† 9. Shocks

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Todos os nossos movimentos pararam assim que ouvimos a maçaneta da porta ser usada. Empurrei o seu corpo mas o mesmo não saiu de cima de mim. 

"trancaste-a a porta?" ele assentiu fazendo-me ficar aliviada." vai la!" ordenei assim que a pessoa do outro lado da porta começou a esmurrar a mesma.

Bufou levantando-se enquanto eu corri rapidamente para a cadeira quando Justin abriu a porta pensei que fosse a Pattie mas não, era a Jazzy já tão crescida, a ultima vez que a vi ela tinha 10 anos. Ela correu ate mim abraçando-me fortemente, certamente se eu fosse humana já tinha morrido por falta de oxigénio. Senti as suas lágrimas na minha camisola.

"meu Deus, senti tanto a tua falta!" apertou-me mais com os seus braços pequenos e magros.

"eu também,mas por favor, estou a ficar sem ar" menti fazendo ela rir e largar-me lentamente.

"eu já volto" informou o rapaz saindo do quarto.

Jazzy estava diferente desde a ultima vez que eu aqui estive, seu cabelo estava comprido quase loiro como o do irmão,  seus lindos olhos estavam escondidos por óculos, e o seu corpo começou a tomar as mudanças da puberdade mas ela escolhia esconder-lo com roupas largar, naquela rapariga eu podia ver-me reflectida no passado.

Estávamos já ha muito tempo fechadas no quarto a conversar, Jazzy contou tudo o que se passou na minha ausência. Olhei distraidamente para a janela do quarto percebendo que já era noite, levantei-me subitamente causando um pequeno susto na rapariga.

"o que foi?" Jazzy perguntou a sorrir.

"tenho que ir, esta tarde!" abracei-a despedindo-me.

" não desapareças" declarou assim que atravessei a porta do quarto do seu irmão.

Desci as escadas ate a sala onde estava apenas Justin entretido no seu telemóvel, o mesmo ainda não se tinha apercebido da minha presença.

" ja vais, querida?" ouvi a voz de Pattie atras de mim saindo da cozinha causando um susto do filho.

"vou tia, tenho aulas amanha!" dei um beijo no rosto dela despindo-me. " eu volto" prometi.

" olha que promessa é divida menina" apontou o dedo no meu rosto e eu ri abraçando-a. " Justin acompanha a Demi querido."

Coloquei a mão na maçaneta na intenção de abrir mas o rapaz ao meu lado pensou no mesmo que eu, senti a sua pele quente contra a minha fria fazendo choques passarem por todo o meu corpo, olhei para ele para perceber se ele sentiu o mesmo e vi que sim, pois seus olhar parecia estar confuso. Abri a porta de uma vez passando por ele saindo da sua casa. 

"ate amanha, Demi." sua voz estava mais rouca que o costume e isso fez os meus pelos se arrepiarem.

"ate"sussurrei envergonhada.

Corri ate ao meu veiculo entrando  e dei partida, meus pensamentos estavam longe. No momento intimo partilhado por mim e pelo Justin, suas mãos no meu corpo parecia que o sangue congelado no meu corpo voltou a circular pelo mesmo, seus beijos faziam-me esquecer dos problemas a nossa volta. Eu sentia-me vulnerável quando estava com ele e isso não era bom para mim... não era.

 Assim que vi o meu lar, estacionei o meu carro na porta da garagem, e entrei em casa. Mal coloquei os pés dentro da mesma Taylor apareceu de repente na minha frente, iria reclamar com ela mas o seu rosto preocupado fez-me esquecer.

" o que aconteceu Taylor?" perguntei pousando as chaves em cima da bancada da cozinha.

"vê por ti mesma" sua mão pousou na minha bochecha levando-nos para outro num.

Senti o meu corpo ficar dormente, e tudo a nossa volta ficou escuro. Assim que senti um ar diferente a minha volta abri os olhos vendo Taylor a minha frente, a mesma apontou com a cabeça para eu olhar para a nossa frente.

Pude localizar  que estavamos no corredor da escola, conseguíamos ver tudo e todos que aparecessem mas ninguém nos podia ver. Pode ouvir a voz grossa do director enquanto fala com uma outra pessoa.

"espero que não haja mesmo problema senhor" disse uma voz feminina.

"Não há, menina Miller" declarou o diretor para a figura feminina.

Miler...

Nunca poderei esquecer esse nome... Miller era o sobrenome da outra rapariga que me causou tanto sofrimento a dois anos. Era a melhor amiga da Candy mas era impossível ela estar aqui já que ela... estava morta.



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