Opposite Sides (Intersexual)

Fracassando

Vou seguir postando alguns capítulos, se flopar totalmente irei excluir e fingir que nada aconteceu. Rs                                                                                                                                                         
Vi que muita gente gosta de ler no Spirit também, eu nunca usei, mas talvez eu me aventure por lá. Eu costumava usar o Nyah para ler e escrever, acho que ele era mais popular na época de HP e Crepúsculo.

Boa Leitura!

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- Iremos seguir com plano, mas como somos só nós, precisaremos ser mais criativas. – Lauren respondeu avançando até o destino delas que as levaria exatamente para dentro da guerra.

Enquanto se aproximavam do final do túnel que as levaria para dentro do confronto, o barulho de explosões, tiros e gritos da superfície ficavam cada vez mais altos. A capitã Vagalume sentia a adrenalina correr pelo seu corpo, nunca tinha participado diretamente de um ataque e muito menos encabeçado um.

Pararam embaixo da tampa e começaram se preparar, já com o fardamento dos vagalumes, elas subiram até a rua. As ruas estavam inacessíveis para qualquer veiculo, escombros e soldados mortos por todos os lugares. Logo à frente avistaram o grupo luz que era liderado por Marlene e Clara, praticamente irreconhecíveis com os uniformes característicos da cor verde escuro que ficavam embaixo dos coletes à prova de balas, os capacetes antimotim com o símbolo dos Vagalumes e uma mascara de gás completavam suas vestimentas.

Lauren empunhou seu fuzil de assalto e começou a caminhar, seguida por Normani que cuidava da retaguarda. Antes que alcançassem seu grupo foram surpreendidas com os tiros do pelotão Alpha que tinham acabado de chegar. Puxou Normani para se protegerem entre os destroços e revidaram os tiros da forma em que podiam.

Clara Jauregui percebeu o pelotão Alpha e direcionou os ataques aos agentes que pararam de atirar nas garotas e se voltaram para o grupo principal. Lauren e Normani aproveitaram a distração e começaram a preparar explosivos C-4. 

- Normani, preciso que você se junte ao resto do grupo como apoio, eu me encarrego de levar as bombas para o pelotão Alpha. Só preciso lançar o explosivo em um dos carros, você sabe como funciona. O C-4 é estável à maioria dos choques físicos, nem preciso estar tão perto para joga-lo.

Normani a encarou contrariada, mas sabia que nada do que dissesse a faria mudar de ideia. Lauren às vezes preferia ser o lobo solitário, todos sabiam disso, a única que normalmente se opõe é sua mãe Clara, mas para o azar de Clara, sua filha é mais cabeça dura que ela.

Sem dizer mais nada a Jauregui mais jovem começou a se mover furtivamente entre os entulhos na direção dos soldados, com muito esforço conseguiu chegar a alguns metros do carro de combate, precisava destruí-lo, ele era equipado com uma metralhadora no teto. Viu alguns soldados preparando explosivos para contra-atacar. Tirou o C-4 da mochila e se preparou para lança-lo no carro. Assim que saiu da sua posição para joga-lo, ficou visível para a capitã do pelotão da FEDRA que rapidamente apontou para ela e atirou acertando Lauren na barriga.

Porém o explosivo já tinha sido lançado no carro e a Capitã Cabello rapidamente gritou para que os ocupantes saíssem, mas era impossível ouvi-la com os barulhos dos tiros e as explosões incessantes.

- Hansen, se afaste do carro de combate agora! – Correu até Dinah que estava a alguns metros dela. – Jogaram um explosivo no carro. – Puxou a comandante pelo colete e a empurrou para longe do lugar, correu até Harry que estava agachado revidando os tiros. O levantou abruptamente pelo colete. – Vá para perto da Hansen! – Virou para tentar avisar os outros, mas foi puxada por Dinah.

- Você precisa sair também! – Dinah gritou para ela e se jogou para trás levando Camila consigo quando ouviu a explosão do carro.

Lauren continuava no chão atordoada pelo impacto do tiro, foi salva da bala pelo colete, mas sentia o local dolorido. Rastejou até um buraco e permaneceu enquanto se recuperava. Olhou para cima e viu Normani se aproximar com Alexa as duas pareciam nervosas.

- Estou viva! – Afirmou. Alexa e Normani suspiraram aliviadas. – Então, foi ou não foi uma linda explosão? – Sorriu torto.

- Os Alpha recuaram, acho que você acabou com a metade deles. O carro de combate está totalmente inoperante. – Normani sorria feliz. – Restam alguns pelotões, mas acho que damos conta.

- Me ajudem a levantar. – Lauren pediu e Alexa rapidamente se aproximou para ajuda-la. Caminharam observando o caos. – Estão recuando com alguns pelotões. – Lauren observou alguns carros partirem para dentro da zona e caminhões com lança mísseis tomarem seus lugares. – Eles iniciarão o ataque supressivo, precisamos destruir os caminhões.

As três correram em direção ao grupo principal que estava alheio a aproximação dos caminhões e lutavam com alguns batalhões que permaneciam. A FEDRA como sempre sacrificando quem os mantém em pé, no final eles serão apenas números na hora da contagem de corpos.

Apesar de saber que a maioria não valia nada, Lauren sentia pela perda dos dois lados, muitos soldados são a cara da FEDRA, não se importam em desviar os poucos mantimentos que a população recebe, vestem os uniformes prontos para bater ou matar algum civil.

No começo da infecção os militares fizeram bloqueios em estradas para garantir a segurança dos civis, os levando para zonas de quarentena nos restos das grandes cidades. Os vagalumes surgiram como a esperança entre os que restaram, depois da epidemia se espalhar por todo o país e a FEDRA ser criada pelo governo dos EUA. Os militares passaram a controlar a FEDRA e ordenaram lançamentos de mísseis visando diminuir o numero de infectados, muitas pessoas que não sabiam da evacuação morreram.

Os vagalumes foram bem sucedidos em derrubar várias zonas de quarentena, como a de Pittsburgh, mas não obtiveram os resultados desejados. A zona de quarentena de Boston foi a única que se manteve, o alto comando da zona vivia tranquilamente no conforto, o mundo destruído estava da porta da casa deles para fora. Viviam às custas do trabalho da população que morria de fome e de doenças embaixo dos seus "castelos". Não se importavam com os desvios de mantimentos feitos pelos soldados, todos tinham ciência do fato, mas como não os afetavam, não os interessavam.

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Lauren, Normani e Alexa não conseguiram chegar a tempo. Os mísseis foram lançados no grupo, não conseguiam ver todo o estrago causado. Jauregui sentia seu coração apertar com a possibilidade de perder sua mãe, correu sem se importar em ser vista, Normani e Alexa tentaram impedi-la, mas não conseguiram segura-la. Enquanto corria, Lauren implorava internamente para que sua mãe estivesse viva. Ao chegar ao local o ataque já tinha cessado, o grito de horror foi abafado pela mascara de gás, até onde conseguia ver todo o grupo foi aniquilado. Caiu de joelhos chorando pela visão das pessoas despedaçadas.

- Precisamos recuar, Jauregui. – Normani pegou seu braço e tentou levanta-la.

- Minha mãe... – Balbuciou perdidamente. Normani tocou seus cabelos e fez um afago em conforto. – Ela não pode ter... – A frase de Lauren foi interrompida por um gemido abafado entre os corpo e escombros.

Lauren tomou coragem e começou a tirar os pedaços de corpos e entulhos de cima para tentar achar de onde vinha o som, pouco depois o rosto de Marlene apareceu retorcido, sujo de sangue e poeira. Jauregui percebeu que o som vinha dela, Marlene estava viva, mas não conseguia achar sua mãe.

- Marlene, onde está a minha mãe? Ela estava perto de você? – Sem perceber ela a balançava na tentativa de obter respostas. Um grupo pequeno dos Vagalumes que estavam esperando seu momento de entrar, se aproximou e tirou Marlene a levando dali o mais rápido possível.

Lauren continuou sua busca desesperada pela matriarca, passava por partes de pessoas conhecidas do principal pelotão Vagalume, sua angustia aumentava a cada instante. Os agentes da FEDRA se aproximavam do local onde elas estavam sem nota-las. Normani em um ato desesperado acertou a cabeça da Jauregui mais nova a desmaiando e a puxou com a ajuda de Alexa, sabia que ela nunca sairia dali por vontade própria e não poderia deixar sua melhor amiga morrer.

Com muito esforço conseguiram sair do local com Lauren ainda inconsciente, a colocaram no banco de trás de um jeep da milícia e voltaram para o esconderijo próximo à zona. Todos estavam em silêncio, cada um sentido a derrota da sua maneira.