•Preencher o vazio•

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eu literalmente fiz três finais diferentes para conseguir chegar até esse :')

(...)

Alguns meses haviam se passado, Flamengo ainda sentia na pele o que a tristeza havia lhe causado, e em parte uma nova coisa também

Saiu de casa, deixou de morar com os irmãos, seu principal motivo fora um filho, ele havia decidido adotar um bebê com apenas alguns meses de vida, a mãe havia morrido no parto e como ninguém da família tinha ido pegar a criança, acabaram por levá-lo ao orfanato, onde Flamengo o achou e logo de cara se apegou a criança

Poderia até se dizer que o pequenino era uma junção dele com o vascaíno, ele as vezes chegava até a dizer “minha vida só não está destruída por causa desse bebê”, os cabelos escuros, assim como Vasco, e os olhos vermelhos assim como Flamengo

A criança tinha 11 meses, ou seja, já estava na idade de dar seus primeiros passos, o flamenguista estava ansioso para ver aquilo, pegou a criança no colo e a colocou no chão perto do sofá, o menor tentou ficar de pé, mas apenas conseguia porque ainda se apoiava no sofá

Flamengo se distanciou dele, não muito, e começou a chamá-lo, a criança ergueu a mão como se tivesse o chamando, o maior ficou vermelho de vergonha, achava aquilo uma graça, o chamou novamente e a criança tentou se esticar mais um pouco não tirando o outro bracinho do sofá para não cair

Flamengo ergueu os dois braços indicado que se ele fosse até o pai, o mesmo iria segura-ló, a criança então começou a chorar achando que não conseguiria

– Flasco, eu sei que você consegue - Disse o maior – Você é o melhor jogador do mundo, depois de mim lembra?

A criança ficou com uma cara irritada, não havia gostado da provocação do pai, tentou se soltar do sofá, mas ao fazer isso, rapidamente perdeu o equilíbrio e apenas conseguiu se apoiar por causa do sofá, então voltou a chorar

Flamengo se aproximou um pouco da criança, e ainda com os braços erguidos chamou pelo filho, a criança olhou para as mãos deles, ele realmente queria estar sendo segurado por elas, sem pensar mais, ele correu para os braços do pai, e acabou por caí no meio do caminho, mas o flamenguista foi rápido o suficiente para pegá-lo

– Pronto, pronto, eu já estou aqui, você foi incrível, como sempre - Beijou a bochecha do filho – Se você não chorar no meio da noite, posso até pensar em irmos assistir o jogo da Chapecoense amanhã

A criança apenas riu em resposta e colocou as pequenas mãozinhas nas bochechas do pai, ele também começou a rir, mesmo que não tivesse o seu amor ali, ele tinha algo para preencher o vazio em seu coração

isso é meio que uma prévia para outro livro, que continua esse :3

"Eu te amo" - TimehumansOnde histórias criam vida. Descubra agora