Bate a hora do comboio partir, um comboio com destino a realidade.
Ele sai da estação da honestidade e fidelidade, o destino é logo ali
A distância de uma palavra geralmente aquela não dita.
Sempre partimos com muitas malas.
E se quiseres voltar ao ponto de partida deves esvaziar todas as malas, senão a porta não abre.
Não se sai do comboio.
Ele não tem janelas realmente não dá para fugir.
E realmente não sei o quê que estou a fazer aqui, ainda ouço ecoar o grito o tal que ninguém pode ouvir
Ele ecoa dentro de mim
De novo e de novo.
Hoje não consegui dormir ontem também não consegui.
Estou a tentar pisar o chão com os dois pés mas até isso tu me tiras-te.
A situação não me deixa chegar até ti
Ainda que eu queira que estivesses aqui.
Mas foste tu quem me pôs nesta esquina, com ruas sem saída.
Estou dentro de um X, o tal da questão
Sou tão subjetiva, já marquei desilusão.
O quê que eu vou dizer as pessoas?
Quando perguntarem se eu estou bem?
Sim, direi que sim
Que tudo vai bem
E que apesar do fim, eu resisti
E assim aprendo a contar mentiras
E quem saiba um dia...
Não seja mais eu
A tal rapariga
E então formaremos um belo casal
De medíocres no fim da linha.