Capítulo 10: Uma nova amizade se inicia...

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Os três se encaminharam para a sorveteria Fabrício, Pietro e Veronica, e chegando la Pietro os convidou para sentarem em uma mesa e perguntou o sabor dos sorvetes que os dois queriam, feito o pedido, Pietro sentou-se na frente de Fabrício, e este ao lado da sua mãe.
Pietro observou que o rapaz estava sempre de cabeça baixa, evitando olhar nos olhos dele e iniciou um diálogo para que ele se sentisse mais a vontade.

-Então, como eu disse sou novo aqui na cidade, e já gosto demais daqui. Vim do Rio de janeiro ainde eu nasci e me criei, tenho 20 anos e tenho um irmão que se chama Murilo, e meus pais Joseane e Mauro, meu pai e caminhoneiro, minha mãe cuida da casa, resolvemos mudar de cidade porque estávamos tendo um problema com meu irmão, mas tudo está se resolvendo aos poucos.

Fabrício ouvia tudo sem perder uma palavra sequer. Mas continuava de cabeça baixa, mas absorvia tudo o que Pietro falava, e de repente ele olhou nos olhos de Pietro e o mesmo também o olhou dentro de seus olhos, os dois sentiram uma eletricidade naquele olhar, uma sensação de que já se conheciam, mas de onde essa sensação? Já que Pietro era novo na cidade. E Fabrício nunca tinha saído de Itabira.
Era estranho essa sensação, mas eles não sabiam que foram amantes em outras vidas, so Matilde ali presente em espírito, sabia disso, pois resolveu os acompanhar até a sorveteria para ficar mais perto dessas três pessoas que foram muito importantes em suas encarnações.

De repente o celular de dona Veronica toca e ela atende, mas os dois estão tão concentrados em seus próprios pensamentos, e se olhando intensamente, que nem percebem o tema da conversa de dona Veronica ao telefone.

-Fabrício meu filho recebi um telefonema de uma cliente aqui perto que precisa que eu faça um penteado em seu cabelo de última hora! Logo agora que está tão bom aqui, mas é uma ótima cliente e não posso dispensar,
Pietro meu filho, você vai me desculpar mas tenho que ir andando e vou direto pra o salão em que trabalho, será que você pode acompanhar meu filho até em casa? Já que somos vizinhos, vocês podem ir caminhando junto.
Falou dona Veronica tirando os dois rapazes de seus devaneios.

-Claro dona Veronica! Se o Fabrício não se importar eu faço companhia pra ele até a casa de vocês. Tudo bem pra você Fabrício?
-si.. m. Tudo bem...
Respondeu Fabrício.
-Muito bem,eu já vou andando, pois a cliente me espera, muito obrigado Pietro por ter nos convidado para tomar sorvete e também por acompanhar meu filho. Disse dona Veronica sorrindo e assim saiu.

Os dois rapazes ficaram a sós na mesa e Pietro aproveitou para saber um pouco mais da vida de Fabrício.

-Entao Fabrício, o que você faz, o que gosta de fazer? Perguntou olhando diretamente em seus olhos.
Fabrício ficou calado, mas logo depois respondeu com uma voz muito baixa.
-E.. u fico sempre em casa sozinho, como você viu as vezes venho a igreja com minha mãe, e quando estou em casa gosto de desenhar.

-Poxa que legal Fabrício, sabia que eu também gosto de desenho? Meu sonho e fazer uma faculdade de belas artes respondeu Pietro.
Isso deixou o rapaz mais a vontade com Pietro. Saber que os dois tinham algo em comum era muito bom. E então aos poucos foi falando dessa compatibilidade entre os dois, mas sempre timidamente. O que para ele já era um grande progresso e pela primeira vez mostrou um lindo sorriso tímido...

Pietro, desde que se apaixonou por Marcos, na adolescência, e se decepcionou por não ter o seu amor correspondido, nunca mais amou ninguém, mas o que ele estava sentindo em relação a Fabrício, mesmo em tão pouco tempo era algo maravilhoso, ele estava se sentindo bem ao lado do novo amigo, e era mais que amizade isso ele podia sentir. E Fabrício também sentia um tipo de sentimento por Pietro que ele ainda não conseguia entender, mas ao lado do rapaz ele se sentia mais confiante, o mesmo lhe transmita uma paz nunca sentida. E desejou que isso nunca acabasse.

Em tão pouco tempo ele começou a falar um pouco de sua vida, mesmo que ainda se sentisse muito tímido, as poucas pessoas com quem ele tinha falado não passava essa segurança que Pietro lhe transmitia e ele pela primeira vez se sentia feliz.

Saindo da sorveteria os dois caminharam juntos até a rua aonde eles moravam e no caminho Pietro lhe perguntou;
-E então Fabrício, você gostou de ter conversado um pouco comigo? Ter saído um pouco de casa e me conhecer?
-Sim... eu gostei muito.
Respondeu o rapaz.

-Espero que possamos ser mais amigos agora, pois também adorei a sua companhia, e quem sabe repetir mais vezes o que passamos hoje, eu sinceramente gostaria muito se você quizer e claro!
Fabrício não respondeu e baixou o olhar, mas balançou a cabeça afirmando que sim.
- Ok então, a gente se fala quando você quizer, você tem celular pra gente se comunicar e marcarmos algo?
-Sim. Eu tenho sim
E Pietro então anotou o número de Fabrício em seu celular e os dois continuaram o caminho até a suas casas.

Quase chegando perto da casa deles, de repente Fabrício tropeçou em uma pedra e quase cai se Pietro não o amparasse antes, quase o abraçando, pela primeira vez os dois se tocaram e ficaram tão próximos um do outro, nesse momento sentiram um arrepio, uma eletricidade quando se tocaram.

Pietro olhou direto naqueles olhos cor de mel e sentiu uma vontade louca de beijar aquela boca convidativa, mas sabia das limitações do rapaz e se conteve para não assusta-lo, pois não sabia como seria a reação de Fabrício.

O mesmo aconteceu com Fabrício, mas ele se sentiu confuso com aquela ebulição de sentimentos dentro dele.
Seu corpo reagiu ao toque das mãos de Pietro, quando este o amparou para que ele não caísse.
-M... e desculpa, eu não tinha visto a pedra.
-Tudo bem Fabrício, o importante e que você não se machucou.
E Pietro largou o braço do rapaz e continuaram a caminhar.
-Sabe Fabrício, não sei quanto a você, mas eu tenho a sensação de te conhecer há muito tempo, E estranho mas é assim que eu me sinto em relação a você desde que te vi pela primeira vez na igreja naquele dia. Fiquei muito triste quando você foi embora sem falar comigo, pensei até em desistir de tentar me aproximar mais uma vez, mas algo dentro de mim dizia que era pra eu tentar te conhecer mais de perto. E por isso que eu vim de novo na igreja pois sinto que a sua amizade e muito importante para mim, ou quem sabe algo mais do que uma amizade possa surgir entre nós.
Fabrício sentiu seu rosto ficar corado, ao ouvir as palavras de Pietro, mas ele sentia o mesmo em relação ao rapaz e respondeu.
--E... u também sinto isso em relação a você. Me sinto seguro ao seu lado... mas isso tudo e muito confuso pra mim, me desculpa por aquele dia e que eu  fiquei muito nervoso, mas agora que estou mais proximo de você eu me sinto muito bem... 

Aquelas palavras encheram o coração de Pietro de muita alegria, mesmo sem confessar ao rapaz diretamente, sabia que estava gostando dele, um sentimento novo,  puro e sem maldade. Ele mais experiente que Fabrício, sentia que esse sentimento era mais que amizade, era um sentimento chamado amor...

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Ensina-me a viver... (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora