Ch 4. Laço Branco

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A árvore de pêssego rosa (1888) - Vincent Van Gogh

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A árvore de pêssego rosa (1888) - Vincent Van Gogh

 - As coisas escureceram-

 Mais um dia em Setagaya. Levo e estou levando a vida em um rumo normal, monótono. Tenho minhas desavenças porém continuo por alguma razão. 

 - Acaba de sair a lista dos nomes das vítimas, con- Não tenho que escutar esse tipo de coisa.

 Desligo a televisão. Vou tomar um café da manhã e vou pra escola em seguida. Hoje é a primeira vez que o clube de filosofia vai se reunir para discutir assuntos e debater, que droga, eu não estou nem um pouco a fim de participar, mas infelizmente sou obrigado, não, não deveria ser assim. 
 Chego na escola e cumprimento meu amigo Tomoda e a Sana, as duas únicas pessoas que eu converso de toda a escola, Tomoda e eu vamos para a classe juntos e assistimos as aulas. 

 - O que acha de ir no karaokê hoje? Amigão. 
 - Não sei... - Respondo Tomoda. 
 - Vamos cara, você precisa sair, bonitão desse jeito, vamos, vai ser legal. 
 - Tudo bem, tudo bem - Abro um sorriso. 

 - Tenho que ir no banheiro, volto já. Saio da classe e vou até o banheiro, e, enquanto estou lavando a mão na pia, fico me olhando e examinando no grande espelho em minha frente. 
 Fitando de forma inerte o meu reflexo no espelho, começo a pensar sobre eu. "Minha vida tem propósito?", "Eu mereço viver?", "Quais são meus objetivos?". Eu tenho sonhos, desejos, as vezes me perco, mas, tenho noção deles. 
 A luz apaga e não consigo ver nada em minha frente, nem ao meu redor, porém, mantenho a calma. 
 - É fácil, basta eu sair do banheiro - Penso alto enquanto sorrio. Porém, logo descubro que a porta não está mais em seu lugar original, ou talvez, eu tenha esquecido onde ela fica, mas eu tenho certeza que ela fica aqui! Começo a entrar em pânico. "Será que houve um apagão em toda a escola?", "Espero que eu possa sair logo daqui.". Então eu ouço alguém batendo na porta. 

 - Amigão, amigão - batida - Você tá aí? 
 - Tomoda!

É ele, Tomoda, finalmente posso escutar e achar o som da porta. Então eu ando desordenadamente até lá e viro a maçaneta. Agora eu entendi porque ele bateu ao invés de entrar, tá trancada. Desgosto absoluto. 
 Peço para ele chamar alguém, e após esperar alguns minutos, o coordenador da escola destranca a porta e eu finalmente saio, com todo aquele ar de alívio. "Por que essas coisas sempre acontecem comigo?" 
 Então enquanto eu estou saindo de lá para voltar para a classe junto com o Tomoda, o coordenador que entrara no banheiro há pouco, chama a minha atenção. 

 - Aqui filho, creio que tenha deixado isto cair, é da sua irmã? Preste atenção na próxima vez.

Ele me entrega um lacinho branco, eu muito confuso, sem questionar, resolvo pôr aquilo no bolso, somente por impulso. Após assistir as aulas, eu e Tomoda saímos juntos, e logo ele diz. 

 - Vamos para o karaokê? 
 - Vamos. - Sorrio.


 - Sorrio

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