuidado, concluindo a missão de sair do quarto sem fazer barulho algum, deixando assim Momo dormindo serenamente, um sucesso.

Desceu calmamente a escadaria que levava até ao primeiro andar e caminhou em direção à cozinha. Chegando lá, pegou um pequeno pacote de leite e algumas bolachas quaisquer que encontrou dentro de uma das dispensas, e foi até ao jardim da moradia afim de ver aquela esfera brilhante surgir iluminando tudo. Sentou-se em uma das cadeiras reclináveis começando a tomar seu 'café da manhã' improvisado, mantendo o olhar no céu azul que ia tomando um tom mais claro a cada minuto que passava.

A primeira vez que viu um nascer do sol, desde o início até a estabilização da estrela no céu, ainda era uma garota de apenas sete anos. Lembrava-se todos os dias de quando seu pai a abraçou terno dando um beijinho em sua testa e explicou como tudo à sua volta funcionava. Como o Sol "desaparecia" para a outra metade do mundo, como a Lua tomava o seu lugar por algumas horas para ele poder visitá-la a si e a sua família e mais próximos, como o Sol era um bom amigo por isso estava sempre visitando todo mundo, todos os dias. Por mais infantil que a explicação fosse, a pequena garota acreditou fielmente no que o pai lhe contará e prometeu que um dia iria até ao espaço apenas para agradecer ao Sol por nunca esquecer de si. E pensar que se não fosse pela vontade de seu Pai de ver o seus olhinhos brilharem ela nunca teria se apaixonado pela astronomia.

Abanou a caixinha de leite ouvindo o líquido embater contra o cartão, rindo da sua inocência extremamente fofa. O relógio de seu celular marcava as cinco e quarenta e três da manhã. Ainda faltavam alguns minutos para que o sol aparecesse completamente.

O som da porta de vidro que dava ao jardim foi ouvido fazendo Nayeon olhar para trás. Sorriu quando encontrou Dahyun esfregando seus olhinhos confusa. Bateu no lugar ao seu lado dando espaço para a outra se sentar. Tirou algumas bolachas do pacote entregando à Kim que agora se encontrava colada a si e com a cabeça em seu ombro.

-Não devia estar a dormir? - continuou com o olhar vidrado no céu.

-Você sabe que eu tenho insónia- Dahyun levou uma bolacha até sua boca -Além disso, a Tzuyu fala chinês enquanto dorme, tipo, literalmente, e, infelizmente, descobri que também grita- gargalhou -E você? Oque está fazendo aqui?

-Gosto de ver o nascer do Sol -deu um sorrisinho para a Kim.

Ficaram caladas por um tempo olhando para a piscina na casa que todas partilhavam. O silêncio agradável dominava o ambiente enquanto as paredes exteriores iam ganhando uma coloração alaranjada à medida que o Sol subia no horizonte. Nenhuma das duas ousava falar, aquela ausência de ruído estava demasiado boa para ser interrompida.

Nayeon sentiu o aparelho que tinha na mão vibrar a fazendo parar de prestar atenção em tudo que se encontrava ao seu redor. Desbloqueou o celular vendo uma mensagem de Momo.

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𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆-𝗳𝗼𝘂𝗿 𝗵𝗼𝘂𝗿𝘀 𝘁𝗼 𝗳𝗮𝗹𝗹 𝗶𝗻 𝗹𝗼𝘃𝗲⇢2𝗒𝖾𝗈𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora