seven

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No caminho para o carro, Wanda para e olha de relance para a casa de Natasha; para a árvore entre elas. Um pedaço de papel branco enfiado entre o degrau de madeira e o tronco da árvore é imediatamente visível, e um sorriso irrompe no rosto de Wanda enquanto ela corre da varanda até a árvore.

— Para onde você está indo? — Pietro grita, tentando colocar o caderno dentro da mochila enquanto Magda está logo atrás, puxando a maçaneta para fechar a porta e apanhando as chaves para o próprio carro.

— Ela recebeu um bilhete da namorada — Magda o informa, e Wanda pega o papel antes de virar e sentir o sol da manhã sobre a pele, dando a mãe e ao irmão um olhar entediado.

— Eu sabia! — Pietro exclama.

— Tenham um bom dia na escola! — Magda deseja antes de fechar a porta do carro.

Wanda desdobra o bilhete antes de sequer entrar no carro, muito ansiosa para saber o que diz para esperar. A letra é cuidadosa e pequena, as dobras tão precisas que parecem ter sido medidas.

Amo aquelas calças azul-céu em você.

— Jesus — Wanda ri, respira, suas bochechas esquentam quando ela se vira para sorrir de volta para a casa de Natasha, embora todos os Romanoffs já tenham ido embora. No segundo em que ela se acomoda em seu assento, Pietro está ao seu lado, seus dedos sujos pegando o bilhete.

— Foi um bilhete safado? Deixe-me ver. Aposto que ela é tão suja.

— Cai fora! — ela bate nas mãos dele e se apressa para dobrar o papel, enfiando-o na bolsa e puxando o cinto de segurança. — Não é da sua conta se ela é ou não.

— Minha irmãzinha está ficando quente — ele não canta tão sutilmente quando sai da garagem.

— Doze minutos, idiota. Doze.

(...)

Um apito agudo e alto faz Wanda pular quando ela quase chega a sua casa. Ela para onde está e olha em volta, com os olhos arregalados, cada músculo congelado.

— Hey, bonitinha!

Wanda abre um sorriso, olhando para Natasha, empoleirada no telhado de sua casa exatamente como naquela primeira tarde.

Exceto que Natasha, agora, é sua namorada.

— Você me assustou — diz, enquanto atravessa o quintal, verificando se Ana não está em casa antes de começar a subir a escada para o telhado.

— Desculpe — Natasha se desculpa quando Wanda faz o seu caminho, e Wanda se surpreende com o genuíno remorso que vê. — Eu não deveria ter... ugh. Eu não deveria ter cantado você, isso foi horrível.

Ela suspira e se curva, seu lábio inferior saindo quando abaixa os olhos.

— Desculpe — ela repete em um sussurro.

Wanda sorri enquanto se acomoda ao lado dela, inclinando-se perigosamente para perto, os ombros quase se tocando.

— Eu prometo que não me importo — ela diz suavemente.

— Foi sujo — Natasha protesta, seus cílios longos e escuros, sem qualquer rímel, olhos tão vívidos e verdes ao sol da tarde. Wanda olha para a marca de beleza em sua bochecha e se pergunta há quanto tempo ela é gay.

— Vantagens de namorada — diz Wanda, sorrindo quando Natasha olha por baixo de seus cílios. — Você é a única que pode fazer isso.

— Você tem certeza de que não mudou de ideia? — a voz está baixa e satisfeita, fazendo a barriga de Wanda grunhir. Ela suspira e soa como um ronronar quando se inclina ainda mais perto, tão perto que pode sentir o calor do corpo de Natasha, ela pode sentir o cheiro dela. Faz dias que ela está tão próxima, próxima o suficiente para tocar.

sour girlOnde histórias criam vida. Descubra agora