#O1 - First Day

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- Certo, está tudo pronto! Agora só preciso ir. - Ink falou para si mesmo, enquanto terminava de empacotar as caixas em seu apartamento. - Sentirei saudades daqui... Mas ninguém irá vir morar aqui, claro! É meu apartamento! - Colocou suas mãos na cintura, fechando os olhos em uma linha reta.

Após alguns minutos, pessoas contratadas, chegaram no apartamento para pegar as caixas e levarem ao caminhão. Ink foi se dirigindo ao carro aonde um motorista iria o levar até o Colégio novo. Seus olhos brilhavam, estava ansioso e nervoso, mas mesmo assim, mantinha-se determinado durante o caminho todo. Acabou dormindo, não aguentou ficar acordado por todo o caminho.

Ficou pensando sobre seu trabalho, deveria arrumar um novo perto de onde começaria a morar. Esteve pensando sobre seus estudos, novos amigos, alguma paixão, seu trabalho, aonde moraria, vizinhos... O caminho foi longo, e por essa razão, o pequeno pintor acabou desmaiando de sono. Também não teve muito tempo para dormir, esteve arrumando todas as suas coisas em seu apartamento.

Longas quatro horas se passaram, quando finalmente o pintor chegou ao seu destino. O carro do motorista, parou a frente de um enorme colégio, que continha um caminho reto e esticado aos lados, a escola fica a frente fazendo uma volta nos lados, o que a tornava maior. O motorista começou a balançar o garoto, e o chamando para que acordasse.

- Rapaz, sei que tens sono, pois também tenho, mas poderia por gentileza acordar e ir ao seu destino? Além de me pagar? -Se dava a perceber impaciência em sua voz, que estava cansada e rouca. Ink pegou 50G de seu bolso, entregando ao motorista, que ficou surpreso com a quantia dada pelo menor. - Muito obrigado.

Ink saiu do carro, se espriguiçando, olhou para o enorme prédio a sua frente. Pelas suas contas, haviam mais de cinco andares no mesmo, o que estava surpreendendo o garoto, que abriu um enorme sorriso em felicidade. Pegou sua bolsa no banco do carro, e logo o carro foi embora em uma velocidade razoável. O pintor percebeu que era madrugada, e que claramente o caminhão de mudanças já havia levado suas coisas aonde ficaria alojado.

Foi andando em meio a escuridão, até a entrada do prédio, aonde adentrou com seu cartão de identificação. Caminhou pela entrada maravilhado, o prédio era enorme, e agora precisava encontrar a diretoria para receber mais informações sobre aonde ficaria e sobre as aulas.

Continuou caminhando pelos grandes corredores do local, para si, achava que estava em um filme de terror, pois o lugar não demonstrava vida. Caminhou, deu voltas. Estava literalmente andando na escuridão, não estava percebendo direito, por conta de seu sono.

- Ei! É proibido estar fora dos dormitórios de madrugada, quando que vocês vão aprender?! - Uma luz forte foi a frente dos olhos semi-fechados de Ink, que recuou um pouco com as mãos sobre o rosto por conta da luz. - Espera, você não é aluno, o que você deseja? - A voz soou mais calma, e logo abaixou um pouco a luz do rosto do menor.

- E-Eu sou novo... Apenas vim verificar se havia alguém que possa me dar informações, eu acabei de chegar. - Gaguejou, mas não mostrava nenhuma emoção em sua feição, o que assustava a figura com a lanterna.

- Certo, venha comigo que irei lhe dar todas as informações necessárias. - A figura caminhou em sua direção oposta, abrindo o caminho com a luz, Ink, apenas seguiu.

Quebra de Tempo 🕒

- Bom dia alunos, neste primeiro dia, quero que vocês conheçam seu novo colega. Pode entrar. - Ink adentrou na sala de aula, com sua bolsa de lado e seu uniforme relativamente grande a si, mas aos olhos dos alunos, aquilo não era o uniforme proporcionado pelo colégio.

- Bom dia. - Curvou em reverência, logo ficou com a postura reta, mostrando sua feição sem sentimentos, sem nada, apenas vazia. - Me chamo Ink, e como visto sou novo colega de vocês, espero que todos possamos nos dar bem, sem inimizades. - Sua expressão logo ficou sombria, o que surpreendeu alguns alunos naquela sala. - Não sei lidar com meus inimigos, eles não ficam para contar história. - Sorriu, e logo parou com a sombria expressão, ficando surpreso consigo mesmo. - C-Com licença. - Curvou mais uma vez, correndo para fora da sala, deixando todos muito curiosos com o que aconteceu.

O Fio Vermelho - ErrinkOnde histórias criam vida. Descubra agora