Nova mudança, novos amigos

255 12 1
                                    

" Nós seguimos o pôr do sol até alcançarmos a noite

E você me abraça tão apertado que fica difícil respirar." - Cher Lloyd (Sirens)

O carro chacoalha na medida em avançamos para a rua feita de paralelipípedo. Minha mãe veio morar aqui depois de se casar com um engenheiro mecânico. Já meu pai, bom, meu pai continua sozinho em New Castle. Morava com ele e Jake, meu irmão mais velho, só que com sua ida para a faculdade, tudo ficou mais quieto pro meu pai.

Bom, eu não estou indo para a faculdade até porque só tenho 17 anos e tenho que terminar ainda o colegial.

- Senhorita, chegamos - disse o condutor, parando em frente à uma mansão praticamente, era muito grande, pelo menos maior do que a casa em que convivia com meu pai.

Não deixei de segurar um UAU dos meus lábios, mesmo saindo em sussurros, eles tinham um ar completamente carregado de surpreendimento.

O motorista deu a volta pelo carro após sair e então abriu a porta direita da parte traseira do carro para que eu saísse.

Sorri em forma de agradecimento e pus o pé para fora do carro logo então, saindo do próprio por inteiro. Ao me erguer já do lado de fora, o vento gelado e leve bate contra meu rosto fazendo de imediato eu me encolher de frio e por o moletom que tinha nos braços.

- Melhor entrar, já está ficando tarde e... - ele fez um pausa - aqui é muito frio. - completou, voltando rápido para o banco do motorista.

- Não é preciso pagar alguma coisa ao senhor? - perguntei, me inclinando na janela para poder encará-lo.

- Não é necessário, o dono da casa já deixou tudo pago antes de você chegar - respondeu, dando partida no carro.

Me ergui novamente e andei até as malas colocadas ao pé da calçada. Não resisti e olhei ao longo da rua para ver se havia algo interessante, mas não tinha nada, somente um enorme canteiro repleto de mato mais ao fundo com uma casa bonita no beco.

A casa não parece ser tão ruim assim, mas tem uns 10 metros de distância das outras.

- Laura? Filha? - ouvi uma voz feminina me chamar, a voz da minha mãe.

- Mãe - sussurrei, a encarando.

Andamos uma até a outra e então nos abraçamos. Quantas saudades dela que eu sinto. 14 anos sem a ver, mesmo pelo Skype, Twitter, Facebook ou até mesmo cartas.

- Quantas saudades - ela sussurrou.

- Eu também senti - respondi.

- Melhor entrarmos, está a ficar mais gelado - ela disse, me puxando pra dentro. - Phil, Laura acabou de chegar - minha mãe completou já dentro de casa, enquanto trancava a porta.

Ouviu-se um barulho na escada e então um homem de mais ou menos uns 37 anos parou em minha frente com um enorme sorriso no rosto. Ele tinha olhos bem pretos e brilhantes, o cabelo ainda era bem moreno quase sem fios brancos.

- Oi Laura - ele disse, me abraçando.

- Oi Phil - respondi, sorrindo.

- Como foi a viajem? - perguntou, pegando uma das minhas malas do chão.

- Cansativa e demorada - respondi, sorrindo.

- Venha, vou mostrar seu quarto. - disse ele, se virando de costas. - Querida, Anne está dormindo ok? - completou olhando para a minha mãe, parada na escada.

- Ok, obrigada querido - ela respondeu, com um sorriso imenso no rosto.

Tá, quem é Anne?

Eu e Phil subimos as escadas devagar por conta das malas pesadas que eu trouxe. Que foi? Todo o meu guarda-roupa está dentro de duas malas.

1302 - A Última CasaOnde histórias criam vida. Descubra agora