a caminho

19 1 0
                                    

A caminho da paragem de autocarros da qual eu não estou acostumada a frequentar, vejo uma rapariga magra de cabelos loiros, ela vestia um colam preto com uma espécie de short saia por cima, com uma mochila nas costas, ela estava com auscultadores nos ouvidos, e parecia estar muito feliz, pois ela vinha dançando e cantarolando a música da sua playlist que eu não faço a mínima idéia de qual seja, ela não parecia se preocupar com os olhares tortos da pessoas que passavam ao seu lado inclusive o meu, e foi isso que me chamou atenção, ela se dirigiu a mesma paragem que eu, e consequêntemente pra o mesmo autocarro que me deixará na escola, e mesmo dentro da lata velha que era o autocarro em que estamos ela continuava a cantarolar, num tom mais baixo que não dava para ouvir o que ela estava cantando, a não ser se fizesse leitura lábios, o que n não viria a calhar, ficar de olho nos movimentos dos lábios de uma garota qualquer, por mais que eu estivesse curiosa eu não fiquei a observa la, ela podia pensar que eu era lésbica ou coisa parecida, e bem esse não era o meu caso, depois de perceber o que estava a pensar, ri me mentalmente, e me lembrei de que já fazia tempo que não ria verdadeiramente, pois a dias estou preocupada com as minhas notas da escola, e com outras coisas que agora não vem ao caso, foi bom me distrair um pouco, pra não ficar tão nervosa para o teste, que a cada paragem ia ficando mais próximo, mas não valia a pena me stressar com isso, a final eu já sabia que não ia passar, então decidi não sofrer por antecedência.

Chegando na escola comprimento com um bom dia o empregado que abre os portões da escola pela manhã com um bom dia e ele responde:

-bom dia Naty, veio sozinha hoje?

-Sim, hoje meu pai não pode deixar na escola!

Respondo um pouco sem graça, afinal os alunos daquela escola não costumavam vim de autocarro, exceto os mais.. digamos os mais necessitados, o que não era o meu caso, não que eu seja uma dessas garotas ricas que estudam aqui no Oscar wilde high school, mas a minha família tinha uma boa condição financeira, o que me permitia usufruir de certas mordomias, mas que exigia de mim demasiado sacrifício, para manter uma aparência de filhinha perfeita.

A caminho da sala de aula, avisto meu professor de história nos corredores, ele estava acompanhado de um garoto mais ou menos da minha idade, que eu nunca o vi por aqui, pensando bem, em lugar nenhum, mas acabei não dando muita importância.

Castanho avelãOnde histórias criam vida. Descubra agora