Capítulo 9: O encontro...

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Dona Veronica, conversou com Fabrício e relatou a conversa que ela teve com Pietro.
E ele a princípio ficou com medo dessa aproximação dos dois, mas ao mesmo tempo ele gostou de saber que o rapaz estava interessado em fazer amizade com ele.
E resolveu, que mesmo com sua timidez e seus problemas, alguém finalmente se interessava em ter algum tipo de relacionamento com ele, mesmo que fosse apenas uma amizade, isso acalentou seu coração tão sofrido e solitário, e mesmo com todas as dificuldades em se relacionar com o mundo exterior, resolveu que estava na hora de mudar, de tentar interagir com as pessoas,  E Pietro lhe passava confiança, mesmo sem conhece-lo mais intimamente.
Sabia que seria difícil, mas porque não tentar?

E no dia marcado, dona Veronica foi a igreja, e Fabrício foi junto, estava ansioso, suava frio, mas estava disposto a pelo menos cumprimentar  Pietro,
Eles chegaram na igreja, e se sentaram no mesmo lugar de sempre, ele olhou pra o lado e nada da presença de  Pietro.

"Com certeza ele deve ter desistido,
Pensou Fabrício.
E isso o entristeceu, imaginava que Pietro deve ter caído em si e visto que não deveria insistir em tentar se aproximar.

Quendo de repente Pietro entra na igreja, e senta no banco ao lado, só que dessa vez mais perto, para poder se aproximar dos dois.

Fabrício sentiu uma alegria muito grande, uma sensação que ele nunca se permitiu sentir. E olhou nos olhos de Pietro que sorriu para ele. Ele apenas o olhou sem esboçar reação alguma, mas no seu interior ele estava se sentindo feliz.

Assim que acabou a missa, Pietro chegou perto e cumprimentou dona Veronica e ao mesmo tempo a Fabrício.

-Bom dia dona Veronica! Tudo bem com a senhora?

-Tudo bem Pietro.como você está?
-Estou bem, graças a Deus!
Respondeu Pietro.
E olhando dentro dos olhos de Fabrício, falou com ele.
-Oi, tudo bem, você se chama Fabrício neh! Pois dona Veronica me falou que era seu nome, prazer eu me chamo Pietro, como da outra vez que nos encontramos ja devia ter falado, mas mesmo assim e um prazer te conhecer!

Dessa vez Fabrício não saiu em disparada e resolveu responder.
-O.. i, sim eu me chamo Fabrício.
Respondeu com dificuldade.
Pietro abriu um lindo sorriso que encantou o rapaz e continuou.

-Eu gostaria de convida-los pra tomar um sorvete, se vocês aceitarem, vou ficar muito feliz, pois gostaria de estreitar mais essa nova amizade que está começando, e ai o que acham da ideia?
Fabrício ficou em silêncio, de cabeça baixa, mas dona Veronica respondeu.

-Seria ótimo! Não é Fabrício?
-Si.. m.
O rapaz balbuciou baixinho.

Pietro sorriu novamente, e os chamou para que os dois os acompanhasse até a sorveteria mais próxima, mesmo querendo ficar a sós com Fabrício, mas sentiu que tudo tem o momento certo para acontecer, já era uma grande vitoria o rapaz ter aceitado que ele nem se importou de dona Veronica os acompanhar.

E assim os três se encaminharam para a sorveteria.
Mesmo não falando muito, um sentimento começou a brotar no peito de Fabrício, era algo tão bom, ele sentiu uma coisa tão boa em Pietro, viu que o sorriso do rapaz era muito lindo, ele transmitia uma sensação de paz e segurança  que ele nunca tinha sentido em nenhuma das poucas pessoas que ele já tinha falado em sua vida.
E se sentiu bem pela primeira vez.

Pietro também estava feliz, de relance observou que Fabrício era um rapaz muito bonito também, mesmo não falando muito, alguma coisa no rapaz o encantou.
Observou os seus olhos cor de mel, sua boca era carnuda e sabia que o rapaz apenas precisava de um estímulo para se sentir seguro. E ele iria ajudá-lo se Fabrício permitisse.
Naquele momento, um espírito iluminado os observava de perto, e estava feliz também, pois sentia que algo novo iria surgir daquele primeiro encontro mais íntimo.
Era Matilde, a avó desencarnada  de Fabrício, que vendo que ele poderia mais uma vez fugir e não aceitar uma aproximação, resolveu emanar bons sentimentos ao redor dos dois, ela não interferiu na ação de Fabrício, mas fez com que ele se sentisse mais seguro de si e isso o ajudou a conversar com Pietro, mesmo que sendo pouco, mas já era um começo
E então sorriu ao constatar essas duas almas que se amaram tanto em suas vidas passadas começarem a se reencontrar nessa vida de agora...

Ensina-me a viver... (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora