₪ Prólogo ₪

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✎ Somente o prólogo é narrado em 3° pessoa, por conseguinte, os capítulos serão em 1°

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✎ Somente o prólogo é narrado em 3° pessoa, por conseguinte, os capítulos serão em 1°. Boa leitura!

Distrito de Westminster, Londres.

Abril de 2015, Inglaterra.





— Audiência disciplinar de 08 de Abril, do ano de 2015, sobre as faltas cometidas por Arquebaldo Trevino de Fonollosa, residente na rua Garden Flower, n°712, Westminster, Londres.

Anunciou a voz masculina compelindo à todos os presentes a ficarem em silêncio. O homem chamado Arquebaldo, que estava sentado no centro da sala teve que sufocar um grito de pavor, porque permitir que o desespero o dominasse naquela situação não adiantaria em nada.

O grande salão em que àquela audiência acontecia era vasto e sinistro, construído com leves traços arquitetónicos de uma masmorra. As paredes eram de pedra escura, aparentemente umidas, iluminadas por archotes suspensos aqui e ali. O teto era alto e de aparência envelhecida, lembrando sutilmente o teto das catedrais católicas. Havia arquibancadas postadas uma de cada lado da sala, mas, à frente de Arquebaldo, ganhando destaque central, havia uma tribuna de mármore elevada, enfileirada com bancos acolchoados. Por mérito da pouca luminosidade, e das capas cor de vinho que todos usavam, as pessoas sentadas nos bancos da tribuba pareciam-lhe vultos sombrios e medonhos.

Simplesmente amedrontador.

— Inquiridores chefe. Giuseppe Bryant D'Marco, Magistrado-Chefe da Cratos e Beatrice Sullivan T. King, vice-magistrada. Escriba da Corte: Theodoro Length Júnior. Testemunhas de defesa: Nenhuma. — houve risinhos por toda a parte quando Giuseppe chegou nessa parte. — Testenhuma de acusação: Rus...

— Russel Henderson Colleman!

Giuseppe foi interrompido porque nesse instante a porta principal do tribunal rangeu ao ser aberta, e por ela entrou a figura de um homem imponente, fazendo sua própria apresentação. Os olhos negros dele brilharam de maldade quando olhou na direção de Arquebaldo, o qual se via sentado na cadeira que era usada somente em julgamentos especiais. Russel caminhou pelo espaço livre entre as duas arquibancadas e se postou diante da tribuna superior aonde estavam os inquiridores.

— As acusações são que o réu deliberadamente e com plena consciência da ilegalidade dos seus atos, não deu cumprimento à lei irrevogável da Duplicata. — ao falar isto, emergiu-se por toda a parte uma onda murmúrios e sussurros descontentes. — É de conhecimento dessa Corte que a lei à cerca da Duplicata é absolutamente irrevogável, e por isso, desrespeitá-la, significa desonrar estritamente as leis que regem esse Tribunal. Por isso, peço à essa Corte, que vocês sejam, meticulosamente, justos no que se refere a punição do Sr.Trevino.

Arquebaldo sentiu o ódio inflamá-lo por dentro. Ali estava o homem que ameaçava destruir sua vida, ali estava àquele que poderia subjugar a pó o seu bem mais precioso. O seu único filho, o primogênito da família Trevino. Ele não poderia permitir que isso acontecesse.

MALÉVOLOOnde histórias criam vida. Descubra agora