O padrasto.

Bem vindo a família?

E lá estava eu, ouvindo minha mãe falar sem parar, dizendo que era muito importante que eu tratasse seu novo namorado bem, ela nunca deu muita confiança pra mim, já que oque ela mais gosta e de sair namorando com qualquer cara que tiver por aí, desde que meu pai morreu, eu não tive mais sossego, carinho e muito menos atenção dela.
E agora vinha mais um qualquer estranho por aquela porta, mesma coisa de sempre, um cara, um sorriso forçado, um jantar em "família", isso acontece muitas vezes, já que minha mãe não para quieta com um homem só, me pergunto... Se ela sabe que não vai dar certo, porque sempre temos esse ritual patético de conhecer meu novo pai? Eu não sou uma criança, só porque tenho 17 anos não quer dizer que estou desesperada por um pai.

[Ding dong]

Sai de meus devaneios assim que ouvi o som da maldita campainha.

- Jimin, abre pra mim?
- Ta, senhora Park!

Me levantei com um bico em meus lábios e suspirei fundo, fui até a porta logo a abrindo sem ao menos olhar a cara do indivíduo, meus olhos foram subindo dos pés a cabeça, seus olhos castanhos, pareciam brilhar, seus lábios finos era perfeito para seu semblante sério, o encarei sem ao menos conseguir pronunciar uma palavra sequer, ele era lindo demais e seus olhos me olharam de cima a baixo, tive uma leve impressão que ele mordiscou seu lábio no caminho.

- Entre Jungkook!

Minha mãe apareceu me dando um susto e me fuzilando pela minha falta de educação.

- Licença!

Ele diz entrando sem ao menos desviar nossos olhares, fechei a porta tentando apenas focar nela, era muito estranho o'que tinha acabado de acontecer.
Senti um leve toque em meu ombro e me virei para olhá-lo, seu olhar era profundo e parecia muito maldoso, ele estendeu a mão e sorriu.

- Prazer, Jeon Jungkook, mas pode me chamar de Kook se preferir.
- Ah... Sou Jimin.
- Você é muito bonito Park, puxou a beleza de sua mãe.
- Pode me chamar de Jimin, obrigado

Minhas bochechas ficam ruborizadas, e fui o mais rápido possível para mesa, ambos também foram, jungkook me olhava algumas vezes como se estivesse me provocando ou me testando talvez, o jantar foi longo e eu não queria ficar sentado ali, olhando os dois.

- Mãe, posso ir a casa de Yoongi?
- nem pensar Jimin, você vai ficar aqui.
- Mas mãe... 
- Não.
- Que saco!

Me levantei revoltado da mesa, fui pro meu quarto e bati a porta, me joguei na cama com raiva, era injusto ela nunca deixava eu sair quando vinha um namoradinho novo.
Estava deitado, mexendo em meu celular inquieto pelo tédio, mas escuto uma batida na porta.

- VAI EMBORA!
- Sou eu, jungkook, posso entrar?
- entra!

O mesmo entrou, eu sentei na beira da cama o observando se juntar a mim se sentando ao meu lado.

- Olha Jimin eu sei que é difícil ter gente nova em casa e que você apenas queria seu pai, mas não estou aqui pra ocupar o lugar dele.

Uma de suas mãos ia até a minha coxa, alisando como quem não quisesse nada.

- Jung... Kook... Posso te chamar de pai?

Disse manhoso, queria ver sua reação, ver se o mesmo reagiu como eu esperava.

- Como quiser bb!

Sua mão apertou minha coxa me fazendo arfar baixo, corei um bocado olhando bem em seus olhos, ele se aproximava de meu ouvido, me arrepiando com seu hálito quente, sussurrando.

- Você é bem mais lindo que sua mãe.

Seus dentes capturaram meu lóbulo, me deixando todo arrepiado e fora de si.

- Nós vemos outro dia bb.
- Tchau... Papai!
- Não seja um mau menino, não quero ter que te educar com umas palmadas.

Eu concordei, ele levantou e sorriu dando um beijo no canto de meus lábios e saindo do quarto.
Me joguei pra trás me deitando e mesmo sendo errado, ele era um pedaço de mal caminho e eu não via a hora de poder vê-lo novamente.