Raposinha.

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POV GABRIELA

Sábado, 1:15 PM.

Acordei com uma puta dor de cabeça e um mega frio, virei para o outro lado da cama buscando encontrar Carol que estava ao meu lado até o momento em que eu dormi, mas não encontrei. Levantei bem lentamente e fui em direção ao banheiro, sai batendo nas paredes, acho que ainda estava bêbada, quando parei em frente o espelho vi o quão acabada eu estava, vi que Carol tinha deixado uma roupa em cima da pia junto com uma toalha, escova de dentes para mim e um remédio pra dor de cabeça, havia também um bilhetinho que dizia:

"Bom dia manguaça!!!
Tô deixando uma toalha, uma peça de roupa, uma escova de dente e um remedinho pra dor de cabeça pra você, seu celular está carregando no meu carregador, em cima do balcão da cozinha, estamos na praia em frente a casa, se quiser aparecer aqui fique a vontade. Ah, chamamos suas amigas e elas vão trazer seu biquíni e uma roupa pra você de ficar em casa e uma de sair, vamos nos arrumar aqui hoje pra ir pra festa. Fique a vontade aí em casa, sinta-se como se estivesse em sua própria. Qualquer coisa manda mensagem, se cuida!" 

Carolina estava sendo uma fofa comigo, se não fosse ela com certeza eu não teria ficado como fiquei ontem, mas também não teria seus cuidados, e claro, não teria me divertido tanto quanto ontem. Depois de ter feito minha higiene matinal fui ate a cozinha, peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Carol.

WhatsApp On:

Gabriela: Bom dia!!!
Como vocês acordão tão cedo depois de festa?
Ainda tô morta!
Carolina: Bom dia bela adormecida. Rs!
Ué, quem bebeu todas foi você anjo, nós estamos muito normais e plenas na praia.,
Mas e ai, tá bem? Deixei um remédio de dor de cabeça pra você, já viu? Tá em cima da pia do seu banheiro.
Gabriela: Ai mano, que vergonha de mim ontem.
Me desculpa pelo trabalho, sério mesmo.
Você saiu da festa pra cuidar de mim e ainda me trouxe pra sua casa, foi toda fofa comigo.
Obrigada por isso e me desculpa!!
Carolina: Oxe Gabriela, pare!
Tá tudo bem, não tem nada demais, vai ter vergonha de quê?
De ter sido feliz?
Pare!
Gabriela: As meninas já chegaram?
Carolina: Já sim, estamos aqui na praia, suas coisas estão dentro do carro.
Gabriela: Eu vou tomar banho e já já apareço aí.
Carolina: Toma seu banho e nos espere ai, já estamos voltando pra almoçar, comer algo né?!

WhastApp Of.

POV CAROLINA

Quando chegamos em casa, vimos que a bancada da cozinha estava arrumada, como se fosse um almoço de domingo, a comida estava pronto e por sinal cheirava muito bem, alguns pratos empilhados, talheres dentro de uma pequena vasilha de plástico, os copos ao lado e duas jarras de suco com gelo. Todas ficaram impressionadas. Soltaram as bolsas próximas ao sofá da sala e foram em direção a bancada para arrumarem os pratos.

Carolina: Oh véi, cês parem umas esfomeadas, credo! Nem chamaram Gabi pra almoçar com a gente, foi ela que preparou isso tudo pra gente. –Falei indo em direção ao corredor.- GABIIIII, chegamos nega, cadê você?
Gabriela: Oi Carol, tô no quarto secando o meu cabelo. –Gritou do quarto.-
Carolina: Posso entrar? –Bato na porta.-
Gabriela: Claro Carol. –Entro no quarto.-
Carolina: E ai nega, tá se sentindo bem?  -Abraço Gabi por trás e dou um beijinho em seu ombro.-
Gabriela: Acordei com uma mega dor de cabeça, tudo rodando.
Carolina: Você viu os remédios que deixei pra você?  Tomou algum? Pelo estado que você ficou ontem eu já sabia que ia acordar com dor de cabeça, por isso deixei remédios.
Gabriela: Tomei sim. Obrigada! Aliais –Vira de frente pra mim e segura minhas mãos.-
Obrigada por tudo! Você foi incrível ontem comigo.
Carolina: Ah pare. Só ajudei uma amiga que estava alegrinha e feliz, não foi nada demais. –Olho em seus olhos.- Tá tudo tranquilo, relaxe. Agora venha cá, deixa eu te ajudar com esse cabelo, tá muito molhado ainda.

Dei um jeito de dar um fim na conversa, aquele assunto estava me levando para a conversa que tinha tido com as minhas amigas ontem, isso me deixava nervosa. Eu realmente estava tratando Gabriela daquela maneira por interesses profissionais, mas ao longo da noite eu fui percebendo o quão linda ela é, por fora e principalmente por dentro, jamais deixaria ela naquele estado sem nenhuma ajuda. Desde de quando vi Gabi pela primeira vez em fotos e ontem pessoalmente eu nunca tive interesse nela, mas agora, depois da minha conversa com as meninas, sei lá, talvez... Não, talvez nada, isso não pode acontecer.

POV GABRIELA

Sentei na frente de Carol e ela me ajudou a terminar de secar meu cabelo que ainda estava bem molhado.

Gabriela: Carol, eu fiz vergonha ontem?
Carolina: Aí Gabi, não! Você só ficou muito engraçada e se por algum acaso você faz alguma vergonha, só eu vi. -Riu.-
Gabriela: E merda Carol? Eu não fiz nenhuma merda não né Carol?
Carolina: Meu Deus Gabi, pare. -Falou rindo.-  Foi tudo tranquilo, mas me diga lá, o que seria fazer merda pra você? -Para tudo o que tá fazendo e me olha.-
Gabriela: Ah sei lá. Algo que o Hebert possa ficar puto.
Carolina: Olha, eu não sei como ele é contigo e em relação a essas coisas, mas se eu visse a minha noiva como você estava ontem... -Faço cara de aflita.-  Eu ia querer beber e curtir junto dela. -Gargalhou e puta que pariu, que gargalhada gostosa.- Aí amiga, sua cara de nervoso e aflição estava ótima, desculpa não pude me conter. -Continuava rindo.-
Gabriela: Aí Carolina, que susto.
Carolina: Agora é sério Gabi, foi tudo bem. Relaxe, não teve nada demais, eu gostei de cuidar de você, acredita que gostei ate do apelido que me deu?
Gabriela: Que apelido Carol? -Arregalo os olhos.-
Carolina: Você não lembrar? -Gargalhou.-
Gabriela: Não. Me conta!
Carolina: Você passou a noite inteira me chamando de Peixinho, eu nunca gostei desse apelido, sempre detestei, mas ficou tão bonitinho e fofo você me chamando assim.
Gabriela: Puts. Desculpa, te chamar de uma maneira que você não gosta. Prometo que não vai mais se repetir. -Me levanto e ela também.-
Carolina: Chama. Pode me chamar de Peixinho. -Segura minha mão.- Deixa!
Eu não ligo, não pra você. Pode me chamar de Peixinho, é um que fica um apelido só teu. Só você pode me chamar assim!
Gabriela: Ah é? -Carol solta minha mão.- Então você terá que arrumar um apelido só pra mim. Um apelido que ninguém mais use. Um apelido só teu.
Carolina: Hmmmmm!!!! Deixa eu pensar! -Coloca a mão no queixo.- Vou te dar o apelido de um animalzinho também.
Gabriela: É mesmo? Cê jura? Qual é? -Pergunto curiosa.-
Carolina: Raposinha.
Gabriela: Por que Raposinha? -Ri.-
Carolina: A raposa simboliza o instinto feminino, a mulher e você é uma das mulheres mais lindas que eu vi. Além do seu olhar ser tão forte quanto o de uma raposa.
Gabriela: Olha!!! Gostei!!! Raposinha.
Carolina: Esses apelidos são só nossos, uma ligação só nossa. Combinado? -Coloca a mão em minha frente e levanta só o dedo mindinho.- Jura juradinho comigo que nós não vamos esquecer do Peixinho e Raposinha?
Gabriela: Juro! -Entrelaço nossos dedos mindinhos.-
Carolina: Obrigada por isso! -Me abraça.-
Gabriela: Obrigada você, por tudo!

The Danger Of LovingOnde histórias criam vida. Descubra agora