Depois de algum tempo, não sei dizer ao certo, estacionamos em frente a um chalé no meio do nada e Felipe sai do carro.
- Vem, vamos entrar rápido! - Ele diz e bate a porta e em seguida já abre a minha e me puxa para dentro.
Assim que entramos e ele fecha a porta começo a gritar.
-Mais que merda é essa da pra me explicar o porquê de terem gritado para me tirar de lá e o porquê de você ter me trazido pro meio do nada! - Grito encarando ele.
- Porque sim é para a sua proteção. - Ele responde e caminha para um cômodo que imagino que seja a cozinha.
- Legal! Só eu precisava de proteção?! - Falo para ele começando me acalmar um pouco.
- Não posso falar sinto muito. - Ele diz e vai para a geladeira.
- Ah sério! Então se eu sair daqui AGORA você vai estar muito encrencado certo? - Falo com um sorrisinho no rosto e ele logo adivinha o que to pensando.
- Sim, vou estar muito encrecado, mas não vou ficar sabe por que? ! Porque a senhorita nunca conseguiria sair daqui. - Ele fala e abre um enorme sorriso.
- Veremos! -Saiu da cozinha pisando fundo.
Quem ele pensa que é?! Não posso sair, vamos ver se não posso!
Me aproximo da porta e pego na maçaneta para abrir e levo um choque monstruoso.
-Aii - Grito e chuto a porta de odio.
-Te falei que não iria conseguir sair. - Felipe está atrás de mim com um sorriso de orelha a orelha.
-Seu idiota o que você fez com essa merda de porta? - Pergunto me segurando para não esganar ele.
- Eu? Eu não fiz nada, quem fez foi você. - Ele diz rindo como se alguém tivesse contado alguma piada.
- É sou tão inteligente que ia me dar um choque. -Respondo e me jogo no sofá.
-Eu to falando sério, não fiz nada- Ele diz agora sem rir e senta ao meu lado.
-Não não fez nada fui eu. -Digo ironica.
-Sim foi você e pelo jeito você não tem nem noção de como fez isso. - Ele fala e pega na minha mão. - Olha vou te mostrar uma coisa e você vai entender, mas primeiro vai me jurar que não vai contar a sua mãe que te falei isso. - Ele fala e me olha com um certo medo no olhar.
- Minha mãe? Você ta preocupado com a minha mãe. - Agora quem começa a rir igual a uma criança sou eu.
- Sim o que tem de graça nisso? - Ele se senta na mesinha de centro e fica de frente comigo.
- Porque tem tanta coisa pra se preocupar e você se preocupou logo com ela. - Respondo ainda tentando parar de rir.
- Sim me preocupo com ela, num sei se sabe mais ninguém gosta de ficar mal com ela. - Ele se justifica, mas ainda continuo sem entender. - Ta bom, vou te mostrar uma coisa, quero ver se vai acreditar em mim depois disso. - Ele fala e se levanta.
Ele caminha até a cozinha e volta com um copo de água, uma vela e uma planta.
- Legal vamos queimar a coitada da planta. - Falo rindo, só pode ser doido pra querer me mostrar algo de anormal nesses itens.
- Vamos lá! - Ele bate palma e quase infarto de susto. - Coloca o dedo na água. - Ele fala e começa a mexer com as mãos me apresando.
Nossa o que será que tem demais molhar o dedo em um copo de água.
-Como que ta água? - Ele pergunta com uma felicidade besta.
- Com jeito de água. - Falo e reviro os olhos para ele.
-A temperatura né Alice não é possível que você seja tão burra assim. - Ele me fuzila com o olhar.
- Temperatura ambiente. - Respondo mostrando a língua.
Ele pega e coloca a vela apagada na água e tira ela.
- Coloca denovo. - Ele diz e aponta para o copo.
- Seu idiota o que você fez! - Queimei meu dedo na água. - Essa porcaria tava gelada a menos de um minuto e agora quase fez uma bolha no meu dedo. - Fico passando o dedo no cabelo pra tentar fazer ele parar de arder.
Ele ri como se eu tivesse contado uma piada.
-Coloca na terra agora. - Ele fala tentando parar de rir.
- Eu não vou colocar meu lindo dedo em lugar nenhum seu louco. - Respondo encarando meu dedo pra ver se ainda está inteiro.
- Ta bom! Olhe e aprenda. - Ele fala ajeitando o cabelo.
Ele faz a mesma coisa que eu só que na hora que ele coloca o dedo na água ela congelou sério a água CON-GE-LOU!
- Que macumba é essa? - Pergunto não acreditando no que to vendo.
- Eu meio que controlo a água. - Ele fala meio sem jeito.
Assim que ele acaba de falar eu começo a rir igual a uma criança que está recebendo cosquinha de alguém, ele fica parado na minha frente me olhando como se eu fosse uma louca, do nada um clarão me faz parar de rir e tampo os meus olhos para tampar a luz.
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Sombras do Passado
FantasyO que você faria se tivesse a chance de recomeçar a sua vida em uma cidade totalmente diferente? Como reagiria ao descobrir que tudo o que viveu até hoje não passou de uma mentira, que sua vida funcionava como o seus pais queriam e que agora não es...