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Meus restantes dias em Cambridge se resumiu em ir a secretária escolar constantemente para aceitarem me transferir para outra universidade também se consistiu de aulas e de trabalhar horas duplas desde que a outra garçonete está de férias de maternidade.

Mal tive tempo de comer hoje, acho que já era visível o meu cansaço era tanto stress esses dias que ainda não sei como não tive ataques de ansiedade. Estava tão perdida sentada na cantina da escola comendo a lasanha que não me dou conta do garoto que se senta a minha frente.

- O que tu quer? - rolo os olhos.

- Tu é meio ignorante. - ele põe a mão esquerda do lado direito do peito.

- o coração é do outro lado. É assim, vá direto ao assunto gosto de comer em paz.

amarro o meu cabelo cacheado em um coque desarrumado.

- Você me parece que vem da Itália, aí eu pensei ela poderá me ajudar com o meu curso de línguas e adivinha em qual é que estou com mais dificuldade? Isso mesmo italiano. - fixo o meu olhar no mesmo com um pedaço de lasanha na boca, acabo de mastigar o que tenho na boca e lhe aponto com o garfo não de uma forma ameaçadora apenas fazendo movimentos circulares.

- Bem, se venho da Itália ou não, não é da sua conta. O que eu ganho com isso? - como outro pedaço de lasanha. O mesmo me olha com um confuso.

- Amizade. - solto uma risada.

- Nessa faculdade só tem uma pessoa em que confio agora o resto são seres humanos que olho e algumas vezes falo mesmo eles se achando meus amigos. - limpo com o guardanapo a boca. Ele sorri.

- olha, por favor eu realmente preciso de ajuda. - olho para o enorme relógio que tem na cantina. - irá me ajudar?

- eu irei mudar de país, irei voltar para Itália, só se quiser começar a aprender por FaceTime.

- Muito...- o corto pondo o dedo indicador nos seus lábios.

- Só fala comigo italiano e eu te respondo, apenas fale normalmente quando for muito importante. - vejo ele buscar por palavras.

- Grazie mille, sei un angelo.( Muito Obrigada, você é um anjo) - ele diz. Solto uma leve risada da pronúncia. - falei bem?

- sim amiguinho precisa melhorar a pronúncia, meu nome é Millena Donateli e o seu?- estico a minha mão para o mesmo, o tal garoto aperta a minha mão com cuidado.

- Lorenzo Stuart.-o nome do mesmo é italiano menos o último o que me faz espécie.

- Seu nome é italiano. - ele olha para baixo.

- minha mãe era italiana, mudou de pais quando estava nos 8 meses de gestação eu acabei por nascer no meio do aeroporto resultado em ficando só eu e o meu pai que é puro gringo.

- Sinto muito. - Acabo de comer a tal lasanha olhando para o mesmo que olhava para mim e eu para ele. O tal Lorenzo é calmo, até de mais. Olhos castanhos e cabelo castanhos, aparenta ser bem alto, o mesmo se mexia pouco e observava cada movimento que eu fazia com o meu corpo resumindo, isso vai dar merda. Suspiro. - Isso aqui está me assustando Lorenzo, não me olhe assim. Tenho algo na cara?! - ele passa o polegar no canto dos meus lábios. Vou mentir se falar que não fiquei derretida.

- Estava sujo aqui - apenas o olho tentando o máximo para não o mandar para um certo sítio.

Acabo de comer, pego o meu celular e mando mensagem para o meu irmão avisando sobre as aulas que só falta arrumar as minhas coisas o mesmo me tinha respondido que não era necessário eu ainda tinha roupa minha lá, como se ainda me servisse. Converso mais um pouco com Lorenzo acabamos por trocar os números.

Lorenzo andava do meu lado calmamente sem falar nada o que me faz impressão. Maioria dos rapazes que conheci apenas falarem deles mesmos esquecendo que eu estava de lado e apenas falando. Como eu odeio pessoa que falam muito. Mordo o lábio inferior e olho para Lorenzo.

- Olha, não vai falar nada? - levanto uma sobrancelha, tem algo em Lorenzo que me faz questionar realmente a aproximação do mesmo eu tinha o sentimento que já o tinha visto em algum lugar, mas Tiffany me faz sair muito devo ter o visto em algum lugar no shopping.

- Porque que você não começa? Poderia por começar a falar de você, sua família e amizades.

- Apenas no dia que dar o cu você vai saber tudo sobre mim. - o mesmo solta uma risada, paramos na porta do meu quarto.

- Então, esse dia quando chegar eu mesmo vou até a Itália só para ver sua cara de sofrida. - rio um pouco mais alto.

- Agora que dei conta seu nome é Stuart que nem aquele filme do rato. MEU DEUS. - riu mais alto me lembrando de quantas vezes vi o tal filme.

- Ta, ainda venho com um nome para você. - Ignoro o mesmo lhe laçando o dedo do meio e entrando no quarto deixando o mesmo de boca aberta, provavelmente, nossa, Lorenzo é uma pessoa legal. Me senti bem ao lado do mesmo senti que podia confiar no mesmo uma coisa que raramente acontece.

O resto da noite se passou rápido, queria ficar à espera da minha querida amiga. Mas a filha da puta quando sai só volta próximo ano, que raiva. Fecho os olhos tentando me acalmar. Quer dizer, dormir.

Sabe quando a pessoa já está quase no sono fundo e aí o telefone toca? Bem o meu querido irmão ligou.

Ligação on:

- o que tu quer?! - o respiração do mesmo estava pesada.

- preciso que você saia da universidade e venha até ao parque ao lado.

- qual é a razão de tudo isso? - a preocupação na minha voz era mais que vidente.

- Apenas venha e traga o necessário. Não temos mais tempo. Argh! Apenas venha porra.

Ligação off.

Pego uma mochila com documentação, apenas pondo o meu laptop, carregador, cartão de crédito, alguns produtos e materiais higiénicos.

Saio da universidade disparada até ao tal parque e vejo o meu irmão cheio de sangue. Respiro fundo olhando para o corpo no chão em pânico.

- O que tu fez?! - ele me olha com raiva no olhar.

- o filho da mãe faz parte de outra máfia. Estavam te espionando esse tempo todo, vamos logo.

O mesmo destranca Land Rover que está em frente ao parque.

- Olha só pra quem gosta de aparecer com veículos enormes e caros você se rebaixou um pouco. - vejo o mesmo rolando os olhos ainda com a respiração meio acelerada.

- É o que chama menos atenção. Cale a boca e fique calada. - cruzo os braços, ele não estava nervoso muito pelo contrário parecia um pouco feliz o que me assustou será que matar lhe faz feliz? Deus, por favor faça com que o que eu estava pensando não seja verdade.

Pego o meu celular e mando uma mensagem a Tiffany
" oi estrupício o tive que viajar pós minha família realmente precisa de mim nesse momento, te 'amo' hehe, mando mensagem assim que chegar a Itália venha me visitar quando puder bye. Não se esqueça que em caso de emergência por perguntar pelo nosso cão Roberto. Apaga a mensagem agora estrupício".

A chegada ao aeroporto foi calma, tivemos muita sorte de ainda ter 2 lugares vagos na economia o que me fez ficar feliz porque eram baratos mas meu irmão não me deixou pagar o que me fez ficar muito puta de vida.

B@BYOnde histórias criam vida. Descubra agora