Enedway

Perigo na Estrada

Já fazia um dia que eu estava viajando em busca dos ingredientes para aquele troll. Eu caminhava pela floresta verde em direção a área neutra de Zuei onde ficava Pem, o acampamento goblin da região.

Até agora eu ainda não havia enfrentado nenhum perigo, mas me mantinha sempre atento e pronto pra sacar a minha espada.

Depois de horas caminhando pela floresta o dia já estava findando. Eu poderia muito bem viajar no escuro devido aos meus sentidos apurados, mas era a noite que as piores bestas apareciam, então eu resolvi procurar por uma pequena clareira na floresta para montar uma acampamento.

De repente algo enrrolou na minha perna e, com um puxo, me derrubou no chão. Eu olhei pra todos os lados procurando o autor daquilo e então eu vi, era uma cobra de uns 3m de comprmento com as escamas de cor cinzenta e duas presas enormes brotando de sua boca.

A cobra estava enrolada numa árvore olhando pra mim com um olhar bestial, os seus olhos vermelhos no escuro pareciam duas labaredas de fogo.

Naquele instante eu sabia que não havia modo de fugir daquela enorme serpente,  ou eu lutava, ou eu virava forro de estômago e isso era uma coisa que eu não pretendia.

-Pode vir! -falei eu chamando a cobra com um sinal de mão.

Ela, como se tivesse entendido o que eu disse, saltou da árvore avançando na minha direção e, quando ela chegou perto, eu rolei para o lado para desviar do ataque. A cobra se arrastou rapidamente e se enrolou numa outra árvore. Eu saquei a minha espada e fiquei parado esperando a proxima investida. A cobra avançou novamente em minha direção e, ao se aproximar, tentou me abocanhar. Eu saltei para traz desviando do ataque da cobra, depois eu movimentei a minha espada e desfeiri um golpe na lateral do corpo da serpente cortando-a e fazendo jorrar sangue. A serpente, furiosa, tentou me acertar com a cauda, mas eu saltei para uma árvore e desviei. Ela começou a se erguer verticalmente ficando da altura da árvore onde eu estava. Eu saltei do galho da árvore para desferir um golpe nela e ela também tentou me abocanhar,  mas eu fui mais rápido e, com um movimento aéreo,  a decaptei.

-Muito fraca! -falei rindo ao cadáver da cobra.

Depois da luta eu continuei andando pela floresta pra encontrar algum lugar pra dormir.

Um cavaleiro com uma armadura prateada completa, um grande escudo com uma cruz desenhada e uma longa espada de metal cintilante cavalgava pela estrada próximo as fronteiras de Eryda. Era Van Grimm um Paladino de Luz da cidade de Terah, no reino humano.

Grimm, apesar de ser um servidor da luz e da bondade, foi exilado de Terah, pois lutou ao lado de sei rei até a tomada da cidade pelos próprios soldados que ao rei serviam.

Agora  Grimm viajava pelo mundo em busca de um modo de derrotar aqueles soldados e retomar a cidade de Terah para o seu líder por direito, mas sozinho ele não conseguiria, ele precisava de um exército.

Enquanto não conseguia concluir sua missão,  Van Grimm continuava a viajar pelo mundo levando a sua aura divina para promover a luz até em lugares sombrios.

-Era uma vez um elfo encantado que morava num pé de caqui...! - Grimm cantava enquanto viajava.

De repente, quando o sol estava quase se pondo, um grito horrendo atrapalhou sua cantoria.

-Em nome dos deuses o que é isso? -disse ele sacando sua espada.

Um ser, que estava escondido em cima das árvores, saltou na sua frente. Ele tinha o formato de um pássaro gigante, mas sua cabeça era como a de um lobo selvagem, sua penugem era negra e seus olhos laranjas como o sol poente.