Dois

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Se perguntassem a qualquer um que estivesse presente naquele quarto, diriam que foi um ato de ódio. Se o garoto ainda estava vivo, com certeza seria um milagre, se estivesse morto, sorte dele. Parecia dolorido demais o jeito em que foi deixado. Talvez a comparação de um pássaro sem asas seja a mais próxima que pudessem fazer para dizer a situação do garoto.

Os olhos azuis paralisados na parede cinza a sua frente. O peito se movimentava tão devagar que poderia ser apenas uma alucinação de quem estava encarando aquele corpo.

Afinal, tudo aquilo era real?

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