Colégio Interno

Capítulo 79

~~Miih~~

Seus "capangas" me levaram até um carro, pude identificar pela batida na porta e o som do motor ligando. A todo momento eu ouvia as fungadas de alguém que parecia estar chorando, a todo instante Felipe pedia que eu o perdoasse, e que se eu não pudesse ser dele não seria de mais ninguém.

Felipe: Por favor, me perdoe, isso podia não ser assim, bastava você falar que me ama, e tudo isso acabaria.

Miih: Eu não posso, já disse, não quero enganar seus sentimentos, eu amo o Dereck, vou me casar com ele e viver ao seu lado até minha morte. -Ele fungou mais forte e bufou.

Felipe: Se é assim que você quer... -Sua voz trêmula se tornou fria e aterrorizante.

O caminho longo, quieto e frio, fazia com que meu queixo batesse forte e a todo momento me arrepiar.

O carro desligou e todos saíram, um deles me puxa violentamente pelo braço, desço do carro e sou guiada com alguém me empurrando pelas costas.

Felipe: Aqui está ótimo, pegue a cadeira e as cordas. -Suas palavras ecoava pelo local. -Otimo.

Outro alguém pegou meu braço e me fez sentar na cadeira.

Miih: Por favor, não precisa ser assim... -Mesmo não querendo eu já estava com vontade de chorar.

Felipe: Você não pode fazer mais nada para mudar isso, já está feito, já tomei minha decisão.

Eles amarraram meus pulsos, e meus pés.

Felipe: Tirem o gorro dela. -Eles puxaram o gorro, e a luz forte invadiu a minha visão, pisquei algumas vezes para que eu retomasse o foco de minha visão.

De onde vinha tanta claridade? Assim que pude retomar minha visão vi onde estávamos.

Felipe: Reconhece esse lugar? Achei apropriado acabar nossa história onde tudo começou. -Se agachou ao meu lado. -Você se lembra? Era ali onde ficavamos. -Apontou para o local, olhei para sua mão e vi uma arma, meu coração automaticamente acelerou.

Miih: O que? Felipe, não calma, não precisa ser assim...

Ele riu.

Felipe: Eu preciso que você fique quietinha... -Se levantou. Eu não me contive e gritei o mais alto possível e como consequência levei uma coronhada na cabeça que me fez ficar zonza.

Assim que eu retomei os sentidos vi que ele estava em pé na minha frente com a arma apontada para minha cabeça.

Felipe: Eu juro que sua morte vai ser rápida...

~~Dereck~~

Seguimos a localização do celular da Mirelle, paramos em frente ao seu antigo Internato, mas por que paramos aqui?

Entramos no local em silêncio, estávamos andando quando derrepente esculamos um grito chamando socorro nos apressamos mais pelo local abandonado e paramos atrás de pilastras quando vimos Felipe apontando a arma para cabeça da Miih. Aquele desgraçado, eu mesmo vou garantir sua morte.

Eu e os policiais apontamos as armas para os três caras que estavam ali e atiramos, em um piscar de olhos Felipe estava no chão, morto.

Corri até a Miih que estava com a cabeça sangrando a desamarrei.

Miih: Você demorou, achei até que não fosse vir... -Ela sorriu, que saudade que eu estava desse sorriso.

A beijei, com sentimentos a flor da pele, um beijo de perfeita sintonia. Nos afastamos e eu coloquei a mão sobre a sua barriga. Enfim eles estavam a salvo. Eu levantei-a e a sustentei.

Miih: Dereck, a bolsa...

Dereck: Você só pode estar me zoando né? Estou te resgatando, o maior herói de todos e você vem perguntar da sua bolsa!?

Miih: Não seu lezado, a bolsa estourou! -Gritou e alguns policiais vinheram em nossa direção praticamente correndo.

Dereck: A bolsa? Mas que bols... -Arregalei os olhos surpreso, os meninos estão vindo!

Levei ela com passos rápidos até a ambulância que já aguardava na frente do Internato, a sirene começou a tocar e a cada contração que vinha Miih fincava as unhas no meu braço. No meio do caminho ela já estava toda nervosa, quase deixando eu e os enfermeiros loucos.

Finalmente chegamos no hospital, entramos e todos estavam olhando para Miih, que estava na cadeira de rodas gritando de dor.

Logo apareceram vários médicos ao nosso redor e nos levaram para dentro das salas, eu fui separado dela para me higienizar e colocar as roupas adequadas.

~~Miih~~

Eu NUNCA imaginei que pari doia tanto assim, eu fazia força e mais força e aquelas crianças não queriam sair logo de dentro de mim.

Depois de "muito" tempo finalmente escultar aquele chorinho me deu um orgulho de mim, me recompus e olhei para Dereck que estava sorrindo todo bobo, dois minutos depois Aiden nasceu.

Não pude pegá-los na hora mas o meu coração estava tão acelerado e eu tão desesperada que achei até melhor, fiquei com medo de derruba-los no chão.