Capítulo 4

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Chegando ao salão presidencial onde seria a festa fico totalmente paralisada ao olhar para ele.

-Entendi o porque do presidencial, nunca vi nada mais perfeito que isso na minha vida! - Falo me apresando para entrar.

O salão tem um ar colonial, tem alguns detalhes em gesso, as paredes são pintadas em um cor clara e já de fora já da pra começar a ver a decoração que minha mãe ajudou a preparar,  o melhor detalhe é que a Fer contratou uma empresa para isso e mesmo assim minha mãe ficou dando palpite. Na entrada tem alguns vasos com algumas flores brancas que não sei o nome e o restante da decoração está em um tom lilás bem clarinho dando um ar de calma a tudo.

Depois que entramos é que veio a surpresa, a decoração está super luxuosa toda em lilás, branco e dourado, só que como foi ditribuido deixa tudo com uma outra cara.

- Finalmente te achei Li! - a Jo me puxa com uma força que quase caio.

- Ta ai a segunda pessoa mais linda desse lugar. - Vitor diz rindo, já deve estar um pouco bêbado pelo jeito.

- A sério?! E quem seria a primeira.  - Digo ironizando.

- Obviamente que sou eu né. - Ele diz passando a mão na frente do corpo

Não aguento e começo a rir.

- Posso pegar uma bebida pra você?. - Felipe para ao meu lado.

- Pode sim. - Digo com um sorrisinho nada convicente.

- Já volto. - Ele me diz e sai.

Todos me olham como se ele tivesse acabado de me pedir em casamento.

- Sério ele te ofereceu uma bebida? - Vitor pergunta como se não tivesse ouvido o que ele falou.

- Meu Deus ele deve ter gostado de você realmente, ele não oferece nada nem para a mãe dele que dira para uma pessoa que acabou de conhecer.  - O moreno que ainda não sei o nome fala com um certo tom desconfiado.

- Chega gente que coisa chata vocês acharem que todo mundo está apaixonado por mim isso cansa sabiam!

- Falo para eles e saio pisando fundo.

- Ei onde você vai com tanta pressa.  - Felipe diz quase que correndo atrás de mim com as bebidas.

- Eu?! Eu vou me sentar um pouco e você eu já não sei! - Falo e continuo andando na direção da mesa, e por incrível que pareça ele continua me seguindo.

Puxo um cadeira e me sento nem um pouco delicada.

- Que bixo te mordeu sua louca. - Felipe senta na cadeira a minha frente e me entrega um copo de batida de frutas vermelhas.

- Como sabia que eu gosto de batida? - Pergunto para ele porque num sei como uma pessoa que não me conhece consegue acertar a minha bebida preferida e ainda acerta que gosto dela com vodka.

- Num sei , pedi uma que achava mais a sua cara. - Ele me responde sem me olhar diretamente.

- A legal tenho cara de vodka intão. - Falo um pouco mais grossa do que estava tentando ser.

- Tem sim, gostosa na hora que coloca a boca e azeda na hora que engole. - Ele fala rindo e começo a rir também.

Derrepente alguma coisa chama a atenção dele, ele começa a encarar um ponto do salão eu sigo o olhar dele e não vejo nada.

- O que você ta vendo? - Pergunto meia incerta se ele vai levar isso como uma pergunta de uma pessoa normal.

- Nada não,  algumas coisas são difíceis de explicar.  - Ele fala olhando pra mim com um olhar um pouco triste.

- Tenta - falo apoiando os braço na mesa - Tenho a noite toda para te ouvir. - Dou o sorriso mais sedutor que sei fazer.

- Sério, você nunca entenderia, algo me atraiu em você mais mesmo assim não posso te falar esse tipo de coisa, você ligaria para algum hospital psiquiátrico assim que eu terminasse de te contar. - Ele me da uma piscadinha e volta a beber sua bebida.

E eu como uma pessoa chata começo a falar.

- Sério que eu faria isso?!, como sabe se não me contar, te garanto que a minha vida não nem um pouco normal. - Falo olhando dentro dos olhos dele.

- Sim sua vida é normal e eu daria tudo o que tenho e mais um pouco só para ter metade da normalidade da sua vida. - Ele olha para o copo e não me encara.

- Por que? O que tem na sua vida de tão emocionante assim! Vai me fala logo e para de enrrolação. - Digo apertando a mão dele.

- Você jura que se eu te falar você não vai sair correndo gritando que estou louco?  - Ele diz com um ar brincalhão.

- Juro! - Digo beijando meus dois dedos indicadores.

- Então ta bom, é complicado explicar mais vou tentar. A alguns anos nossas famílias nos treinam a fazer algumas coisas que pessoas como você não está acostumada a ver e nem sentir essas coisas, é complicado eu nem podia estar contando isso pra você agora, mais num sei o que é eu confio em você sem ao menos nunca ter te visto antes na minha vida, pelo menos eu não me lembro de ter te conhecido antes. - ele faz uma pausa e continua.- As vezes algumas coisas que lidamos fica nos seguindo por todos os lugares, e muitas vezes só nos vemos aquela coisa, num vai fala nada? - Ele para de repente e fica me encarando.

- Num sei o que dizer por isso ainda não falei nada, eu vi duas vezes um homem parado perto da minha casa e uma vez na igreja hoje e não sei se mais alguém viu, depois que você falou fiquei pensando sobre isso. - Falo tentando não olhar direto para ele.

- Você faz parte do.... - As luzes se apagam e um barulho de alguma coisa explodindo faz todos começarem a gritar Felipe me puxa e saimos correndo,  não consigo entender como ele esta enchergando nesse escuro.

- Tire a Alice daqui agora! - Escuto alguém gritando pro Felipe mais não consigo indentificar a voz.

- Vamos mais rápido!  - Ele grita para mim e saimos voando de la de dentro e por mais incrível tinha um carro parado esperando por nós ele me jogou dentro do carro e saiu dirigindo igual a um louco.

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora