Priorities

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Autora: mixed-fanfictions

S/N: Seu nome

Eu sempre mantinha a janela destrancada. As cortinas estavam sempre fechadas, a janela sempre estava fechada, mas eu sempre deixava destrancada. Sempre para ele e nunca para mim mesma.

Era tarde da noite. Eu ainda não havia checado o relógio, a lua tinha saído por um momento, e as estrelas começavam a aparecer. Quando as estrelas começavam a aparecer, significava que o mundo estava dormindo. Significava que eu também deveria estar dormindo.

Corpos em crescimento precisam de boas noites de sono. Eu precisava dormir. Eu precisava dormir para conseguir uma boa nota no teste de química, precisava dormir para poder focar na aula de inglês, precisava dormir para poder fazer comentários estúpidos com meu parceiro de laboratório do quinto horário.

Dormir nunca foi fácil. Eu sempre me preocupava com ele. Se eu não estivesse preocupada era porque ele estava comigo. Mas, se ele estivesse comigo eu também não dormiria. Era um ciclo de desespero, frustação e doce alivio, uma vez que o sono não vinha fácil.

Fiquei surpresa quando ouvi o barulho da janela. Ele sabia que não estava trancada, mas nunca entraria. Não importa quantas vezes eu insistisse que poderia entrar sem bater, ele não ousaria. Na mente dele, já era ruim o suficiente entrar pela janela e não pela porta da frente.

Sai da cama sem me incomodar em esfregar os olhos cansados por não dormir. Vi a silhueta do lado de fora deslizar pelo local da escada de incêndio. Afastei a cortina, olhando ao redor do quarto até me encontrar com sua máscara.

"Peter." – Falei suavemente, e ele virou a cabeça. Eu sabia que se ele não estivesse usando a máscara, eu veria a luta em sua feição enquanto tentava levantar devagar e trêmulo. Estendi minha mão, em insistência.

"Eu sou o homem aranha, eu posso fazer isso." – Ele permitiu que eu o puxasse com cuidado para a familiaridade do meu quarto. O quarto que ele chamava de lugar seguro, o quarto que tornou o refúgio, a garota que se tornou sua casa.

Deslizei o braço ao redor das costas dele, movendo-o lentamente enquanto deitava-o na minha cama. Peter suspirou em alívio quando retirei a máscara do rosto dele, os cachos escapando em partes de fios úmidos.

Fiz uma careta quando notei o anel de contusões amareladas tornando-se roxo ao redor do olho dele. Peter liberou o uniforme, cuidadosamente deslizando para fora do seu corpo. Peguei uma camisa e um suéter, roupas que ele havia trazido há algum tempo, joguei em cima dele enquanto virava meu corpo para encará-lo. Peter não olhou para mim, mantinha os olhos no chão. Ele estava nervoso demais para encontrar o meu olhar.

Me ajoelhei ao lado dele enquanto ele deslizava entre os lençóis confortáveis da minha cama, puxando as cobertas até o queixo e soltando suspiros de alívio. Seus olhos estavam fechados, mas ele sabia que eu ainda estava olhando-o.

Estiquei o braço, levando-o até o rosto dele e fazendo um carinho ali. A ação só fez seus olhos se abrirem, e dei um sorriso triste quando ele cantarolou, relaxando em meu toque.

"Peter, você precisa parar de voltar para casa assim." – Sussurrei. Ele fixou o olhar em mim, um olhar que eu não conseguia decifrar. Uma linha entre confusão e choque.

"Eu não posso prometer isso a você." – Ele respondeu, deixando escapar uma risada nervosa. Soltei o rosto dele, puxei uma caixa de sapato de papelão gasto que continha um kit de primeiros socorros improvisado.

"Eu não paro de me preocupar com você." – Admiti. Inclinei-me, colocando o bloco de gelo contra o olho dele com toques suaves. Ele se encolheu um pouco, no entanto, o frio acalmando a dor dos vasos sanguíneos – "Eu nunca paro de me preocupar."

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⏰ Última atualização: May 15, 2019 ⏰

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tom holland;Onde histórias criam vida. Descubra agora