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  Eu ia em direção de Calebe e faço gesto com a mão para ele sair e deixar que eu termine de fazer o almoço, ainda faltava colocar a farinha para fazer a sopá de arroz. Enquanto eu mexia o arroz, pensava o que estaria escrito naquela carta? Tio Humberto fazia anos que estava preso no calabouço, ela abusou de sua filha, acho que ele deveria morrer lá. Como pôde existir alguém que seja capaz de fazer isso com tua própria filha?

— Calebe? Tu poderás ir na colheita da dona Marinunda? E pedir para ela um pouco daquele mato seco? – perguntava eu para Calebe que estava sentado em cima do colchão velho estendido no chão.

— Papai pediu para não pedirmos mas nada para essa valha! – dizia Calebe.

— Olhe como tu estás falando dela, tu sabe muito que a mesma faz bruxarias, imagine só se ela te transforma em um sapo nojento e gosmento. – dizia eu depois dando uma gargalhada malvada.

— As vezes tu me dá medo. – dizia Calebe saindo da cabana.

    Agora seria um bom momento para ler um pouca a carta, eu sei é errado, mas a curiosidade sempre fala mas alto,  eu devo saber o que estás escrito lá, e se é algo grave? E papai depois não queres me falar o que ouve? É errado? É sim! Mas tenho que saber!
  Vou em direção aos lençóis e pego o envelope que está com a carta, em movimentos rápidos e delicados abro o envelope e me deparo com uma carta limpa, branquinha, com apenas o preto da tinta da caneta. Enquanto eu lia, eu senti agonia em cada palavra, em cada frase da escrita, eu deveria chorar, e rezar para o que estava escrito na carta ser apenas uma  mentira!

— O tio Humberto irar ser solto se papai conseguir dinheiro.. – eu dizia para mim mesmo em um sussurro.

— O tio Humberto tá entulhado? – dizia Calebe atrás de mim e eu confesso que soltei uma risada com o que ele disse.

— Não seu arretado, por acaso tu estás me espionando?! – dizia eu guardado o envelope junto com a carta em baixo do lençol.

  De volta para a pequena fornalha, continuo mexendo os grãos de arroz que estavam fervendo, esse grãos de arroz nunca cozinham logo!

— O que tinha escrito na carta? Já que a senhorita decidiu ler? –  dizia meu irmão entrando na minha frente.

— Sai garoto! Preciso terminar o almoço para o papai. – dizia eu o empurrando de leve para o lado.

— Vai me diz, por favor becca.– dizia Celebe insistindo.

Continuem...

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⏰ Última atualização: Jun 02, 2019 ⏰

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A Filha Do Camponês { Seja Minha Rainha}Onde histórias criam vida. Descubra agora