Samantha, 16 de julho de 2016
Eu tenho que acabar com tudo isso, e tem que ser hoje. Faz um tempo que estou planejando isso, mas só agora criei coragem. Primeiro, peguei um veneno, não tão eficaz como eu gostaria, mas é o único que tenho. No lanche da manhã, fomos comer eu e meu pai, mal sabia ele que aquela seria a sua última refeição.
Quando ele sentou em sua cadeira, eu já havia colocado veneno em seu suco, em grande quantidade, afinal, tinha que ser de uma vez só. Ele bebeu um gole bem generoso do suco, colocou o copo novamente sobre a mesa e deu uma baita mordida na panqueca com creme de amendoim. Minutos depois começou a agonizar e espumas saíam de sua boca. Observei-o morrendo lentamente na minha frente. Adorei aquela visão, jamais irei esquecer.Hora do óbito: 10:16
Um já tinha ido, então, estavam faltando mais dois. Minha mãe não estava em casa. Foi tranquilo acabar com ele, agora é a vez dela. Ela bateu na porta por volta das 11:25 da manhã, levantei-me do sofá na qual estava sentada e abri a porta para ela. A mesma entrou sem ao menos me dizer um "olá". Foi direto para cozinha, provavelmente em busca de algo para comer após um bom tempo fora de casa. Era a minha oportunidade. Peguei um pedaço de pano com Clonazepan ("remedinho" que causa parada respiratória) e fui andando atrás dela. Num rápido movimento, coloquei sobre sua boca e nariz. Porém, ela segurou meus pulsos com força, dificultando minha ação, me empurrou e entramos em uma breve luta corporal. Consegui derruba-lá no chão. Sentei em seu colo e coloquei minhas mãos envoltas no seu pescoço. Vi em seus olhos o medo e pânico dominando-a. Aquilo foi como colocar algo inflamável nas chamas. Em um impulso de raiva e poder, pressionei seu pescoço com toda a força que pude, ver ela desmaiando e falecendo em meus braços foi tão maravilhoso. Seus olhos perdendo o brilho e sua expressão tornando-se algo vazio e sem vida. Esse momento permanecerá para sempre em minha mente.
Hora do óbito: 11:53
Agora só faltava mais uma pessoa... eu mesma, claro, não poderia ficar viva depois de ter matado duas pessoas, eu iria ser presa. Não sabia muito bem como queria morrer, afogada? Não. Talvez carbonizada? Também não, parece ser bem doloroso.
Foi então que olhei para o teto e como se alguma luz brilhasse em minha mente, encontrei a solução: enforcamento. Peguei um simples banco e uma corda, com calma coloquei-o no meio da sala, onde seria mais fácil para amarrar a corda. Fiz o nó, subi no banco e vesti-me com a corda. Sem pensar duas vezes, pulei. Senti a corda me asfixiar e o desespero vir sobre mim, porém, não lutei contra, até que todas as forças do meu corpo fossem extintas e o oxigênio se tornasse raridade. Se existe céu ou inferno, já sei para onde vou.Hora do óbito: 12:37
Vocês deve estar se perguntando o porquê de tudo isso, mas não se preocupe, nós explicaremos tudo desde o começo.
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Iɴғᴇʟɪᴢᴍᴇɴᴛᴇ Aᴄᴏɴᴛᴇᴄᴇ
General FictionInfelizmente acontece um assassinato... Infelizmente acontece um suicídio... Infelizmente acontece...