Tiras o teu último cigarro, mas antes que possa chegar a tua boca ele é te tirado.
Olhas fixamente para mim, observando cada movimento meu, cada detalhe,
Não dizemos uma única palavra, só olhares intensos cheios de cumplicidade,
Aproximo aquele cigarro a minha boca da mesma maneira que vou aproximando de ti, agarro aquele isqueiro que só nós os dois sabemos a história e quando o acendo já estou colada a ti,
Continuamos em silêncio, um silêncio que faz tanto barulho.
Enquanto fumo o teu último cigarro começa a pensar no porque de estar ali contigo novamente.
As vezes chego a odiar esta conexão que temos. pois ela não deixa-me partir sem te levar comigo.
É incrível a forma como me tocas, a maneira que as tuas mãos encontram a minha cara e depois o meu pescoço e como tu me fazes sentir-me quando os teus lábios chegam perto da minha cara.
Conseguiste-me converter a invadir o teu mundo para que ele também possa ser o meu.
Não é normal a maneira com que as tuas palavras escritas ou ditas conseguem mexer com o meu psicológico.
Apago o teu cigarro no cinzeiro do café e olho para ti e o teu olhar é de quem me quer proteger.