Capítulo 18- O Dia Do Desastre

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Narração Marcia

-Fico toda sem jeito ao me recordar daquele dia. Pena que logo depois, acontece o que aconteceu:

MARCIA:- Enfim... Acho que tudo começou a desmoronar, depois do trote com os calouros. 

-Meu sorriso vai aos poucos se desmanchando, conforme a lembrança vai voltando. Não demora muito para eu ficar, cada fez mais cabisbaixa. Tiago sustentava meu queixo, com a ponta dos dedos, me olha nos olhos, logo aquelas lembranças por alguns instantes me abandonam. O sorriso volta para meu rosto. Respiro fundo e continuo:

MACIA:- Alem do clássico ataque terrorista, eles exporão os calouros. Ate hoje não sei como conseguiram tantos segredos! E logo dos que tomavam cuidado, para não sofrerem mais... Bem seja como for... Ela surto! Começou a falar, "eu não aguento, eu não aguento, eles vão ver, eles vão ver", eu fiquei com medo... E uma coisa que ninguém sabe, é que ela quase matou vcs!

-Ele por alguns instantes congela. Sua expressão é panico. Então meio sem jeito volto a falar:

MARCIA:- Bem a mãe dela, que na época estava viva andes de ir pra mais uma viagem de trabalho, pediu pra eu passar lá por que ela se recusava, a sair do quarto a uma semana quase. Estava frio então fui de sobre tudo. O mesmo que eu usaria tempos depois, no meu trabalho de dançarina... E de daria um tiro.

-Ele pergunta ainda paralisado:

TIAGO:- Ela sabia que tinha uma arma no bolso?

-Aquele dia passava em minha mente como um filme. Ela sabia que aquele era meu casaco predileto. Seria coecidencia... Ou ela de fato tinha planejado? Nunca perguntei. Seja como for:

MARCIA:- Acho que sim... Não sei! Quando entrei no quarto dela... O que vi ate hoje me deixa perturbada! Ela tinha enlouquecido por completo! As janelas e cortinas fechas, velas pra todo lado, adagas, muita sujeira, sangue... Foi horrível! Só de lembrar... Ela estava louca. Quando dei um passo. Uma adaga do nada surgiu em minha direção, e por pouco não me acerta. Ela apareceu do nada. Parecia a Samara de "O Chamado". Ela disse com naturalidade, enquanto ia ate a faca tira-la de lá, "A é só vc". Eu ainda sem conseguir me mexer, disse com voz fraca, "Precisamos conversar", ela deu risada e saiu de perto, virou de costas e começou a caminha de volta a escuridão. Então a segui e logo falei meio questionando, "Qual é o seu problema?". Ela não disse nada. E então a peguei pelo braço, e falei com raiva, " Ei! To falando com vc!". Ela parou. Eu esperei alguma reação. Ela se virou,e em questão de segundos estava com a mão no meu pescoço, a adaga a milímetros do meu rosto, ela me emburrando contra a parede, enquanto ela falava, "Mais eu não quero falar com vc! Então se não se importa..." MInha cabeça bateu contra a parede. O impacto foi muito forte. Alem da dor, senti minha cabeça ficar quente. Sufocada e com medo perguntei com choro na voz, "O que você esta fazendo?", ela em segundos afastou minha cabeça e com o dobro da força, jogou contra a parede de novo. Essa vez ouvi o barulho de algo se estilhaçar. Me dei conta que era um espelho, o responsável da minha dor e fuga do meu sangue. Ela então disse gritando, "Cala a boca!". Eu estava em panico. Ela me jogou pro lado. Já que a porta ainda estava aberta... Minha cabeça bateu com muita força. Mesmo assim não fiquei desacordada. Mais fingi que fiquei. Ela então começou a me arrastar minha perna... Então aproveitei os poucos segundos que ela se distraiu. Peguei a arma. Engatilhei. Apontei pra ela. Ela me soltou. Levantou as mãos pra cima. Me levantei o mais rápido. Minha cabeça ainda queimava. Olhei em seus olhos. Parecia que estava possuída. Sua expressão era fria e debochada. Ela andava pra frente e eu pra traz. Dando o máximo de voltas possível. Ate ela voltar a me encurra-lar e desafiar, "Atira", fiquei em silencio, ela então grita, "ATIRA!". Começo a chorar. Ela pega a arma da minha mão.  Nunca pensei tão rápido e minha vida. E mesmo assim, parecia não ser o bastante pra sair daquela.Ela me fez andar ate uma parte do quarto com a arma apontada pra minha cabeça. cheguei perto d uma parede. Ela mandou eu me ajoelhar. Eu estava muito nervosa. Com medo. Ouvi barulhos metálicos. E em seguida pequenos objetos caírem no chão. Então ouço a arma ser engatilhada. E logo entendo o que ela vai fazer. Então pra confirmar meus pensamentos ela fala, "vamos brincar amiguinha?". Não disse nada. Então ela falou em seguida, "eu começo", e então enquanto eu tentava não visualizar a imagem na minha cabeça. Um pequeno feche de luz invade um de meus olhos. Aproveito a distração e por instinto puxo a cortina com força, e então ela cai. Uma nuvem de poeira vem pra cima d mim. Porem o sol vai todo pra ela. A arma cai e eu recupero a controle.

-Aquele foi sem duvida o pior dia da minha vida! Ver alguém que eu amo, que eu conheço... Do nada virar um monstro... Acho que nunca vou superar! Ficamos em silencio. Pego as embalagens vazias, e as levo ate o sesto de lixo ao lado da escrivaninha. Volto pra pegar o pacote que sobrou, e então ele pergunta menos tenso:

TIAGO:- Bem agora moro com ela... Posso saber o que deu nela? Sabe pra eu saber lidar e não chamar a policia ou algo do tipo.

-Esse é um outro segredo sobre a Roh que não deveria ser compartilhado. Mais dadas as circunstancias...

MARCIA:- Transtorno bipolar! Ate eu fiquei chocada se quer saber.

TIAGO:- Não intendo muito sobre isso, mais tipo... Não se toma remédios ou algo do tipo? Por que ela nunca tinha pirado andes! Não que eu saiba!

MARCIA:- Ai que ta o problema... Ela tomava pequenas docesses de antidepressivo. Cendo que o certo seria, ela tomar um anticonvulsivo ou ate mesmo uns antipsicóticos. Pessoas com transtorno bipolar têm mais chance de apresentar episódios maníacos ou hipomaníacos se tomarem antidepressivos. E quando ela chegou em casa ela tomou vario, pra tentar se matar, porem devido a quantidade que ela ingeri-o... Bem o resultado foi outro! Depois de me esclarecer com a policia e dos exames... Resumindo demorou mais consegui!Não fui pressa e a Roh começou a se tratar. Ela odeia falar nisso! Deste a viagem nunca mais tocou no assunto! É como se nunca tivesse acontecido.

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