Capitulo 1 ✅

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  Por trás da perfeição de um simples movimento, que dura só alguns segundos, estão horas de ensaio, dores e a dedicação de alguém que é capaz de tudo por um sonho.

  Com apenas cinco anos vi uma bailarina pela primeira vez, fiquei tão encantada que a comparei com algum ser, saido de um conto infantil.

  Hoje sou privilegiada, pois essa é a atividade que aquece a minha alma e acalenta meu coração, por isso, até quando não há música, posso dançar.

  Cada aula é uma revelação de mim mesma e poder subir no palco é o resultado do meu esforço.

  Mesmo em meio às dores, mesmo com machucados e lesões, mesmo com os dedos doendo e mesmo que as sapatilhas escondam as bolhas e os calos, seus passos continuam com delicadeza e os gestos suaves e bem armados, no ritmo da melodia.

Quanto mais dolorida me sinto, mais minha paixão pelo ballet aumenta, cada ensaio é uma nova oportunidade de evoluir e ficar mais próxima da perfeição. Nada supera a sensação de conseguir realizar um movimento que, antes, era quase impossível.

  A respiração ofegante e o suor na testa se devia ao esforço que ela fazia para completar a coreografia de forma perfeita.

  A melodia suave embalava cada movimento, que já havia sido repetidos várias vezes naquele mesmo dia.

    A solidão da enorme sala era preenchida pela musica, só Elisa costumava ficar até tão tarde na academia

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    A solidão da enorme sala era preenchida pela musica, só Elisa costumava ficar até tão tarde na academia.

   Ela caminhou pelo piso de madeira até o aparelho de som e o desligou, se sentou na cadeira que Soraia sua professora costumava usar para descansar durante as aulas, desamarrou a fita de cetim da sapatilha e a retirou, sentindo um alivio que não esperava, guardando-as na bolsa em seguida, depois de tirar a saia transparente e vestir um conjunto de moletom preto por cima do colam e da meia calça, calçou seus tênis.

  Jogou a bolsa no ombro e saiu apagando a luz. Passou pela recepção escura e vazia.

  Assim que chegou a rua o vento frio da noite brincou com seus fios loiros, que escapavam do coque no alto de sua cabeça, ela acenou se despedindo do porteiro rechonchudo que estava um pouco distante.

  Assim que chegou a rua o vento frio da noite brincou com seus fios loiros, que escapavam do coque no alto de sua cabeça, ela acenou se despedindo do porteiro rechonchudo que estava um pouco distante

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Amando o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora