Dez

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Os olhos azuis estavam vidrados na janela, ele só conseguia prestar atenção no passarinho que cantava no topo da árvore. Ele era lindo. Como o mundo deve ser, Louis pensou. Louis queria ser um pássaro, então ele poderia voar sem destino, seria livre para viajar pelo mundo a fora e imaginou como seria a sensação do vento batendo em seu rosto, sentir o calor do Sol em sua pele, cantar para alegrar as pessoas, ser colorido - não do jeito que ele era, com tons roxos e verdes pelo seu corpo. Mas amarelo. Um amarelo radiante que lembraria o sentido da vida, parecido com o Sol. Louis gostaria de ser o Sol, trazer luz para a  vida das pessoas.

Mas ele não era. Era apenas o que Harry pedia para ele ser. E nesse momento, ele não precisava ser ninguém.

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