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CAPÍTULO REVISADO 17/12/19

*Narrador on*

- Vamos, se vista - o som de uma roupa batendo em algum lugar  - Perdemos muito tempo já - e eles saíram do armário.

Daniel e Gabriela ainda permaneceram daquele jeito, com o coração acelerado, tremendo levemente e a respiração forte.

Estavam em pânico, excitados e todos os sentimentos de uma vez.

Daniel soltou Gabriela contra a vontade, e se encararam.

O que fariam agora?

- Calma - Daniel sussurrou, escutando os passos se afastarem.

- Dani - Gabriela sussurrou - O que a gente faz? - Ela ajeitou o vestido.

Okay, poderiam ter tido uma tensão sexual enorme ali, mas havia coisas mais importantes para prestarem atenção no momento.

- Eu não sei - Os neurônios de Daniel trabalhavam com rapidez, tentando encontrar um jeito.

Naquele momento, agradeceu aos céus por ter passado mais de 12 anos desenvolvendo seu pensamento rápido.

Talvez, aquilo dava uma vantagem a mais sobre qualquer ameaça, principalmente uma que era necessário proteger alguém.

- Voltamos para a festa e fingimos que nada aconteceu? Saímos daqui o mais rápido possível? Eles estão atrás de alguém e dessa vez não acho que seja você - Gabriela mordeu os lábios preocupada, os dois escutaram o barulho de música alta. Por alguns minutos, esqueceram que estavam em um casamento.

- Primeiro, acho que precisamos sair daqui e de alguma forma, mandar alguém ficar de olho nessas pessoas - Daniel falou, já normalizando o timbre de voz.

Eles estavam perto, não haviam se distanciado tanto, mas pelo menos era apenas os dois ali

- A última coisa que eu queria era atrapalhar a felicidade da Carol e do Jonas, prejudicar a todo mundo também.

- Eu sei disso - Gabriela afagou o ombro direito dele - Mas ainda assim, um perigo enorme pode acontecer se não fizermos alguma coisa.

- Vamos sair daqui, como se nada tivesse acontecido - Dani falou - Avisarei algum segurança e falarei com Elídio, ele conseguirá pensar em algum jeito de prender os caras em algum posto e ainda teremos um vigia.

- Não acho que seja o suficiente - Gabriela baixou a cabeça, encostando-a no ombro de Daniel com a testa. Respirou fundo, sentindo o leve perfume - O desastre está por vir e eu estou com muito medo.

- Eles querem alguém e enquanto não soubermos quem é... - Daniel passou a mão levemente nas costas de Gabriela, tentando acalma-la e se acalmar. O pensamento estava acelerado e ele ainda encontrava alguma conexão em tudo aquilo e algo que poderia fazer.

- Eu acho que tenho uma coisa - Gabriela ergueu-se, Daniel a encarou com atenção, qualquer nova informação seria muito importante - Eu ouvi eles falando algo como não deixar a garota fugir como fizeram com o cara, tipo, não cometerem o mesmo erro que uma mulher que já tinha feito isso - Daniel ergueu as sobrancelhas, ainda em silêncio, o pensamento tentava associar. Gabriela começou a pensar em algum jeito igualmente.

A associação veio na mente de Dani.

*Flashback on*

  Eles já começaram a investigar desde seu sequestro, Daniel - Rafael falou- Provável que irão te colocar no programa de proteção para testemunhas, só não o fizeram porque, além de você ser famoso, não se espalhou e também porque a intenção não era te matar.

- O que eu faço agora? - Daniel perguntou apreensivo.

- Cuide de você e de quem está ao seu redor, principalmente de uma em especial. Ela tem que tomar muito cuidado.

- Ela? - Daniel ergueu as sobrancelhas e a  mente deu um estalo - Gabriela.

*Flashback off* 

- Precisamos te tirar daqui - Daniel não esperou nem a cena se completar na mente, para dizer. Antes de Gabriela se manifestar, ele emendou - Iremos sair daqui e direto para nossa mesa, irei falar com o Lico e com o Andy rapidamente, resumirei a situação. Falaremos com a Carol e com Jonas, dando uma desculpa qualquer. - Daniel falava a primeira coisa que vinha na mente e o plano mais rápido que conseguiu pensar - Deixaremos aqui e vamos direito para sua casa. Você vai pegar o que você precisa o mais rápido possível e enquanto isso, falarei com a segurança do casamento. Se der tudo certo, iremos retardar o plano deles e prolongar o nosso tempo de pensar em alguma coisa.

- Daniel? Para que tudo isso? - Gabriela se pronunciou angustiada, ao ver Dani pegando-a pelo pulso e arrastando-a para fora daquele armário. Naquela altura já estavam seguros para isso, esperava Daniel.

- Você vai fazer alguma coisa essa semana? - Daniel perguntou, antes de tentar completar o plano em sua mente.

- Não que eu saiba - Gabriela ergueu as sobrancelhas.

- Iremos para Portugal - Ele encarou Gabriela nos olhos, e antes de qualquer forma reação, a puxou para voltarem ao salão. Nesse trajeto, foi falando rapidamente o que Gabriela teria que fazer, que apenas assentiu desnorteada.

Ela teria um tempo para receber todas as explicações possíveis depois, até porque não havia pensado em nada naquele momento, teria que apenas confiar e seguir Daniel.

Chegando no salão, o casal foi direto a mesa e de cara perceberam a cara preocupada de Elídio e Anderson (os único presente na mesa) que sabiam que algo não estava certo apenas encarando a expressão de Daniel.

O mesmo arrastou uma cadeira para ficar entre os dois e explicou rapidamente o que aconteceu, passou as instruções e mesmo preocupadíssimos, os outros seguiram.

Anderson falou com o segurança do local, dando uma versão alternativa e dizendo para ficar de olho nas pessoas que apresentaram comportamentos estranhos e deu as descrições dadas pelo Daniel.

Elídio respirou fundo, estava preocupado, mas seguiria tudo mesmo assim, naquele momento o que importava era a ação. Encontrou Samara e Lília, chamou sua companheira de canto e ao ver a preocupação em seu rosto, ele a acalmou dizendo que o casal já estava se movimentando para sair dali, o mais rápido possível.

Daniel puxou Gabriela consigo e depois de ter pegado todos os seus pertences, disse para Jonas e Carol que um imprevisto havia acontecido e precisariam sair dali.

Mesmo sem entender, mas já gratos pela presença, deixaram o casal ir embora. Correndo, Daniel olhava para todos os olhos, preocupado com qualquer imprevisto. Chegou no carro, abriu a porta para Gabriela, que mesmo com o coração aquecidinho pelo ato, apenas entrou e já foi colocando o cinto.

Daniel fechou a porta e deu a volta para entrar do lado do motorista, fechou, colocou o cinto e já foi dando partida. Os dois estavam com os pensamentos acelerados demais para se manifestarem ali, passaram o tempo todo em silêncio, e vez ou outra, Daniel olhava no retrovisor mais do que o necessário.

Estava com a sensação estranha de estarem sendo seguidos, mas tentava reforçar na mente que era apenas neurose.

- Iremos direto para minha casa, né? - Gabriela perguntou baixinho.

- Sim, iremos - Daniel suspirou, bagunçando o cabelo - Você vai pegar apenas o que precisa.

- Iremos para Portugal?

- Eu espero que sim - Daniel a encarou rapidamente - Acho que sumir por um tempo, daria tempo de pensarmos.

- A gente poderia ir na polícia - Gabriela encarou-o.

- Eu queria muito - Dani falou - mas eles podem estar em qualquer lugar. A prova disso foi hoje, eu nunca que iria imaginar que eles estavam no casamento.

-  Nem eu - Gabriela suspirou cansada - Mas acho que não custa tentar.

-  A gente não precisa ir para outro país - Dani pensou de novo-  Podemos ir para algum lugar afastado, passar um tempinho e ir atrás de algum ser que poderá ajudar a gente. Pode ser até o pessoal que cuidou do meu caso, de qualquer forma, corremos perigo.

- Dani, e o espetáculo?  - Gabriela se virou para ele, que travou a mandíbula.

- Eu não faço ideia - Daniel falou - Não faz tanto tempo assim que não estamos de férias, talvez se dermos uma justi...

- Eu tenho medo de acontecer alguma coisa no seu espetáculo - Gabriela interrompeu - Olha isso tudo o que está acontecendo.

- Meu deus, não fala isso - Daniel tentava a todo custo pensar em alguma coisa - Eu não sei oque faria da minha vida.

- Não vai acontecer nada - Gabriela respirou fundo. Dani olhou de soslaio para o retrovisor e viu um carro preto atrás, a princípio estranhou e decidiu mudar de faixa e diminuir a velocidade para ver se o carro ultrapassava, mas foi totalmente ao contrário. Aparentemente, sua sensação estava correta.

- Gabriela - Daniel a encarou rapidamente, recebendo um murmúrio - Você promete que vai manter a calma?

- Depende, com quê? - Ela arrumou o cabelo.

- Estamos sendo seguidos - Ele olhou dessa vez para trás realmente, voltando para frente e aumentando gradativamente a velocidade.  - Não vou te levar para sua casa, nem fodendo.

- Mas oque faremos? - Gabriela perguntou alarmada.

- Pega meu celular - Daniel pegou o celular no bolso do terno, entregando-o para a Gabriela - A senha é uma casinha.

- O que eu faço? - Ela mordeu os lábios.

- Liga para o número salvo como Delegado, espera ele atender. Agora irei tentar achar um retorno, irei dar a volta e tentar despistar - Os dois estavam tentando ficar calmos, já que se algum deles pirar, o outro pira junto e nunca iriam sair dali.

- Delegado Nicolas falando - A voz saiu do celular.

-  Nicolas, estão nos seguindo - Daniel disse, olhando pelo retrovisor interno. Não dava para ver quem estava dirigindo.

-  Daniel Nascimento? Aonde vocês estão nesse momento? - Nicolas perguntou do outro lado da linha, já acionando os melhores policias.

-  Eu não sei - Daniel engoliu em seco, ao trocar mais uma vez de faixa e ser correspondido. Ele apertou as mãos no volante - Estamos perto da Marginal aparentemente, passando ao lado de um supermercado chamado Peres. - Dani olhou rapidamente para os lados, falando o primeiro ponto de referência que apareceu

-  Daniel - Gabriela murmurou e olhou para trás.

-  Estamos enviando reforços, não vai para sua casa, dê o desvio e vá para outro lado, se der tudo certo, estaremos perto- Nicolas falou apressadamente.

-  Eles estão com uma arma - Gabriela murmurou, seu coração estava acelerado, nunca na vida havia visto uma daquela. Alguém estava com metade do corpo para fora segurando uma arma prata, que parecia que havia sido polida apenas para aquilo.

-  INFERNO. ELES ESTÃO ARMADOS NICOLAS - Daniel gritou acelerando o máximo que podia, não havia retornos por perto. Começou a ouvir barulhos atingirem a parte de trás do carro e um tiro certeiro atravessar o meio dos bancos e formar um buraco no vidro da frente, estilhaçando o de trás.

-  DANIEL - Gabriela gritou.

-  GABRIELA SEGURA -  Daniel virou o carro completamente quando teve espaço para aquilo, e em alta velocidade, passou pelo carro indo na contramão. Mais um tiro e   e no reflexo, ambos abaixaram. Daniel estava tremendo, mas tentava se manter firme para salvar a vida dos dois.

-  DANIEL ENTRA NA PRINCIPAL, ESTAMOS MONTADOS AQUI - Nicolas gritou, escutando os barulhos. 

- EU NÃO SEI ONDE É A ENTRADA - Daniel gritou, Gabriela respirou fundo e  olhou para fora, já passado por ali de ônibus. Se estivesse certa, se Dani virasse na próxima esquerda, entraria na principal.

Ela se manifestou e foi atendida prontamente por Daniel, mas nessa virada, um tiro estrondou mais uma vez e passou raspando no braço direito do Dani, ele prendeu a respiração, tentando não perder o controle do carro, mas sentindo a dor ardente em seu braço.

Gabriela se desesperou, mas ao ver a linha de policiais, deu uma acalmada e tudo pareceu acontecer em câmera lenta. Daniel acelerou o máximo e conseguiu escutar o barulhos de freios e mais tiros, ele parou completamente, apoiando a cabeça no volante e tocando levemente em seu braço ensanguentado.

- Dani, o resgate está vindo, fica comigo, meu amor - Gabriela tocou no cabelo dele, que não conseguiu de manifestar. A porta do lado do motorista foi aberta e um dos policias retirou Daniel do carro, Gabriela desceu desesperada, não se importando com a movimentação que estava ali.

- Consciente, foi um tiro raspão. Coloque-o na ambulância e faça o curativo - Policial deu as instruções.

- Os bandidos estão presos? - Gabriela perguntou hesitante.

- Um foi morto e dois estão presos, senhorita. Senhor Nicolas irá conversar com vocês dois depois. - O Policial saiu e a equipe da ambulância levou Daniel.

✨✨✨

- Queria que nada disso tivesse acontecido - Daniel e Gabriela estavam na delegacia, eles iriam dar os depoimentos e serem instruídos.

- Mas aconteceu e nesse momento fico feliz que você esteja vivo.

- Eu fico feliz que VOCÊ esteja viva - A puxou para si, grudando seus lábios levemente.

- Quem fez isso? - Gabriela questionou baixinho.

- Eu imagino quem seja, mas depois desse momento, eu não sei mais - Daniel suspirou cansado.

- Senhor Daniel Nascimento - Delegado Nicolas apareceu o chamado, ele se levantou, dando um sorriso leve para a mulher e acompanhou Nicolas. - O senhor está bem?

- Estou bem, apesar dos apesares - Daniel apontou para seu braço.

- Preciso que me conte com a máxima riqueza de detalhes, o que aconteceu. - Nicolas se sentou em sua cadeira e Daniel do outro lado da mesa e começou a contar, desde o momento do sumiço de Gabriela ao momento que estavam agora. Vira e mexe, Nicolas questionava algumas coisas e falava para outra pessoa que também estava na sala (esta, que Dani percebeu depois) para digitar.

- Acho que vai ser necessário colocar uma  pessoa em prontidão no lugar onde vocês moram - Nicolas refletiu olhando para a mesa - Com toda certeza é a gangue que estamos procurando há um tempo.

- A mesma de Luana? Aonde ela está? - Daniel questionou

- Sim, é a mesma e não sabemos - Nicolas falou - Iremos entrevistar os capangas daqui a pouco, mas ao revirar o carro, achamos o símbolo da gangue. - Ele suspirou cansado, massageando as têmporas. - Iremos colocá-los no programa de proteção a testemunha.

- Mas assim iremos nos separar - Daniel falou - Eu tenho apresentações, viagens e tudo mais, não posso desistir dos Barbixas por causa disso.

- É para sua proteção senhor Daniel - Nicolas falou - Queremos mantê-los o mais longe possível. Vocês perceberam que eles podem estar em qualquer lugar, não queremos que algo pior aconteça.

- Nem mesmo se viajarmos por um tempo, ficarmos longe, em outro lugar? - Daniel questionou.

Não queria aquilo.

- Não sabemos, Daniel. Quem fez isso pode fazer pior, principalmente, por motivos de ser uma mulher que eles estão atrás. Algo que já deu para perceber que é a senhorita Gabriela Oliveira, não você. Claro que você está envolvida indiretamente nisso, mas precisaremos protegê-la.

- É o que eu mais quero - Daniel engoliu em seco - Mesmo que isso signifique que não fiquemos juntos.

- Vamos fazer assim... - Nicolas começou a explicar todo seu plano, Daniel vira e mexe dava sugestões, mas seu coração estava doendo, já que iriam ficar separados. 

Gabriela foi chamada, fez todo o procedimento de contar tudo sob seu ponto de vista, e no final, Daniel entrou na sala. Juntos eles foram noticiados que teriam que ficar separados por motivos de segurança, a polícia começou o interrogatório com os bandidos que quase mataram o casal e, depois disso, a operação atrás dos mandantes foi iniciada.

Gabriela chorou muito, mas teria que noticiar os pais sobre tudo o que aconteceu e no dia seguinte, iria se mudar para outro lugar.

Daniel teria que ficar e continuar com seu trabalho, já que teoricamente, não foi tão prejudicado assim. Se perguntava o tempo todo, quem queria Gabriela morta? Quem queria acabar com tudo aquilo?

✨✨✨

Os dois foram para casa juntos, passariam o resto da noite na casa de Gabriela e, no dia seguinte, Anderson, Elídio e Samara iriam se despedir dela.

Os únicos que sabiam do real motivo de tudo aquilo.

A família de Gabriela foi notificada, mas pelo fato de ela ser maior de idade, não era mais uma questão de escolha. Os policiais iriam busca-la de tarde.

- Acho que é isso - Gabriela fechou a última mala, era estranho pensar que havia acabado de se mudar e teria que recomeçar do 0 de novo.

Teve que trancar a faculdade iniciada há um ano, a pedido da polícia,  com toda a dor no coração que sentia.
Além de Daniel, que não haviam se quer construído um relacionamento concreto assim, algo que mexia muito com ambos.

- Eu nunca irei esquecer de você - Daniel falou se aproximando dela, a pegando pela cintura. - Você definitivamente foi a melhor coisa que me aconteceu.

- E você foi a minha - Gabriela começou a contornar levemente o rosto dele, sorrindo ao sentir o coração acelerar, aquela sensação de sempre.

- Eu nunca quis que isso acontecesse - Daniel falou, fechando os olhos levemente, para abrindo apenas para encarar os olhos profundos e castanhos da mulher.

- Não foi sua culpa.

- Sinto que foi, mas de alguma forma estou confortado por estar protegendo você - Daniel ajeitou uma mecha do cabelo dela. - Eu quero que você saiba de uma coisinha.

- Posso saber o quê? - Gabriela colocou os braços ao redor do pescoço de Daniel.

- Eu te amo, muito - Ele sussurrou - E você é muito importante para mim, quero que você fique com isso - Daniel tirou um colar do bolso com um pingente de seta - e me devolva apenas quando nos reencontrarmos novamente.

- Eu espero devolver - Gabriela falou, enquanto Daniel colocava o colar em seu pescoço e deixava um beijo em sua nuca - Eu te amo muito - Ela falou, em beira as lágrimas.

Se abraçaram, o mais forte que conseguiram, a dor da saudade era enorme. Se afastaram um pouco e Gabriela beijou Daniel lentamente, queria aproveitar os últimos momentos. Dani foi conduzindo-a pela cintura até o quarto, depositando-a com todo cuidado na cama. Daniel começou uma trilha de beijos, descendo para o pescoço da amada e subindo levemente o vestido dela. Sim, ainda estavam com as roupas do casamento, aquele detalhe havia passado despercebido por todos, mas não era algo importante para ligar.

- Queria fazer isso desde o momento que te vi com esse vestido - Daniel passou a peça pela cabeça de Gabriela, olhou cada detalhe daquele corpo, admirando cada pintinha. - Você é linda.

- Não olha tanto - Vermelha, ela puxou-o para mais um beijo, que apenas sorriu.

- Estou constatando o óbvio - Daniel deu ombros. Gabriela deu impulso ficando por cima.

Aos  poucos, as roupas foram jogadas no chão.

Daniel não ousou desviar o olhar do de Gabriela em nenhum momento, queria cravar aquela imagem em sua mente, passou as pontas dos dedos na coxa dela, sentindo-a se arrepiar por aquele toque singelo. Sorriu, recebendo uma língua em troca.

Daniel colocou-a em baixo de si novamentene foi descendo aos beijos, deixando uma trilha levemente molhada, sugou a parte inferior do umbigo dela, recebendo um gemido em troca, mordeu os lábios.

Naquela noite, Gabriela e Daniel se amaram e aproveitaram cada momento juntos, não sabendo quando aquilo iria acontecer de novo e se iria acontecer.

Estavam pensando no agora e no quanto queria aproveitar a companhia um do outro. Era estranho pensar que até o dia anterior, nem se quer cogitaram a possibilidade de tudo aquilo acontecer, mas aconteceu.

Por um lado, Dani estava imensamente feliz e aliviado, por estar protegendo-a, mesmo que não estaria em seu lado.

Esperava um dia reencontrá-la e finalmente viverem um momento de paz, sem estresses, sem preocupações.

✨✨✨

Do outro lado dali, Maria havia desistido de tentar achar uma forma de acabar com tudo aquilo.

Seus pais descobriram que gastava muito dinheiro com detetives e coisas loucas apenas para ficar perto de seus ídolos e a internaram em um centro reabilitação após receberem o diagnóstico que sua filha não estava em boas condições mentais assim.

Obviamente, Luana saiu daquilo tudo antes que descobrissem toda sua ficha. Apesar de tudo havia gostado de passar um tempo com aquela garota louca e, principalmente, havia amado saber seus dotes de atriz.

Mas como nem tudo é flores, foi notificada que seus capangas mais fiéis haviam sido pegos e um até morto pela polícia, sentiu um aperto enorme, mas já havia se acostumado com tudo aquilo. Pela primeira vez em anos, sentia-se uma mulher livre e agora com um novo recomeço. “Boate da Alemanha, lá vamos nós”.

✨✨✨

Algumas (muitas) horas antes.

- 50 mil reais e eu não quero mais ver Gabriela Oliveira perto do meu Daniel Nascimento, além disso, quero Diego Fiyero sumido do mapa. – Karina colocou a mala de dinheiro em cima da mesa de Danilo – última oferta. Os dois saem ganhando. Eu com o Daniel Nascimento, o amor da minha vida e você com o dinheiro e com a SUA Gabriela . Nenhum com o empecilho chamado Diego.

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UNLIKELY - D.NOnde histórias criam vida. Descubra agora