ᴄᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ ᴠ

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Mal saí do restaurante e já comecei a matutar sobre o motivo de Ortega filho ficar tão surpreso com a minha presença e cheguei rapidamente à uma conclusão

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Mal saí do restaurante e já comecei a matutar sobre o motivo de Ortega filho ficar tão surpreso com a minha presença e cheguei rapidamente à uma conclusão.

Ele estava aprontando. Não da mesma maneira que eu, mas do jeito que eu mais sentia medo e, como consequência, era especialista.

Aquela era uma reunião de negócios.

Conhecia Jonathan apenas há um dia, mas ele era um livro aberto. Deixou claro desde o princípio que tinha compromisso e, convenhamos, quem deixaria de estar na cama para tomar uma com o inútil do Ortega? Então, como um mais um são dois, entendi que ele estava ali numa tentativa de me atingir na empresa algum tempo depois de ter começado oficialmente nossa guerra.

Eu até estaria menos preocupada caso fosse com outra pessoa, porque Diego era péssimo com as questões comerciais, mas eles eram amigos e isso era algo difícil para mim entender e lidar, já que eu tinha apenas uma amiga de confiança.

Diego, mais uma vez, estava atrapalhando algo que queria lidar à minha maneira. Jonathan era divertido, bonito e gostoso. Era a distração perfeita para os dias difíceis e metade do nosso joguinho foi arruinado ao descobrir a relação entre os dois. Não queria transformá-lo num bode expiatório e ele nem parecia ser do tipo manipulável, mas teria que ficar mais atenta a ele dali para frente.

Quando já estava em casa há algumas horas agoniada pela curiosidade do encontro deles, recebi uma ligação de um número que não tinha salvo, mas reconheci a voz do gringo de primeira.

— Agora que descobri seu nome o que você vai usar para me manter curioso? — perguntou e ri do seu jeitinho sutil de me entreter.

— Bom, eu poderia até tentar dizer que você continua não sabendo nada sobre mim, mas aposto que Diego te deu algum contexto. — confessei.

— É, ele acabou contando uma ou duas coisas interessantes sobre você. — retrucou.

— Eu não sou tão má quanto ele diz — respondi na defensiva.

— E eu não gosto de boas meninas. — confessou fazendo com que eu risse abertamente do seu estilo galanteador. — A verdade é que quanto mais ele me contava sobre você, mais cedo queria ir embora para conversar contigo.

— Se continuar me bajulando assim eu vou ficar mal acostumada. — respondi fazendo charme.

— Não tem problema.

— Você quer mesmo me levar para a cama de novo, não quer? — perguntei e ouvi sua risada gostosa do outro lado.

— Você não? — rebateu.

— Uma dama nunca conta. — respondi. — Boa noite, Jonathan. — disse para encerrar a conversa com aquele gostinho de quero mais.

— Boa noite, Lívia. — disse enfatizando meu nome como um sussurro e me contorci no sofá.

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