Amor a partir da amizade (parte 1)

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   Eu estava no sofá da sala lendo um livro com o maior tédio quando recebo uma mensagem.

[Moreno] Fala minha Gostosa. Brota aqui em casa, comprei umas bebidas...

[Eu] Pensei que você não estava em casa. Já estou indo, muito tédio aqui em casa.

[Moreno] Já eu tiro esse seu tédio.

  Arrumei minhas coisas, peguei a chave do meu carro e fui pra casa dele que nem era tão longe.

  Eu e Guilherme somos amigos a muito tempo, nos conhecemos no ensino médio e desde então não nos separamos. Éramos só amigos mas a pouco tempo passamos a ser mais que só isso. Comecei a reparar mais nele, ver o quanto é bonito, perceber o quanto sua voz rouca me enlouquece... Enfim, comecei a gostar dele e isso me assustou por sermos amigos a tanto tempo, tive medo de estragar tudo o que construímos. Tentei esconder todo o sentimento e agir naturalmente com ele até que um dia não aguentei.

FlashBack

  Ele tinha acabado de sair do palco depois de um ótimo show e assim que me viu veio me abraçar.

  - Sai garoto, você tá todo suado. - falo perto do seu ouvido por causa da música alta que rolava e empurro ele de leve logo depois rindo

  - Se eu tivesse todo suado por ter feito outra coisa queria ver cê me empurrando pra longe. - ele fala no meu ouvido com aquela vozinha rouca me fazendo arrepiar e morder o lábio involuntariamente

  - Sobs! - olhamos de onde a voz veio e vemos Peu o chamando - Falaram que já tem gente pra caralho querendo tirar foto com nós. - fala quando nos aproximamos

  - Já?! Os shows da noite nem acabaram ainda. - ele ri

  - Somos a atração principal mano, só segue o baile. - Peu ri e segue pra onde seria o encontro com fãs

  - Vamos? - me olha

  - Vou só no banheiro rapidinho. - ele assente e beija o canto da minha boca

  Vou com um sorriso no rosto até o banheiro. Não demoro muito pra voltar e ir até o espaço reservado para o encontro de ídolos e fãs, procuro por ele e não o acho em meio a uma pequena confusão que estava ali. Apenas acho o Sos e vou até ele.

  - Viu o Guilherme? - pergunto assim que ele tira uma foto com um fã

  - Quem é esse? - me olha confuso

  - Ai Matheus, pelo amor de Deus. O Sobs, viu o Sobs?

  - Ata. - ri - Tava tirando foto al... Ali ele ali! - aponta e vejo Guilherme tirando foto com uma fã

  - Obrigada. - sorrio pro Sos e vou andando até o Sobs

  Paro no caminho quando vejo que agora ele beijava a fã, nem quis reparar muito e só saí dali. Vou pisando firme até lá fora e ignorando tudo a minha volta. Chegando no meu carro eu ouço uma voz me chamando:

  - Tati! - me viro e vejo Guilherme correndo até mim, me viro de novo e abro a porta do carro mas sou surpreendida quando ele a fecha com violência

  - Tá maluco?! - empurro o ombro dele

  - Eu que tô maluco? O que deu em você pra sair correndo daquele jeito? - abro a porta e ele a fecha de novo - Eu tô falando com você Tatiana, me responde!

  - Que merda Guilherme! Larga do meu pé e vai lá pegar suas fãs! - ele não tem reação nenhuma então abro a porta do meu carro e entro nele ligando logo, acelero e do nada Sobs entra na frente quase sendo atropelado

  - Você tá doido?! - saio do carro e grito indignada

  - Tô, por você. - se aproxima e me beija

  Não foi um beijo como imaginei que seria, foi melhor. Em segundos eu meio que esqueci o porquê de estar puta com ele logo relaxando e ele não perdeu tempo em pedir passagem pra língua, o desgraçado já não bastava ser lindo e tinha que ter pegada também. Não hesitamos em nenhum momento, nossas línguas pareciam já se conhecer dançando uma com a outra.

  Paramos o beijo por falta de ar mas não nos afastamos nem um pouco, nos encaramos e eu comecei a rir.

  - Tá rindo do que doida? - me olha confuso

  - "Você tá doido?!"; "Tô, por você". - me controlo pra parar de rir - Desculpa Matheus mais isso foi muito clichê. - volto a rir e ele acaba rindo um pouco também

  - Aproveitei a chance só. - ri - Sobre o beijo que você viu...

  - Não, não comenta nada. - peço

  - Eu não fiz nada, só isso. A mina me beijou, errei em não recusar mas foi só isso. - enrola uma mecha do meu cabelo em seu dedo

  - Não precisa me explicar nada. - sorrio e acaricio seu rosto

  - A mina mais perfeita. - põe seu dedo em meu queixo levantando um pouco o meu rosto e inicia outro beijo

FlashBack

  - Cheguei. - falo assim que ele abre a porta

  - Percebi. - ri e me dá passagem pra entrar

  - Quero beber.

  - Isso pode esperar não? - abraça minha cintura de costas e beija meu pescoço me fazendo arrepiar - Adoro quando você fica arrepiada por minha causa. - fala perto do meu ouvido com a voz ainda mais rouca por ter falado baixo e logo depois morde o lóbulo da minha orelha me fazendo apertar as mãos e morder o lábio, ele ri e me vira me beijando

Continua...

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